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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A JUVENTUDE DO PT NO 4º CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO



“Nunca um Congresso do PT foi tão positivo para a Juventude”, comemora Pascoal



Juventude comemora avanços. (Cristiano Silva - PT)


“Todos consideraram este um Congresso rebelde, da militância, então nada mais a cara da juventude petista”.


Assim, o secretário nacional de juventude do PT, Valdemir Pascoal, definiu o 4° Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, no início deste mês, em Brasília. O evento contou com a participação do ex-presidente Lula, da presidenta Dilma Rousseff, além de lideranças políticas históricas, além dos 1.350 delegados presentes.

No entendimento da secretaria da juventude petista, um Partido da militância, verdadeiramente democrático, com propostas e resoluções de autoria coletiva, e atento aos desafios de renovar seu projeto político e sua importância nos movimentos sociais e na institucionalidade foram as marcas do 4° Congresso.

Segundo a JPT, não é a toa, que teve como seu grande pano de fundo a juventude e as questões geracionais, respondendo à altura ao fato de que apenas 10% dos congressistas tinham até 30 anos de idade, enquanto os principais dirigentes partidários, inclusive os que estão no Governo Federal, já possuem mais de 60 anos.


Jovens vão assumir parte do comando partidário

Os jovens petistas promoveram uma forte mobilização, organizando plenárias e muitas articulações para aprovar a emenda, de autoria de Francisco Rocha, membro da Comissão de Ética, que reservava 20% das vagas nas direções municipais, estaduais e nacional para filiados com até 29 anos, que possibilitará uma intensa renovação entre os dirigentes partidários de todos os níveis, abrindo espaço para que as novas gerações de lideranças possam assumir responsabilidades reais no comando do PT.

Para o Secretário Nacional de Juventude do PT, Valdemir Pascoal, “os jovens já mostraram capacidade de pensar o desenvolvimento do Brasil, dos estados, das cidades e o Partido reconheceu isso. Agora a juventude será protagonista do presente do Partido”, e acrescentou: “A militância quis que a juventude assumisse logo agora parte das rédeas do PT, para se preparar para conduzir a continuidade das transformações começadas pelo presidente Lula”, disse.


JPT conquistou sua autonomia estatutária, com previsão de financiamento

De acordo com a assessoria da JPT, outro importante avanço foi a consolidação da Secretaria Nacional de Juventude como instância partidária e não como um setorial. A secretária terá maior autonomia organizativa, política e funcionamento definido por regimento próprio, aprovados em seus congressos, consolidando a JPT como uma organização qualificada para o diálogo social com os 52 milhões de jovens brasileiros e como celeiro de trajetórias consistentes para o exercício da vida pública, do comando partidário e do ativismo social. Uma emenda com o mesmo conteúdo já havia sido aprovado no III Congresso do PT, mas essa decisão do IV Congresso estatutário foi fundamental para desenvolver essa perspectiva e impedir retrocessos.

“Estamos construindo um novo patamar organizativo para a JPT, capaz de ser o espaço onde efetivamente será gestada uma nova geração para transformar o Brasil em todos os sentidos”, informou Pascoal.

De acordo com o secretário, outra emenda aprovada estabelece a garantia de financiamento das atividades da Juventude do PT, com verbas do Fundo Partidário mediante a apresentação de um Plano de Trabalho perante o Diretório Nacional. Uma medida que aponta para organização juvenil capaz de exercer essa autonomia política referendada e criar condições de ser uma referência de massas na sociedade.


Bandeira da JPT para reforma política é agora resolução partidária

Numa das votações mais polêmicas, sobre estabelecer ou não limites para a reeleição em candidaturas parlamentares do PT, o plenário aprovou uma bandeira defendida pela JPT para a Reforma Política, isto é, que não seja permitida a reeleição indefinida, possibilitando o surgimento de uma nova política pelas mãos de uma nova geração.

“Foi muito entusiasmante ver o conjunto do PT, que empunha como prioridade a Reforma Política para revolucionar a democracia do Brasil, abraçar uma proposta da JPT”, comemorou Pascoal, “A juventude está sendo tão bem vista pelo partido, com tanta importância e destaque, que no principal tema partidário, eles levaram em conta o que os jovens propuseram”, declarou Pascoal.

A proposta aprovada em plenário foi uma resolução do Conselho Político da JPT, realizado em julho, e está no material próprio da Juventude do PT, da campanha pela Reforma Política aprovada pela Executiva Nacional do partido.


