Mais mentiras de Veja na matéria a meu respeito
A semana começa aqui no blog, como não poderia deixar de ser, ainda sob o impacto da tendenciosa matéria de Veja dessa semana a meu respeito. Como já falei dela em outros dois posts no fim de semana (leia notas logo abaixo), hoje cumpre destacar a omissão e o silêncio absolutos da grande imprensa contra a flagrante violação por parte da revista da minha privacidade, intimidade e do meu direito à presunção da inocência, uma vez que ainda não fui julgado pela Justiça de meu país, mas Veja já me julgou e condenou da 1ª à última linha de seu material. A começar pelas manchetes em sua capa.
Um ou outro jornal registra a matéria de Veja, mesmo assim só para dar curso a seu teor e não ao caráter do ato criminoso praticado pela revista. Nenhum questiona, sequer registra, o aspecto da violação da privacidade dos hóspedes de um hotel e a invasão de seus apartamentos.
Não fossem os portais Terra, UOL, Brasil 247, Sul21 e o Vermelho - só para citar alguns - e a blogosfera, o registro do crime passaria batido, em brancas nuvens. Aproveito aqui para agradecer aos muitos blogueiros e anônimos que denunciaram e retuitaram notas denunciando mais esta farsa da revista Veja. Que houve invasão de domicílio e desrespeito à minha privacidade não há dúvidas. Agora é acompanhar as investigações da Polícia Federal e da Polícia Civil de Brasília, nos inquéritos instaurados a pedido do hotel.
Hélio não foi cúmplice, foi vítima
À medida que passa o tempo, elucidam-se, também, outras mentiras deslavadas publicadas por Veja. A matéria fala do fato do advogado Hélio Madalena ter constado do inquérito que apurou o caso MSI-Corinthians. VEJA mentiu, também, nesse caso. Hélio foi vítima e não cúmplice de quem quer que seja nessa história.
Seu sigilo foi quebrado a partir da quebra do meu sigilo, ambos sem nenhuma razão, um abuso de autoridade na operação MSI-Corinthians, precursora das ilegalidades que depois seriam descobertas na Operação Satiagraha, agora anulada pela Justiça. Hélio e eu, como bem afirmam os procuradores, fomos investigados na apuração de um caso como o qual nada tínhamos a ver. E é bom que se diga com todas as letras: fomos totalmente inocentados.
É só resgatar o noticiário para comprovar o que afirmo e a leviandade da revista. Na época, a própria mídia registrava, em diversos veículos: em relação a suposto envolvimento do ex-ministro José Dirceu no caso, o procurador da República, Rodrigo de Grandis, disse que não foram identificados indícios de participação de Dirceu em relação à parceria MSI-Corinthians que justificassem denúncia contra ele.
Viomundo cobre caso Veja
A propósito da matéria da Veja neste final de semana (leia mais neste blog), sugiro vários posts do Viomundo. Entre eles, a entrevista que o blog fez com o Rogério Tonatto, gerente do Hotel Naoum, de Brasília, invadido pela revista. "O que foi feito aqui é uma coisa criminosa, que a gente repudia (...). O que fizeram no hotel é um crime. Aliás, muitos clientes têm-nos ligado para prestar solidariedade, dizendo que o hotel não merece isso."
O mesmo blog também fez outra matéria com Devanir Ribeiro, deputado federal do PT-SP, um dos citados na matéria da revista. “Que matéria mais besta? Francamente não sei o que estão querendo com ela. Intrigar o Zé com a Dilma? Jogar a Dilma contra o Zé? Besteira! Dizer que o pessoal do PT frequenta o Naoum?! Vários parlamentares do PT que não têm apartamento funcional ficavam e ficam lá hospedados. Que o Zé faz política, qual a novidade?! É um direito dele. O Zé é um cidadão brasileiro, militante político e dirigente partidário”, afirmou ele.
