Mostrando postagens com marcador TELECOMUNICAÇÕES. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador TELECOMUNICAÇÕES. Mostrar todas as postagens

sábado, 10 de setembro de 2011

A MÍDIA, COMO QUALQUER MERCADO, DEVE SER REGULADA

Regulação da mídia passará antes por consulta pública, diz ministro

Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, diz à Carta Maior que novo marco regulatório para rádio e TV passará por consulta pública. Projeto também vai propor modernizar Lei Geral de Telecomunicações, motivo de não ter ido à consulta ainda. Para governo, interesse das teles em nova LGT ajudará marco da mídia no Congresso. PSDB diz que PT quer "censurar" imprensa.

BRASÍLIA – A proposta de um novo regulatório para rádios e TVs vai passar por consulta pública, antes de ser concluída e submetida à presidenta Dilma Rousseff. A informação foi dada à Carta Maior pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, dois dias antes de o IV Congresso do PT defender que “é urgente abrir o debate no Congresso Nacional sobre o marco regulador da comunicação social”. Bernardo é filiado ao PT.

Segundo fontes do governo ouvidas pela reportagem, a consulta pública deverá ter como ponto de partida conceitos genéricos, e não textos com redação de lei. Por ora, não há previsão de quando a consulta começará. É provável que seja ainda este ano.

O ministério das Comunicações recebeu em janeiro proposta de novo marco regulatório elaborada – mas não fechada – no ano passado pelo ex-ministro Franklin Martins. O texto atualizava o Código Brasileiro de Telecomunicações, que é de 1962.

A principal razão de ainda não estar pronto nem ter ido à consulta pública, de acordo com relatos feitos à reportagem, é que o governo decidiu incluir, no mesmo projeto, uma proposta de atualização da Lei Geral de Telecomunicações (LGT), que é de 1997. O trabalho de Franklin Martins não mexia na LGT, uma lei extensa, de 216 artigos.

Segundo relatos feitos à reportagem, o governo considera estrategicamente importante juntar o debate de um novo marco regulatório da radiodifusão com a revisão da LGT. Seria uma forma de contar com um aliado de peso (as teles) para tentar fazer o projeto avançar no Congresso.

A avaliação é que as empresas de radiodifusão são contra um novo marco regulatório e vão pressionar os parlamentares para que não votem. Ao modernizar a LGT, o governo poderia atender pleitos das teles. Assim, induziria as operadoras a fazer, no Congresso, lobby no sentido oposto ao da radiodifusão. O primeiro setor fatura quase dez vezes mais do que o segundo e, com poder econômico, poderia se contrapor à força política de rádios e TVs.

No dia 31 de agosto, Bernardo participou de audiência pública no Senado e, ao falar sobre o controle de rádio e TV por políticos, mostrou que não ignora a atuação dos grupos de mídia como agentes políticos. "É uma área empresarial que influencia a opinião pública, essa que é a verdade. Nós nunca vamos ter meios de comunicação absolutamente neutros. Isso não existe, nós teríamos que ser muito ingênuos para achar isso”, afirmou.

Documento petista
A proibição de político controlar rádio ou TV é uma das teses defendidas pelo PT em documento específico sobre comunicação social aprovado no Congresso do partido. Bernardo disse que é a favor da proibição, para que não haja “desequilíbrio democrático”.

A “democratização da comunicação” é o conceito geral usado no documento petista em defesa de uma série de propostas. A carta cobra, por exemplo, que o Congresso e o marco regulatório possam “impedir a existência de oligopólios” nos meios de comunicação. Na prática, isso significa criar condições para que novas empresas entrem e sobrevivam no setor.

O veto a oligopólios nos meios de comunicação está previsto no artigo 220 da Constituição. Mas nunca foi regulamentado - não há uma lei que defina oligopólio nem o que deve ser feito, caso algum seja identificado.

O PT acha que deve se vetar a propriedade cruzada dos meios de comunicação, ou seja, impedir que um mesmo grupo tenha mais um de tipo de mídia (jornal, rádio, TV). Essa proibição existe em outros países, como os Estados Unidos.

Os petistas também cobram a regulamentação do artigo 221 da Constituição, que lista os princípios que a programação de rádio e TV deve seguir. O dispositivo impõe cotas de regionalização da produção cultural, artística e jornalística, mas a definição do tamanho das cotas também depende de lei.