Revolução estatutária das mulheres e avanço dos negros tem a marca da juventude

Valdemir também parabenizou as mulheres do PT e os ativistas anti-racistas, que com diálogo e mobilização conquistaram a paridade de gênero nas instâncias partidárias e reserva de 20% de vagas nas direções para negros. Para ele, as mulheres esperaram 20 anos para isso acontecer e nesse período houve muita renovação das lideranças feministas, sendo, portanto, fundamental o engajamento das jovens mulheres.

“A revolução lilás assistida no 4° Congresso também teve a marca inoxidável da juventude”, afirmou Pascoal.

Quanto à conquista do movimento negro, Valdemir disse que eles “mostraram a força do que era o maior setorial partidário, com fundamental participação da Juventude Negra 13 (JN13) em sua organização, bandeiras e propostas”, conclui o secretário.



(Leopoldo Vieira – JPT)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

JUVENTUDE, MILITÂNCIA E MUDANÇAS

"A militância é um compromisso para a vida" Em entrevista publicada no site da União Nacional de Estudantes, a líder estudantil chilena, Camila Vallejo, fala sobre as manifestações em seu país em defesa de uma educação pública de qualidade e o sentido político mais profundo das maior mobilização social no país desde a ditadura do general Augusto Pinochet. "A militância é algo que vai muito além do meu tempo na universidade, é um compromisso para a vida, que sempre significará sacrifícios de toda espécie", afirma. Quem já teve a oportunidade de assistir a esse vídeo http://migre.me/5AkfL ,no youtube, sabe que a chilena Camila Vallejo não vacila. Esbanja conhecimento e pulso firme ao responder perguntas para a imprensa sobre a situação da educação em seu país e fala com convicção a respeito de uma grande unidade existente no Chile, quando explica o movimento da qual faz parte e que tem levado para as ruas, há mais de três meses, milhares de estudantes e trabalhadores. O presidente da UNE, Daniel Iliescu, teve a oportunidade de participar de um desses protestos, a greve nacional, nos últimos dias 24 e 25 de agosto, com mais de 250 mil pessoas (http://migre.me/5Akyy).

Camila destaca que essa manifestação foi a maior mobilização pós-ditadura e não foi convocada somente pelos trabalhadores de cobre, mas pela Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), que se juntou aos estudantes universitários e secundaristas, aos trabalhadores do setor público, sindicatos de transportes, entre outros. “O Chile tem um grito bastante recorrentes em manifestações públicas que diz: Avante, avante, trabalhador e estudante’. Eu acho que esta jornada de 48 horas de protesto, paralisação e de mobilização, representa muito bem o espírito por trás desse grito”, conta ao site oficial da UNE a presidente da Federação dos Estudantes da Universidade do Chile.

Foi também durante esse levante, que resultou na prisão de milhares de manifestantes e na morte do jovem Manuel Gutiérrez, que surgiu o convite da UNE para que Camila viesse ao Brasil se integrar à grande marcha dos estudantes brasileiros nesta quarta-feira, dia 31. Mesmo com a sua rotina frenética, ela topou a parada e desembarca amanhã em Brasília para lançar a jornada continental de lutas da juventude latinoamericana.

Essa rotina de manifestações tem ocupado quase que a totalidade do tempo da jovem estudante, o que não impede, no entanto, de tentar levar uma vida normal.“Este ano, como presidente da Fech, pouco tempo me resta para qualquer coisa além da política e das responsabilidades de meu cargo. Mas, isso não significa que não esteja desfrutando da minha juventude. A política é uma atividade que pertence à sociedade como um todo, portanto, o trabalho de representar e ser parte ativa na mesma compete também aos jovens – com o compromisso, vitalidade e convicção que nos caracterizam”, pontua a estudante de geografia, que ganhou notoriedade internacional nos últimos meses.

O site oficial da UNE dá as boas vindas à Camila e deseja vida longa à luta dos estudantes chilenos. Abaixo, você confere o bate papo que tivemos com a líder estudantil. Vale a pena conhecer um pouco mais dessa menina de 23 anos que tem mudado o rumo da política no Chile.

Como foi sua aproximação com a política? Como passou a militar no movimento estudantil?