Por fim, Viomundo reproduziu um comentário do internauta Len, no blog Ponto e Contraponto. “Vi na hora que não se tratava de imagem de câmera de segurança interna, pois estas não apresentam data e horário, tem resolução baixa para câmeras normalmente usadas para esse fim”, afirmou. Segundo Len, a câmera que foi usada pelo repórter da Veja “provavelmente é uma mini-câmera espiã wi-fi, que pode ser instalada facilmente, pois não precisa de fios ligando ao monitor que recebe as imagens”.
Foto: Blog Viomundo.
“Veja” atenta contra os princípios democráticos
Publicado em 27-Ago-2011
Depois de abandonar os critérios jornalísticos e a legalidade, a revista Veja abriu mão também dos princípios democráticos.
A matéria de capa desta semana foi realizada no mais clássico estilo de polícia privada, a serviço dos setores que a Veja representa. Viola o princípio constitucional da intimidade e infringe o Código Penal. Ignora o direito a julgamento e condena previamente.
A matéria é um amontoado de invenções e erros.
A revista obteve, não se sabe como, imagens do corredor do hotel onde me hospedo em Brasília. Com a relação de todas as pessoas que recebi, passou a questionar a todos sobre os motivos de se encontrarem comigo.
Os questionamentos não tinham como objetivo a apuração jornalística. A tese da revista de que conspirávamos contra o governo da presidenta Dilma já estava pronta. O objetivo era apenas o de constranger.
Manipulação dos fatos
Para tentar dar consistência à sua tese, Veja manipula os fatos para fazer o leitor crer que atuei para que Antonio Palocci deixasse a Casa Civil. Afirma, por exemplo, que três senadores petistas saíram da reunião comigo e, horas depois, recusaram-se a assinar uma nota em apoio a Palocci.
Uma rápida pesquisa no noticiário mostra que a reunião da bancada a que a matéria se refere ocorreu antes de meu encontro com os senadores. Às 15h30, os sites de notícia já divulgavam o resultado do encontro. Minha reunião, segundo a própria Veja, ocorreu às 15h52 e durou mais de 50 minutos.
Ontem, em nota no blog, denunciei a tentativa de um repórter da Veja de invadir meu quarto no hotel (leia mais). O jornalista Gustavo Ribeiro se hospedou em apartamento próximo ao meu, aproximou-se de uma camareira e, alegando estar hospedado na minha suíte, simulou que havia perdido as chaves e pediu que a funcionária abrisse a porta. Ela se recusou e comunicou o fato à direção do hotel, que registrou a tentativa de violação de domicílio em boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial.
Outra tentativa frustrada de golpe
A reportagem da Veja tentou ainda outro golpe. O mesmo repórter fez-se passar por assessor da Prefeitura de Varginha, insistindo em deixar no meu quarto "documentos relevantes". Disse que se chamava Roberto, mas utilizou o mesmo número de celular que constava da ficha de entrada do hotel que preencheu com seu verdadeiro nome. O golpe não funcionou, porque minha assessoria estranhou o contato e não recebeu os tais “documentos”.
Reafirmo: Deixei o governo, não sou mais parlamentar. Sou cidadão brasileiro, militante político e dirigente partidário. Essas atribuições me concedem o dever e a legitimidade de receber companheiros e amigos, ocupem ou não cargos públicos, de qualquer partido, onde quer que seja, sem precisar dar satisfações à Veja acerca de minhas atividades.
Todas minhas atividades são públicas. Viajo pelo país, sou recebido por governadores, prefeitos, parlamentares, lideranças e, principalmente, pela militância petista. Dou palestras e realizo debates, articulo e participo da vida política do país, como dirigente do PT e cidadão. Não tenho nada a esconder.
Campanha contra mim não tem limites
A revista tem o claro objetivo de destruir minha imagem e pressionar a Justiça pela minha condenação. Sua campanha contra mim não tem limites. Mas a Veja não fere apenas os meus direitos. Ao manipular fatos, ignorar a Constituição, a legislação e os direitos individuais, a revista coloca em risco os princípios democráticos e fere toda a sociedade.
