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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

MINISTRA IRINY, A MULHER DEVE SE DEFENDER. VOCÊ ESTÁ CERTA!

Bancada do PT divulga nota de solidariedade à ministra Iriny Lopes

PT divulga documento em solidariedade à titular da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres


Leia abaixo a nota de solidariedade da Bancada do PT à ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, Iriny Lopes.

Nota de solidariedade à ministra Iriny Lopes

Em nome da Bancada do PT na Câmara, manifesto solidariedade à ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, Iriny Lopes, cujas posições em defesa das mulheres vêm sendo atacadas ou por má-fé ou com objetivos políticos. Ao contrário de versões divulgadas, a ministra em nenhum momento pediu a uma emissora de televisão que retire do ar um quadro de programa de humor, tampouco defendeu a censura ao questionar uma novela e uma peça publicitária estrelada por uma modelo.

A ministra agiu com legitimidade quando sugeriu a divulgação da Rede de Atendimento à Mulher e o Ligue 180 ao autor de uma novela de TV que aborda a tema da violência doméstica, pediu ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) a análise de publicidade de lingerie e questionou um quadro humorístico veiculado em rede de televisão em que é banalizado o assédio sexual, problema enfrentado com frequência por mulheres que utilizam o transporte público coletivo.

Nos três casos, a ministra levantou questionamentos sobre como o corpo da mulher é utilizado pelos meios de comunicação como forma de vilipendiá-la, transformando seu corpo em mero objeto. O tema suscita debate sobre os meios de comunicação de massa, importantes instrumentos de formação da sociedade.

A atitude de Iriny evidencia a construção de uma nova postura em relação ao papel das mulheres. E ao usar os meios institucionais para defender suas posições, longe de querer censurar ou interferir, a ministra mostra que os meios de comunicação têm uma contribuição a dar à democracia e à construção de uma sociedade mais avançada.

Em todos os casos, não se trata de uma tutela, mas de atitude para mostrar que estereotipar a mulher denota um comportamento que devia estar ultrapassado.

Os questionamentos feitos ao trabalho da ministra procuram criar uma situação constrangedora a quem desenvolve um trabalho fundamental para implementação de políticas públicas para as mulheres. No século 21, quando as mulheres assumem cada vez mais um papel relevante na sociedade, é condenável qualquer atitude de caráter machista que tenha como objetivo a manutenção de uma situação que a história vem sepultando, com a crescente participação das mulheres nos rumos do mundo. Não se pode tolerar como natural a manutenção de estereótipos em que a mulher é vista como objeto de desejo sexual e vítima da violência doméstica.

Enquanto nas democracias mais avançadas o combate aos estereótipos da mulher é empunhado como bandeira, aqui, na contramão da história, alguns articulistas preferem o passado, inspirados no conservadorismo fascitizante do Tea Party.

Brasília, 10 de outubro de 2011
LIderança do PT na Câmara.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

LEI MARIA DA PENHA AMPLIA PROTEÇÃO DA MULHER CONTRA A VIOLÊNCIA

Lei Maria da Penha avança como protetora da mulher vítima de violência
Criada há cinco anos, lei ainda esbarra no preconceito da sociedade e também na dificuldade em denunciar e punir a truculência masculina 
 



São Paulo – Amanhecia quando começaram as ligações ameaçadoras do ex-marido de Fátima (nome fictício).  Apesar da separação, Tiago (idem) decidiu, sem consultá-la, que voltaria para casa. Ao não encontrar a ex-mulher, que trabalhava à noite, começou a ligar, seguidamente. Primeiro ele pedia para vê-la, mas diante das negativas, começaram as ameaças de morte e, depois, de suicídio. “Ele queria me amedrontar, ameaçava, depois falava com voz mole, dizia que ia tomar vodca em cima dos remédios "tarja preta" que ele usa”, relata.