Desde muito jovem, minha família me formou com valores políticos de esquerda, como democracia e justiça social. Com esta sensibilidade à esquerda é difícil manter-se fora da política e dos espaços que permitem fazer a mudança, especialmente em uma sociedade tão desigual e injusta como a do Chile. Foi assim que me interessei em fazer parte da política, desde muito jovem. Tal vontade se acentuou com a entrada na faculdade, de onde, finalmente, veio a adesão à juventude comunista. A partir deste momento, comecei a ser uma parte ativa de um movimento que tem sido gestado com trabalho, empenho e companheirismo.

O movimento que se fortaleceu este ano é herdeiro da Revolução dos Pingüins em 2006? Quais são os elementos de continuidade e diferença?

Eu não o chamaria de um herdeiro, mas, certamente, possuem uma relação. Em 2006, quando eu era caloura na Universidade do Chile, estudantes do ensino médio foram capazes de instalar na agenda política de Bachelet a questão da educação, com demandas que acabaram sendo tão profundas como mudar o modelo educacional que nos foi dado desde a ditadura militar. A principal diferença entre este movimento, é que, agora, podemos ver todos os setores sociais mobilizados. No começo, o movimento surge essencialmente nos setores universitários, depois vai tomando conta e se espalhando por todo país se transformando em uma das maiores mobilizações desde o retorno à democracia no Chile.

Qual é o balanço que você pode fazer como presidente da Fech, a Federação dos Estudantes da Universidade do Chile, especialmente, nos últimos meses? Qual foi o estopim dessa nova onda?

Faria um balanço muito positivo. Por um lado, esta intensa mobilização nos impediu de avançarmos em alguns aspectos do nosso programa interno. Mas, os avanços que tivemos com a Fech são qualitativamente muito superiores ao ano anterior. Retomamos um papel importante para que os estudantes – e nossa Federação – voltassem a ser novamente atores políticos de importância nacional, cujas opiniões têm um impacto real nos debates históricos sobre a sociedade. Desta forma, temos reavaliado o valor da organização dentro de nossa própria universidade, transcendendo as barreiras estudantis e nos permitindo avançar e nos envolver ativamente nos debates. É preciso deixar para trás a ideia de que a política pertence a poucos, e se aproximar rapidamente de um cenário mais democrático a partir do qual poderemos construir e defender propostas pelas transformações que o Chile precisa.

A principal bandeira de luta é a educação de qualidade e gratuita para os jovens, certo? Como você enxerga o cenário ideal, levando em consideração a realidade de hoje no Chile?

É claro que a educação gratuita é uma ideia política que queremos instalar, mas sabemos que não será uma realidade em curto prazo. Antes de tal transformação, é necessário promover uma reforma tributária que impeça que a diferença socioeconômica entre ricos e pobres, hoje no Chile, se aguce. No entanto, lutamos contra um modelo essencialmente neoliberal, que vê a educação como um bem de mercado – como diz o próprio presidente do Chile – e não como um direito, visão intransigentemente defendida pela direita que chegou ao governo através de [Sebastian] Piñera. Esperamos mudar as raízes de um modelo educacional que nos mantém no subdesenvolvimento.

Neste momento, como estão as negociações com o governo, e quais são as principais conquistas do movimento?

Este governo tem se mostrado intransigente na hora de negociar sobre o modelo educacional que instalaram desde a ditadura militar. Não é só isso, tem se demonstrado disposto a levantar a face mais repressiva, não ouvindo as demandas legitimas e respaldadas por um movimento que as próprias pesquisas mostram ter uma aprovação superior a 80%. Até agora uma das grandes conquistas do movimento tem sido consolidar uma aprovação transversal e unificada na sociedade. Agora, depois de muitas pressões da nossa parte, estamos próximos de sentar à mesa e enfrentar cara a cara um diálogo com o presidente. Esperamos que neste espaço possamos avançar em questões concretas sobre nossas reivindicações. E que não voltem a faltar com respeito ao movimento, com uma soma de dinheiro cheia de ambigüidades, que não nos garante nenhum dos princípios que já defendemos nas ruas há três meses.

Há quanto tempo a Universidade não é mais gratuita no Chile? Explique melhor a questão do endividamento dos alunos.