Repórter da revista Veja é flagrado em atividade criminosa
Publicado em 26-Ago-2011
Depois de abandonar todos os critérios jornalísticos, a revista Veja, por meio de um de seus repórteres, também abriu mão da legalidade e, numa prática criminosa, tentou invadir o apartamento no qual costumeiramente me hospedo em um hotel de Brasília.
O ardil começou na tarde dessa quarta-feira (24/08), quando o jornalista Gustavo Nogueira Ribeiro, repórter da revista, se registrou na suíte 1607 do Hotel Nahoum, ao lado do quarto que tenho reservado. Alojado, sentiu-se à vontade para planejar seu próximo passo. Aproximou-se de uma camareira e, alegando estar hospedado no meu apartamento, simulou que havia perdido as chaves e pediu que a funcionária abrisse a porta.
O repórter não contava com a presteza da camareira, que não só resistiu às pressões como, imediatamente, informou à direção do hotel sobre a tentativa de invasão. Desmascarado, o infrator saiu às pressas do estabelecimento, sem fazer check out e dando calote na diária devida, ainda por cima. O hotel registrou a tentativa de violação de domicílio em boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial.
A revista não parou por aí.
O jornalista voltou à carga. Fez-se passar por assessor da Prefeitura de Varginha, insistindo em deixar no meu quarto "documentos relevantes". Disse que se chamava Roberto, mas utilizou o mesmo número de celular que constava da ficha de entrada que preencheu com seu verdadeiro nome. O golpe não funcionou porque minha assessoria estranhou o contato e não recebeu os tais “documentos”.
Os procedimentos da Veja se assemelham a escândalo recentemente denunciado na Inglaterra. O tablóide News of the World tinha como prática para apuração de notícias fazer escutas telefônicas ilegais. O jornal acabou fechado, seus proprietários respondem a processo, jornalistas foram demitidos e presos.
No meio da tarde da quinta-feira, depois de toda a movimentação criminosa do repórter Ribeiro para invadir meu apartamento, outro repórter da revista Veja entrou em contato com o argumento de estar apurando informações para uma reportagem sobre minhas atividades em Brasília.
Invasão de privacidade
O jornalista Daniel Pereira se achou no direito de invadir minha privacidade e meu direito de encontrar com quem quiser e, com a pauta pronta e manipulada, encaminhou perguntas por e-mail já em forma de respostas para praticar, mais uma vez, o antijornalismo e criar um factóide. Pereira fez três perguntas:
1 – Quando está em Brasília, o ex-ministro José Dirceu recebe agentes públicos – ministros, parlamentares, dirigentes de estatais – num hotel. Sobre o que conversam? Demandas empresariais? Votações no Congresso? Articulações políticas?
2 – Geralmente, de quem parte o convite para o encontro – do ex-ministro ou dos interlocutores?
3 – Com quais ministros do governo Dilma o ex-ministro José Dirceu conversou de forma reservada no hotel? Qual o assunto da conversa?
Preparação de uma farsa
Soube, por diversas fontes, que outras pessoas ligadas ao PT e ao governo foram procuradas e questionadas sobre suas relações comigo. Está evidente a preparação de uma farsa, incluindo recurso à ilegalidade, para novo ataque da revista contra minha honra e meus direitos.
Deixei o governo, não sou mais parlamentar. Sou cidadão brasileiro, militante político e dirigente partidário. Essas atribuições me concedem o dever e a legitimidade de receber companheiros e amigos, ocupem ou não cargos públicos, onde quer que seja, sem precisar dar satisfações à Veja acerca de minhas atividades. Essa revista notoriamente se transformou em um antro de práticas antidemocráticas, a serviço das forças conservadoras mais venais.
VEJA OS DOCUMENTOS EM http://zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=view&&id=13040&Itemid=2
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