Fátima não voltou para casa. Correu para uma delegacia na capital paulista, onde registrou queixa. No local, a equipe que a atendeu sugeriu que ela também procurasse a corregedoria da Polícia Militar – Tiago é membro da corporação.

Ao chegar no batalhão, os policiais já puderam ouvir no viva-voz do celular as ameaças do colega à ex-mulher. Tiago relutava em confirmar onde estava. Ora dizia estar na casa dos filhos, ora na casa dos pais. “Nesse dia, eu fiquei das 8 (horas) da manhã às 5 da tarde negociando que ele desistisse da violência contra mim e contra ele mesmo”, lembra Fátima.

Às 17h daquele dia de abril deste ano, a polícia conseguiu “resgatar” Tiago. Fátima não faz questão de lembrar o dia, embora ande com os boletins de ocorrência contra o ex-marido na bolsa, no caso de sofrer alguma agressão por parte dele e ter de pedir ajuda policial.

Num dado momento durante o tempo que Tiago passou fazendo ameaças, ele fez um disparo acidental de sua arma e acabou machucado, deixando sangue nas paredes. O socorro exigiu policiais militares, bombeiros, ambulâncias e isolamento da área. A ação o deixou ainda mais ameaçador, analisa Fátima. “A raiva dele é ter passado por tudo aquilo. Mas eu fiz (chamar a polícia) para resguardar a minha vida e a dele também”, argumenta.

Na volta para casa, Fátima se deparou com móveis quebrados e utensílios espalhados. Havia sangue nas paredes e suas roupas estavam queimadas. “Ele só deixou o quarto dos meninos”, aponta. “Quando ele viu que eu não ia voltar para casa, destruiu tudo, pegou minhas roupas, três litros de álcool e fez uma fogueira”, descreve. “Essa roupa aqui (mostra o uniforme que usa no trabalho) estava do lado de fora, para lavar.”

Os três filhos que moram com Fátima não sofreram nada, porque estavam na escola e foram direto para a casa dos avós. Quatro meses depois, ela resume: “A violência dele acabou com nossa vida”.

Agressões

Depois de semanas de internação em uma clínica psiquiátrica, Fátima ainda pensou em ajudar o ex-marido e assentiu que Tiago completasse a reabilitação em sua casa, junto dos filhos. Ele, porém, insistiu em retomar o casamento e ter “relações(sexuais)”, explica a jovem. A negativa da ex-mulher foi motivo para uma tentativa de homicídio. “Ele levantou da cama, saiu correndo para pegar alguma coisa. Eu entrei no quarto do meu filho e gritei para a vizinhança chamar a polícia. Coloquei um móvel atrás da porta e segurei ao máximo. Mas, ele entrou e me deu alguns socos, até que a polícia chegou”, detalha.
Fátima fez nova denúncia na delegacia e passou por exame de corpo de delito pelas agressões sofridas. Ela também procurou a ouvidoria da Polícia Militar para registrar queixa contra o ex-marido. Mas desistiu ao ser informada que isso o levaria a perder o emprego. “Não quis acabar com a carreira dele”, afirma. Ela menciona que, como a maior parte dos policiais, Tiago mantém vários trabalhos para sobreviver financeiramente. “É muita pressão, muito estresse. Para viver com policial, gostar não basta. Tem de amar muito”, explica. “Não há feriado, não há vida própria, a gente vive a vida do marido policial.”

Ela também evitou pedir medidas protetivas pelo mesmo motivo: o receio de que o ex-marido fosse expulso da corporação. Enquanto isso, o horror – confessa - é seu parceiro diário. “Tenho medo que ele me pegue na rua, tenho medo das mensagens (por celular).”

E as mensagens continuam a chegar, até mesmo quando concedia entrevista à Rede Brasil Atual. O conteúdo varia de "eu quero ter de volta o seu amor", até "você vai se arrepender de não me dar atenção". “Ele chora e quando vai em casa fico em pânico, porque se ele quiser me matar, meus filhos não podem fazer nada”, considera.