Recentemente, o governo teve uma espécie de experiência piloto sobre a dificuldades de debater cotas de programação. Isso aconteceu na votação, pelo Congresso, de projeto que muda a regulamentação do mercado de TV por assinatura e, entre outras coisas, abre o setor à participação de operadoras de telefonia.

O projeto estebelece cotas de conteúdo regional e nacional para os canais. As empresas brasileiras que operam TV a cabo fizeram lobby contra o projeto no Congresso e agora pressionam o governo para que vete o dispositivo, quando a presidenta Dilma Rousseff for sancionar a lei.

O documento defende ainda mais investimento em duas empresas públicas, a Empresa Brasil e Comunicação (EBC) e a Telebrás, a criação de conselhos de comunicação social em todos os estados (só existe um em nível federal) e a realização da segunda Conferência Nacional de Comunicação.

A primeira Conferência aconteceu em dezembro de 2009 e deu início do projeto de novo marco regulatório da mídia que hoje está em debate no governo. A maioria das empresas de radiodifusão boicotou o encontro.

PSDB: "censura"
Em documento oficial divulgado nesta segunda-feira (05/09), o PSDB, por meio do Instituto Teotônio Vilela (ITV), responsável pela formulação de críticas ao governo de rumos para os tucanos, criticou as teses petistas. "O PT tem horror à crítica flerta com a censura", diz o texto "Guerreiros da censura".

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

MARCO CIVIL PARA A INTERNET ESTÁ PRONTO A SER ENVIADO AO CONGRESSO, DIZ BERNARDO


Paulo Bernardo diz que texto do marco civil da internet está pronto para ser enviado ao Congresso

Por: Luciene Cruz


Paulo Bernardo garante que o projeto do marco civil da internet está pronto e de acordo com a presidenta (Foto: Reinaldo Ferrigno/ Agência Câmara)

Brasília – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira (23), ao participar de audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação da Câmara dos Deputados, que o texto que trata do marco civil da internet está pronto. “Fechamos na segunda-feira (22) o marco civil da internet com a (presidenta) Dilma. Nós tínhamos esse projeto, que já vinha sendo discutido há bastante tempo. Fizemos a revisão, ela olhou cada ponto, percebemos que havia a necessidade de fazer pequenas mudanças de texto.”

A expectativa é que o texto seja enviado na próxima semana para apreciação do Congresso Nacional. “É praticamente o que foi feito depois das duas consultas públicas, praticamente aquela proposta apresentada pelo Ministério da Justiça, com pequenas modificações”, explicou Bernardo. Segundo o ministro, o texto não precisará ser revisado antes que a Casa Civil o envie, já que a presidenta finalizou sua revisão na reunião de ontem.

O objetivo do marco regulatório da internet é definir direitos e deveres dos usuários e das empresas que navegam na rede. Isso porque, antes de haver condenações por crimes cometidos na internet, é necessário que sejam estipulados, por código, os direitos e deveres dos usuários. Quando um crime é cometido pela internet, por exemplo, é necessário ter acesso aos registros de conexão. Atualmente, não há nenhuma regulamentação definida que estabeleça por quanto tempo sites e provedores devem guardar esses dados e em que condições devem ser compartilhados.

De acordo com Paulo Bernardo, questões como as responsabilidades dos provedores também foram definidas. Ele lembrou que a proposta também tratará de itens como o direito de acesso a informações por parte dos usuários, os registros de acesso e os quesitos a serem cumpridos pelos provedores de acesso.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 29 de julho de 2011

OS TABLETS ESTÃO CHEGANDO - SEGUNDO MERCADANTE, SERÃO A NOVA ONDA EM ELETRÔNICOS



Aloizio Mercadante prevê Natal do tablet e promete produto mais barato a partir de setembro


Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A partir de setembro devem chegar ao mercado brasileiro os primeiros tablets já fabricados no país, com 20% de componentes nacionais, e mais baratos do que os encontrados à venda atualmente. A previsão é do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, um dos responsáveis no governo pela inclusão da indústria do tablet no Processo Produtivo Básico e na Lei do Bem (Lei nº 11.196), que reduz a zero as alíquotas pagas para o Programa de Integração Social e para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins).




Mercadante calcula que os tablets poderão custar até 40% menos se os descontos dados pelo governo federal e por alguns estados para incentivar a produção local chegarem ao consumidor. “No Natal vai ter muito tablet barato e em todas as opções para o consumidor. Acho que nós vamos ter um belo momento na indústria da computação no país”, disse Mercadante, logo após conceder entrevista ao programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.