Desde a ditadura militar, que foi quando mudou o modelo educacional no Chile. O Estado deixou de ser responsável pela educação em todos os níveis e tem um papel meramente subsidiário, deixando o trabalho para o ensino privado, a quem também é concedido o direito de lucrar o dinheiro de todos os chilenos, sob o pretexto de garantir a "liberdade de ensino". Como hoje a educação não é concebida como direito, mas sim como um bem de consumo, para obtê-la é preciso pagar. E como as universidades públicas não recebem aportes do Estado para a altura dos seus orçamentos, elas têm sido forçadas a se envolver em auto-financiamento, o que significa em palavras simples, que o seu faturamento vem principalmente das taxas pagas pelas famílias. Neste contexto, as quantias necessárias para que as universidades possam realizar seu trabalho é muito mais alta em comparação aos rendimentos recebidos por famílias chilenas. Por isso hoje, basicamente, quem quer estudar tem que se endividar, porque somente uma pequena porcentagem da sociedade tem condições de pagar altos preços pelos estudos.

Quais são as outras questões do debate? Dentro do movimento estudantil estas questões já ultrapassaram a questão educacional?

Um movimento social desta magnitude exige ao governo e ao parlamento governar de acordo com as demandas que estão se defendendo nas ruas. Pode-se notar que a democracia no Chile não dá a possibilidade de se fazer uma sociedade verdadeiramente participativa. Desta maneira, surgem automaticamente demandas por mais democracia e reformas constitucionais relevantes para atingir esse objetivo, por exemplo, que nos permitam deliberar como nação por meio de um plebiscito vinculativo. Lembramos que a Constituição chilena foi feita durante a ditadura e sem o apoio da nação. Uma situação terrível para um país que se diz passar vinte anos vivendo em uma democracia.

Ocorreu no começo de agosto, no Uruguai, o 16 º CLAE, com a participação de milhares de estudantes de todo o Continente. Qual a sua opinião sobre um intercâmbio político mais eficaz entre os estudantes da América Latina?

Entendo que é absolutamente necessário. Os estudantes são atores políticos presentes na América Latina. Por isso, é claro que a nossa política deve convergir no mesmo sentido de que os diferentes países deveriam se alinhar em torno de demandas que, evidentemente, nos convocam por igual, dada as semelhanças de uma região em subdesenvolvimento, produto do capitalismo e da opressão que os EUA geram sobre nós até hoje. Instâncias como OCLAE devem ser muito mais presentes, tanto para estudantes como para todos os tipos de organizações latino-americanas.

A UNE convidou você para a “Marcha dos Estudantes” brasileiros, que irá encerrar o "Agosto Verde e Amarelo", série de manifestações que defendem que 10% do PIB e 50% do fundo social do Pré-sal do Brasil sejam destinados para a educação. Vocês estão defendendo no Chile algo parecido com isso em relação ao cobre, não é?

Na quarta-feira chego a Brasília. De fato, há semelhanças nas reivindicações. O Chile é um país muito rico em recursos naturais, o que não condiz com os baixos níveis de habitação, saúde e educação, entre outros. Isso se deve, principalmente, à privatização dos recursos naturais, e a enorme condescendência que se tem este setor. Trata-se de compensação tributária. Quando exigimos um aumento substancial dos recursos públicos na educação, nos perguntam frequentemente “e onde obteremos esses recursos?” - do cobre, respondemos. Da nacionalização de nossos recursos naturais.

Sabemos que estuda Geografia. Em que período da formação você está? Você consegue conciliar os estudos e a militância?

Já sou graduada em Geografia e sem dúvida ser presidente da FECH significou um custo acadêmico que, desde a minha nomeação para o cargo, estive disposta a assumir. O trabalho político exige bastante tempo e dedicação, mas não inviabiliza o trabalho acadêmico na medida em que você se organiza. No entanto, a militância é algo que vai muito além do meu tempo na universidade, é um compromisso para a vida, que sempre significará sacrifícios de toda espécie. Obviamente, nem todo mundo está disposto a assumir isso, mas de minha perspectiva comunista, creio que não só vale a pena, como é imprescindível na luta por um país mais justo.

Após os primeiros protestos, a mídia manifestou com mais freqüência ou com maior ênfase, a questão da sua beleza física, em detrimento de suas qualidades e habilidades intelectuais. Isso te incomoda?

Esses tipos de ataques vieram principalmente dos setores de direita, que têm o domínio da grande maioria dos meios de comunicação e, em minha opinião, representam uma estratégia bastante covarde, baixa e, sobretudo, fracassada, para desacreditar um movimento que hoje está mais forte do que nunca. Me parece que ainda há meios essencialmente machistas e misóginos que tentam fazer disto um tema. O movimento, a sociedade e o Chile têm sido capaz de avançar, valorizando muito mais clareza de conteúdo e a transversalidade do apoio, do que aquilo que eles chamam de "um rostinho bonito". Como eu disse por meio de outros meios, parece-me um despropósito argumentar que, com os níveis de organização, solidez e transversalidade do debate sobre educação e democratização no Chile, a aparência física ainda seja assunto.