A vida segue, contudo e apesar de tudo, diz Fátima. Desde a separação, há quase um ano, ela passou a trabalhar o máximo possível para não pensar nos problemas. Sua receita para minimizar as ameaças diárias é viver sem mágoas. “Ninguém me domina, porque eu não guardo rancor”, filosofa.

Para a prestadora de serviços, o ex-companheiro foi um parceiro muito bom ao longo dos 18 anos de casamento, mas uma pessoa ameaçadora após a separação. “Ele está doente”.

Nas duas vezes em que denunciou o comportamento violento de Tiago, Fátima não chegou a procurar uma Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Ela conhece a lei Maria da Penha, mas evita pedir medidas protetivas com medo de “causar problemas” ao ex-marido e agressor. “Torço para que ele fique bem, porque meus filhos também vão ficar.”

Rigor

Foi com o objetivo de coibir casos de violência como o que Fátima e milhares de mulheres sofrem que, há cinco anos, entrou em vigor a Lei Maria da Penha. A legislação aumentou o rigor das punições para as agressões contra  a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar e criou estruturas específicas para atendimento às vítimas, como Delegacias de Defesa da Mulher e centros de atendimento.

A legislação leva o nome de Maria da Penha Maia Fernandes, espancada de forma brutal e violenta diariamente pelo marido durante seis anos de casamento. Ela também sofreu por duas vezes tentativa de assassinato. A primeira ocorreu com arma de fogo e ela terminou paraplégica. Na segunda, foi por eletrocussão e afogamento.

Para o especialista em direito cível e criminal, Alessandro Martins Silveira, a lei tem “espectro amplo" e ultrapassa o direito criminal. “Ela cobre não só a violência física contra as mulheres, mas também a psicológica, sexual, patrimonial e moral”, conceitua.

A lei inovou ao retirar os episódios de violência contra a mulher dos juizados especiais criminais, destinados aos casos de menor potencial ofensivo. “Lesões consideradas não muito graves eram julgadas por um juiz especial criminal. O marido se apresentava voluntariamente e muitas vezes tinha como sanção doar cestas básicas ou pintar o muro da escola”, lembra.

A iniciativa também aumentou a pena para lesão corporal, que passou a ser de três meses a três anos de reclusão. A abertura de processo contra o agressor não depende mais de representação da vítima. A formulação de Boletim de Ocorrência já dá início ao processo contra o agressor. “A partir da denúncia contra o marido, ela não pode mais retirar a queixa". Antigamente as mulheres voltavam atrás e desistiam da denúncia, devido à pressão dos companheiros. Agora é "ação penal pública incondicionada" e não depende de representação”, aponta Silveira.

A mulher que sofre humilhações ou tentativa de sexo forçado por parte do cônjuge também pode recorrer à Lei Maria da Penha e denunciar a agressão. “A pessoa acha que, porque está sob o manto do casamento, a mulher tem de fazer sexo com ele quando bem entender. Isso é mais um ranço de machismo na sociedade”, alerta o advogado. A legislação também tem validade para casais homoafetivos, porque “fala em violência doméstica ou familiar”.

Sobre violência psíquica, o especialista ensina que “se a mulher for humilhada no âmbito doméstico ou numa relação de afeto, de marido, companheiro, namorado, aplica-se igualmente a lei Maria da Penha.”