Nove empresas já se inscreveram para produzir tablets no Brasil com incentivo fiscal (Samsung, Positivo, Motorola, Envision, AIOX, Semp Toshiba, LG, MXT e Sanmina-SCI) e mais seis estão com pedido em análise técnica (Itautec, Foxconn, Teikon Tecnologia, Compalead, Ilha Service e Leadership).




Segundo o ministro, o Brasil é o sétimo mercado para computadores e pode ser ainda mais atraente com a inclusão digital na educação. “Queremos levar [o tablet] para a escola pública e fazer como outros países já estão fazendo. Taiwan já acabou com o livro didático, só tem livro na biblioteca. O aluno lê toda a bibliografia por meio do tablet que também é um caderno eletrônico. A Coreia, em dois anos, não terá livro didático. É o próximo passo do nosso projeto”, disse Mercadante que esta semana esteve no Uruguai onde todos os alunos da rede pública têm um microcomputador portátil e todas as escolas têm acesso à internet.

Após a transmissão do programa de rádio, Mercadante seguiu para o Quartel General do Exército para a abertura da 1ª Jornada de Trabalho de Defesa Cibernética. Segundo o ministro, a internet é estratégica porque já concentra um terço da movimentação financeira (depósitos e pagamentos). Além disso, os sistemas de energia, de controle de trânsito e de tráfego aéreo, por exemplo, têm interface na rede. Para ele, “o Brasil precisa melhorar a sua capacidade de defesa e está desenvolvendo tecnologia” contra ataques como os ocorridos em junho nos sites do governo federal e da Universidade de Brasília (UnB).




“Todos os crimes que existem dentro da sociedade, existem na internet. Os crackers são especializados nesse tipo de ataque”, disse o ministro que tem interesse em se aproximar dos hackers. “Os hackers são os grafiteiros, os crackers são os pichadores. Os hackers constroem, os crackers destroem”, diferenciou.




Para Mercadante, “há jovens talentosos que desenvolvem softwares livres e querem mais transparência da administração pública e querem mais acesso às informações. Com esses, temos que dialogar, ter política pública e trabalhar junto. Os outros, nós vamos combater, prevenir e se nós tivermos um ataque saber defender-nos e se nós tivermos prejuízo saber restabelecer o serviço imediatamente”, prometeu.

Edição: Lílian Beraldo




sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DIREITO DO CONSUMIDOR - ANATEL ESTUDA FIM DA COBRANÇA DE ROAMING


A defesa do fim da cobrança de roaming pelas empresas de telefonia móvel ganhou um importante reforço. Em audiência com o deputado federal Chico Lopes (PCdoB/CE), o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, reagiu positivamente à proposta de proibição da cobrança de tarifas extra pelo roaming.
Roaming é uma situação em que um cliente realiza ou recebe chamadas, de um telefone celular, estando fora de sua área de cobertura original. Sardenberg informou que a Agência considera injustificada a cobrança e estuda mecanismos legais para proibi-la.

Autor de projeto de lei que estabelece a proibição dessa cobrança, o deputado Chico Lopes vê com entusiasmo o apoio do presidente da agência à ideia. “É muito positiva essa posição da Anatel, porque, diferente do que costuma acontecer com as agências reguladoras, ela sinaliza que está preocupada em agir em favor do consumidor, trabalhando para o fim do roaming, inclusive já desenvolvendo um estudo técnico’”, afirma Chico Lopes, explicando que seu projeto de lei se baseia na nova realidade do mercado de telefonia no Brasil e que seu mandato prepara uma campanha de mobilização da sociedade pelo fim da cobrança de roaming.

“No começo da telefonia celular no nosso país, fazia sentido cobrar roaming, porque as empresas argumentavam que precisavam usar as redes de outras operadoras, para garantir que seus consumidores pudessem telefonar quando estivesse em outras cidades”, detalha Chico Lopes. “Agora, as operadoras expandiram suas redes e estão presentes em todo o país. Não tem mais sentido que a cobrança continue acontecendo, penalizando o consumidor”, acrescenta. “O presidente da Anatel nos passou que a agência concorda com a necessidade de fim da cobrança, pelo mesmo motivo”.