Entrevista realizada por Rafael Minoro e Patricia Blumberg para o site da UNE.

Tradução: Moises Alves

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ESTUDANTES BRASILEIROS TERÃO OPORTUNIDADES DE ESTUDO NO EXTERIOR PELO PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS DO GOVERNO DILMA


Dilma: Estudar no exterior não vai ser um privilégio dos mais ricos, vai ser uma oportunidade para os que se esforçarem

O programa Ciência sem Fronteiras e o Plano de Inovação do Brasil foram os temas abordados pela presidenta Dilma Rousseff no programa “Café com a Presidenta” desta segunda-feira (8). A presidenta explicou que serão oferecidas 100 mil bolsas até 2014 – entre graduação e pós-doutorado – para estudantes e pesquisadores brasileiros que queiram estudar no exterior, além de aperfeiçoar o conhecimento, criar e fazer pesquisas. A ideia é que os bolsistas voltem para o Brasil e apliquem o conhecimento adquirido no desenvolvimento do país.

As áreas de estudo prioritárias, em que vão ser oferecidas as bolsas, são aquelas consideradas fundamentais para a economia brasileira e para a competitividade da indústria, conforme enumerou a presidenta Dilma: “áreas ligadas às Ciências Exatas, às Engenharias, à Matemática, à Física, à Biologia, à Ciência da Computação, às Ciências Médicas e a todas as áreas tecnológicas”.

A presidenta informou, ainda, que a seleção dos estudantes será feita a partir do desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio, o Enem. Segundo ela, também poderão ser selecionados alunos premiados em olimpíadas científicas, como a Olimpíada de Matemática e os já envolvidos em iniciação científica.

“A partir de agora, estudar no exterior não vai ser um privilégio dos mais ricos, vai ser uma oportunidade para os estudantes que se esforçarem, mesmo aqueles de famílias mais pobres”.

De acordo com a presidenta Dilma, muitos setores da indústria já aderiram à proposta de contribuir dentro da cota de 25 mil, das 100 mil bolsas de estudo que serão oferecidas. Ela citou, como exemplo, a Fenabrave, a Federação dos Bancos, a Anfavea, e empresas estrangeiras que atuam no Brasil, e se mostrou otimista quanto ao resultado final. “Eu tenho certeza, (…), de que vamos alcançar as 25 mil bolsas”.

Na avaliação da presidenta Dilma, a inovação é importante para que o Brasil alcance a posição de quinta economia do mundo. Para chegar lá, explicou ela, é preciso qualificar os profissionais brasileiros em várias frentes, integradas em um programa global que ela chamou de Plano de Inovação do Brasil. Além do Ciência sem Fronteiras, o Plano de Inovação também inclui o Pronatec, que envolve a formação e capacitação de profissionais no nível médio; e o programa Brasil Maior, que inclui várias medidas para diminuir os custos das empresas e com mais recursos para investimento e inovação.

“… o Plano de Inovação do Brasil integra várias ações do governo para que o país possa dar um salto no rumo da economia, do conhecimento e do desenvolvimento da nossa indústria. É assim que o governo está se preparando para enfrentar esse período de tensão na economia mundial. Fortalecemos a nossa indústria, protegemos nossos empregos e garantimos nossa estabilidade”.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

GOVERNO DILMA AMPLIA ACESSO DE JOVENS ÀS ESCOLAS TÉCNICAS


O Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec) será lançado em março, de acordo com anúncio feito pela presidenta Dilma Rousseff. Em seu programa semanal Café com a Presidenta, ela afirmou que a ideia é ampliar o caminho de acesso à educação profissional para jovens do ensino médio e para trabalhadores sem formação.

O Pronatec, segundo ela, será composto por um conjunto de ações voltadas para quem deseja fazer um curso técnico mas não tem como pagar. Será um programa de bolsas e também de financiamento estudantil. O novo Programa de Financiamento Estudantil (Fies), de acordo com a presidenta, vai fazer parte do Pronatec.

“Assim, também o estudante do ensino médio vai poder ter seu financiamento para estudar em escolas técnicas privadas. Nós estamos criando novas condições para que o jovem conclua o ensino médio mais bem preparado, com diploma de curso técnico debaixo do braço”, explicou.