Apesar de diversas tentativas, Silveira destaca que os homens não podem utilizar a lei se forem vítimas de agressão feminina. “É uma lei que procura igualar pessoas e fatos que não são iguais”, define. “Se pegarmos todos os casos de agressões no âmbito familiar, em 90% dos casos, o homem é que agride a mulher.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

SECRETARIA DE MULHERES DO PT SP PREPARA ENCONTRO ESTADUAL - PLENÁRIA AMPLIADA NESTE DIA 27 DE AGOSTO


Secretaria Estadual de Mulheres do PT-SP realiza Plenária Ampliada

Atividade será no dia 27 de agosto, no Diretório Estadual do PT (Rua Abolição, 297, Bela Vista).
Por Portal Linha Direta


A Secretaria Estadual de Mulheres do PT-SP realiza, no próximo dia 27 de agosto, uma Plenária Ampliada. A pauta inclui debate sobre a comissão de organização do Encontro Estadual de Mulheres, que será composta por integrantes do coletivo estadual.

Confira a programação completa.

Programação

Data: 27 de agosto
Local: Diretório Estadual do PT (Rua Abolição, 297, Bela Vista).

9h: Visibilidade Lésbica – Nossos compromissos e lutas
Será exibido um vídeo e um breve relato das bandeiras de luta prioritárias para as mulheres lésbicas.

10h: Congresso do PT – Avanços possíveis do ponto de vista das mulheres
Mesa de debate apresentando as principais propostas das mulheres

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

DILMA, A PRESIDENTA MARGARIDA




Dilma: “Vocês têm em mim uma presidenta Margarida como vocês”

Brasília foi palco, nesta quarta (17), de um dia que entrará para a história do país: o encontro da primeira presidente mulher com cerca de 100 mil trabalhadoras rurais, que marcharam à capital federal em busca de justiça social e equidade de gênero. Ao participar da cerimônia de encerramento da Marcha das Margaridas 2011, Dilma divulgou uma série de conquistas alcançadas por esse grupo de trabalhadoras a partir de negociações com o governo federal.

Blog do Planalto

Dilma Margarida



Os ganhos envolvem ações na área da saúde, educação, segurança, geração de renda, acesso à terra e crédito rural e erradicação da miséria, entre outras. O resultado das mesas de negociação foi reunido em um caderno resposta, que Dilma fez questão de entregar pessoalmente às Margaridas na solenidade de encerramento da Marcha.

“Minhas queridas Margaridas, hoje estou aqui para dizer que a Marcha de vocês me toca e me emociona profundamente, não apenas como presidente da República, mas como mulher e cidadã (…), e para reconhecer que muitas das demandas de vocês foram acatadas (…). O principal resultado é a continuidade do diálogo e do respeito entre vocês e o governo federal, iniciados pelo presidente Lula. Comprometo-me a dar continuidade a esse diálogo respeitoso e companheiro e a ampliar o atendimento às justas reivindicações das trabalhadoras rurais”, disse Dilma, ao iniciar seu discurso.
Conquistas
Entre as medidas anunciadas, a presidente destacou a construção de 16 unidades básicas de saúde fluviais e de 10 centros de referência em saúde do trabalho voltados para o campo e floresta até 2012; um plano integrado em saúde para trabalhadores do campo e da floresta; o aumento do limite de venda da agricultura familiar para fornecimento da merenda escolar, de modo a atingir, ainda em 2011, os 30% de compra direta do governo à agricultura familiar previstos na lei; a inserção do Programa de Ações Integradas (Pais) no Plano Brasil sem Miséria e aumento da dotação orçamentária do programa; ampliação do crédito rural, com elevação da participação da mulher e linha exclusiva às trabalhadoras; ampliação do acesso à creche e expansão da rede escolar na zona rural, entre outros.

A presidente também chamou a atenção para um plano de enfrentamento à violência contra a mulher do campo, a implantação de programa de documentação civil na Amazônia, com foco na mulher, a instituição de grupo de trabalho para elaboração, com a participação da sociedade civil, de um programa nacional de agroecologia e o início de um diagnóstico de todos os assentamentos rurais no Brasil, para “definir como encaminhar a questão do acesso à terra daqui por diante”.