Para Chico Lopes, as cobranças de roaming merecem questionamento também devido a seus altos valores. “A pessoa é cobrada se faz ligação, mas também se recebe ligação. E o valor é muito alto! Quem tem celular pré-pago sabe como os créditos se acabam com uma velocidade impressionante, às vezes apenas ao receber uma ligação”, destaca o deputado. “E quem tem celular de conta toma um grande susto no fim do mês. Na prática, o valor é tão alto que torna proibitivo o uso do telefone. É como se a pessoa ficasse sem celular, pois não pode nem telefonar, nem receber chamada”.

Anatel

Além do presidente, Ronaldo Sardenberg, a audiência também contou com a participação do gerente de comunicação móvel da Anatel, Bruno Ramos. “Ambos destacaram que este é um ano de ajuste no regulamento dos serviços de telefonia e que a agência vai agir em favor do consumidor. Quanto ao roaming e a outros temas, a Anatel promete tomar uma série de medidas pró-usuário”, relata Chico Lopes, sobre a audiência realizada na tarde de quarta-feira, na sede da agência em Brasília. “A previsão é de que essas mudanças tomem corpo ainda este semestre, do ponto de vista técnico, dentro da Anatel, chegando ainda este ano aos usuários”.

Nota Técnica

Uma Nota Técnica disponibilizada pela Anatel ao Mandato Chico Lopes enfatiza a necessidade de mudanças quanto à cobrança de roaming. “As tarifas de roaming estão sendo reavaliadas em todo o mundo. A título de exemplo, citamos diretivas da Comunidade Europeia, no sentido de diminuir os preços cobrados por roaming internacional, para possibilitar uma maior integração do continente”, menciona o documento da Anatel, acrescentando: "O Brasil, sendo um país de dimensões continentais, deve também estar em linha com essas tendências, a fim de não perder competitividade com outras regiões do mundo".

Da redação, com assessoria

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

BANDA LARGA: DIA 15/02 MINISTRO DARÁ ENTREVISTA AO VIVO - ACOMPANHE!

Ministro das Comunicações falará ao vivo sobre PNBL

Paulo Bernardo participa de entrevista pela web e vai abordar o Plano Nacional de Banda Larga e outros desafios da comunicação

Por Rede Brasil Atual
Quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, é o convidado do Sindicato dos Bancários São Paulo, Osasco e região e da Rede Brasil Atual para debater o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e outros desafios da comunicação.

O evento será realizado no próximo dia 15, terça-feira, das 19h às 21h, no auditório amarelo do sindicato (Rua São Bento, 413, próximo à estação São Bento do metrô). Haverá transmissão ao vivo pelos sites e via twitcam.
O ministro

Paulo Bernardo Silva é paulistano e foi dirigente sindical bancário. Três vezes deputado federal pelo PT do Paraná, atuou também como secretário da Fazenda em Mato Grosso do Sul e em Londrina. Em 2005 foi nomeado ministro do Planejamento pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cargo em que permaneceu até ser nomeado ministro da Comunicações pela presidenta Dilma Rousseff.
Banda larga

O PNBL, lançado em maio de 2010, tem como objetivo universalizar a internet rápida no país, ampliando o acesso e reduzindo o custo. Outros desafios de Paulo Bernardo à frente do Ministério das Comunicações estão na reformulação dos Correios e os projetos de regulamentação da mídia e democratização do acesso à informação.

Participe, envie a sua pergunta ou sugestões. Quem quiser participar do evento deve se cadastrar solicitando inscrição pelo e-mail inscricao@spbancarios.com.br .

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O PIG ESTÁ DEFINHANDO: INTERNET AVANÇA NOS EUA E NO BRASIL


Internet avança nos EUA e no Brasil

O artigo do jornalista Ricardo Kotscho foi originalmente publicado no blog Balaio do Kotscho.
Por Ricardo Kotscho
Sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Em publicações diferentes, encontrei duas notícias alvissareiras sobre o avanço da internet no mundo e, principalmente, aqui no Brasil.

Sem muito alarde, ficamos sabendo que houve uma verdadeira revolução neste campo. Há oito anos, apenas 13% das casas dos brasileiros da nova classe C tinham microcomputadores. Hoje, este número saltou para 52%.

Como quem compra um micro tem como principal objetivo receber informações, participar das redes sociais e se comunicar com o mundo, os que têm o equipamento, mas ainda não estão ligados à internet em casa, logo vão ficar.