Dilma destacou a importância da participação da juventude no mercado de trabalho e afirmou que o governo pretende também ampliar o acesso ao ensino médio em tempo integral – em um turno, o aluno estuda a grade tradicional e, em outro, aprende uma profissão.

Para o trabalhador, o Pronatec prevê cursos de formação profissional com carga horária a partir de 160 horas.

Novo FIES

A presidenta Dilma Rousseff anunciou também que o novo Programa de Financiamento Estudantil (Fies) terá condições gerais de financiamento “muito mais leves” – incluindo juros de 3,4% e maior tempo de carência.

Em seu programa semanal Café com a Presidenta, ela anunciou que o aluno só terá que começar a pagar o financiamento do curso superior um ano e meio depois de formado. Nesse período, segundo Dilma, será possível encontrar um emprego e obter uma renda. Dependendo do curso escolhido na faculdade, como no caso de medicina, o pagamento poderá ser feito em até 20 anos.

A presidenta explicou ainda que, caso o aluno que adquiriu financiamento pelo Fies decida fazer um curso de licenciatura e dê aulas em escolas públicas, a dívida no novo Fies será “perdoada”, por meio de uma redução de 1% a cada mês de exercício profissional.

Outra novidade já anunciada pelo governo é que o programa vai incluir alunos com renda de até um salário mínimo e meio de renda. Antes, eles precisavam arrumar um fiador para ter acesso ao crédito estudantil. “Agora, o próprio governo é fiador”, disse a presidenta.

As informações são da Agência Brasil

terça-feira, 1 de junho de 2010

EDINHO CONSIDERA FUNDAMENTAL A PARTICIPAÇÃO DA JUVENTUDE NA POLÍTICA


O presidente do PT-SP convida grupo de jovens presentes no 1º Encontro LGBT para formulação de políticas públicas para o setor
O presidente do PT do estado de São Paulo e ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, abriu neste final de semana o 1º Encontro Estadual da Juventude LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), realizado em Piracicaba. Na ocasião, Edinho falou sobre os grandes desafios da sociedade no século XXI e colocou meio ambiente e juventude como as pautas prioritárias. “O PT que, nasceu dos movimentos sociais, das lutas pela crença de uma sociedade mais justa e socialista, tem que ter a coragem de formular e elaborar propostas sobre esses dois desafios”, disse.
Cerca de 50 pessoas inscritas na abertura foram convidadas por Edinho para ajudar o partido no diálogo com a juventude e na elaboração de propostas de políticas públicas que, de fato, cheguem a todos, principalmente aos jovens de periferia e aqueles cooptados pela criminalidade, pelas drogas. “Temos uma geração inteira que não acredita na política como instrumento de transformação. Jovens que não tiveram oportunidades e não enxergam qualquer perspectiva de futuro. A juventude de hoje não acredita que ela pode mudar a sociedade”, disse fazendo um contraponto com a juventude da década de 60 que foi a vanguarda das grandes mudanças do país.
“Gostaríamos muito de contar com vocês para que a gente possa entender o que ocorre com a juventude de hoje. Queremos formular propostas mas, não só para o período eleitoral. A eleição é importante, mas o fundamental é a luta pela transformação. Temos que dialogar e fazer alianças com setores que hoje conseguem chegar a esses jovens”, disse.
Para Edinho, o Partido dos Trabalhadores, com o Governo Lula, tem cumprido um papel importante na mudança de paradigmas e na construção de uma nova agenda política para o Brasil que prioriza as lutas históricas dos trabalhadores, mulheres, negros, pessoas com deficiência, juventude, idosos entre outros. “Foi no Governo Lula a realização da 1ª Conferência LGBT. Debater uma sociedade mais justa passa pelo debate da diversidade sexual. A luta do Movimento LGBT é simbólica e emblemática”. Edinho terminou sua intervenção fazendo uma reflexão sobre o preconceito ainda fortemente existente na sociedade. “Temos que erradicar o preconceito. Essa é a bandeira de um partido que se dispõe a ser socialista e transformador”.
Dentre as principais reivindicações da juventude GLBT está a aprovação de leis para criminalizar a homofobia, a permissão da parceria civil registrada entre casais do mesmo sexo e permissão que travestis e transexuais usam o nome social. Segundo a presidente da ONG Visibilidade e do Fórum Paulista LGBT, Phâmela Godoy, em 2009, a cada um dia e meio, um homossexual foi morto no Brasil.