Este ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, mais da metade da população brasileira terá experimentado de alguma forma o acesso à rede mundial. Só no ano passado, entraram na internet mais 12 milhões de brasileiros, número que deverá ser maior em 2010, ultrapassando o total de 80 milhões de usuários numa população de 190 milhões.

O mundo está mudando muito rapidamente e, às vezes, a gente não se dá conta do que está acontecendo. Pequena nota que garimpei no blog do Noblat informa que “popularidade da internet se iguala à da televisão nos Estados Unidos”. Quem poderia imaginar uma notícia dessas há apenas dez anos?

Segundo um estudo da consultoria Forrest divulgado pelo “Wall Street Journal”, trata-se de um marco histórico: os norte-americanos passam hoje o mesmo tempo conectados à internet e assistindo à televisão. Dá a média de 13 horas por semana dedicadas a cada veículo (é capaz de no Brasil ser até mais, mas não tenho estes números).

O curioso é que a televisão não perdeu público; a internet é que cresceu: 121% nos últimos cinco anos. Quem perdeu audiência e circulação foram as rádios, os jornais e as revistas de papel, aos quais os norte-americanos agora dedicam menos do seu tempo.

Só falta agora agências e anunciantes adaptarem seus planos de investimentos em publicidade aos novos ventos da mídia.

quinta-feira, 25 de março de 2010

CPI DA ANATEL É PEDIDA POR ENTIDADE DE DEFESA DO CONSUMIDOR

ANATEL faz o consumidor de palhaço.

Pro Teste pede criação de "CPI da Anatel" e ganha apoio de deputados

A audiência pública realizada nesta quarta-feira, 24, na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) sobre políticas de expansão de banda larga esquentou o clima de críticas contra a Anatel e o Ministério das Comunicações. Após apresentar dados sobre o histórico de regulamentação feita pela agência com relação às redes de telecomunicações, especialmente em relação às redes-tronco, a advogada da Pro Teste, Flávia Lefèvre, sugeriu sem rodeios a necessidade de que se investigue a atuação da autarquia. "Nós queremos a CPI da Anatel", declarou a advogada.

Flávia lembrou que a Anatel deveria ter estabelecido há quatro anos um modelo de custos para o setor de telecomunicações, de onde seriam tirados dados precisos sobre a necessidade efetiva de recursos para a manutenção das redes das concessionárias. Sem esse modelo, a Anatel não executou outras tarefas previstas na Lei Geral de Telecomunicações (LGT), como a desagregação das redes (unbundling). Essas questões têm sido objeto de frequente análise da Pro Teste, que discute na Justiça se as novas redes implantadas são de fato reversíveis para a União.

"Isso é grave porque, quando chegar em 2025, se prevalecer essa improbidade administrativa, nós vamos indenizar a Telefônica e a Oi para poder continuar prestando o serviço público", alertou a advogada. Os apelos ganharam apoio dos deputados Ivan Valente (PSOL/SP) e Celso Russomano (PP/SP). "Nós temos que analisar essa relação tão próxima, senão promíscua, entre a Anatel e as empresas", afirmou Valente. "Não só sou favorável à proposta de CPI da Anatel como posso até me dispor a fazer o requerimento e recolher as 171 assinaturas necessárias", avisou.

Russomano sugeriu a realização de uma fiscalização legislativa com relação aos dados apresentados pela advogada da Pro Teste. Disse ainda que pensa em encaminhar à Polícia Federal uma denúncia contra as empresas de telefonia que não entregam ao consumidor a velocidade de banda larga anunciada em suas publicidades. "Isso é estelionato. Não é possível ninguém tomar uma providência para acabar com essa propaganda enganosa", afirmou.

A ausência de um representante do Ministério das Comunicações no debate também foi duramente criticada pelos deputados. "O ministro das Comunicações, Hélio Costa, atua em parceria com as empresas de telecomunicações. Isso é uma vergonha", afirmou Ivan Valente, analisando que hoje a pasta pratica uma "omissão proposital" para favorecer as empresas. "É lamentável que o governo não esteja presente nessa discussão, até para se defender."

O gerente de Regulamentação da Superintendência de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, anunciou na audiência que a agência reguladora encaminhou na semana passada um ofício a todas as empresas móveis para que elas adaptem suas campanhas publicitárias e anunciem uma velocidade de banda larga mais em linha com o que realmente é assegurado ao consumidor.

Fonte: Revista Digital TELETIME http://www.teletime.com.br