“Eu quero intensificar o diálogo do governo com vocês. Tenho certeza de que o debate com os movimentos sociais é fundamental. E tenho certeza de que as críticas e as sugestões são essenciais e muito bem-vindas, pois permitem que atuemos cada vez melhor, que possamos, juntas, construir o Brasil que queremos: um país sem miséria, um país rico (…) e um país mais justo e menos desigual”, concluiu.

Fonte: Blog do Planalto



quinta-feira, 4 de agosto de 2011

EM SP, É RELANÇADA FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER

Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher será relançada na sexta

Ass. Imprensa - dep. Ana Perugini

A cerimônia de relançamento acontece na próxima sexta (05), ocasião em que a deputada Ana Perugini assume a coordenação dos trabalhos da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pela segunda vez consecutiva.

O trabalho realizado pela Frente na gestão passada será tema da abertura feita pela deputada.

Na condição de coordenadora da Frente Ana Perugini impulsionou o debate pelo fortalecimento das políticas públicas, em várias cidades paulistas, por meio de Audiências Públicas. Defendeu a assistência à saúde, estimulou e ampliou as oportunidades econômicas e educacionais, além de promover o atendimento das necessidades das crianças e das famílias. O combate à violência doméstica sempre foi tema nas palestras da deputada por todo o Estado de São Paulo.

Na programação do evento serão apresentados temas como Infraestrutura Social no Meio Rural e Urbano (Delegada Federal do Desenvolvimento Agrário, Maria Judite Magalhães Gomes), Mulher no Mercado de Trabalho(Presidenta da Comissão da Mulher Advogada, Dra. Fabíola Marques - OAB-SP), Saúde da Mulher(Diretora Associada do Caism-Unicamp, Profª Dra. Ângela Maria Bacha) e Difusão e Implementação da Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha (Presidente da Comissão de Direitos Cibernéticos da OAB Campinas, Dra. Vera Kaiser Sanches Kerr).


Relançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres

Sexta-feira, 5 de Agosto de 2011

Horário: 14 horas

Local: Auditório Paulo Kobayashi, Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – Ibirapuera – São Paulo - SP

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

LEI MARIA DA PENHA FAZ CINCO ANOS - PRECISAMOS AVANÇAR MAIS


Mulheres cobram do Estado políticas de enfrentamento à violência doméstica

Nesta quinta-feira (4/8), às 12h30, em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que fica na Praça da Sé.

Por Linha Direta (CF)

Representantes de dezenas de entidades feministas realizam amanhã (4/8), a partir das 12h30, um abraço solidário às vítimas de violência doméstica.

A manifestação, que ocorrerá em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo, tem por objetivo lembrar o avanço da Lei Maria da Penha, que completa cinco anos, e cobrar a aplicação da legislação no Estado de São Paulo, assim como o investimento em políticas públicas de enfrentamento à violência doméstica.

Na pauta de reivindicações, as feministas questionam a ausência dos juizados de Violência Doméstica de São Paulo.

A atividade é organizada pela União de Mulheres de São Paulo, Promotoras Legais Populares, Coletivo Feminista Dandara da USP, Coletivo Iabá, Cia.Kiwi de Teatro, Marcha Mundial de Mulheres, Instituto Sou da Paz, Instituto Patricia Galvão, Coletivo Alumiá - Mauá, Associação de Promotoras Legais Populares Cida da Terra /Campinas, AMB-Articulação de Mulheres Brasileiras, Associação Marisa Dandara, Associação Mulheres pela Paz, Articulação Popular e Sindical de Mulheres Negras, Agentes Bem Querer Mulher, Católicas pelo Direito de Decidir, Centro Dandara de Promotoras Legais Populares de São José dos Campos, CIM-Centro Informação Mulher, Geledés – Instituto da Mulher Negra, Liga Brasileira de Lésbicas, Núcleo da Marcha Mundial das Mulheres/SJC-Urbanas e Rurais/MST, Observatório da Mulher, Projeto Maria Maria, PROLEG /Santo André, Rede Mulher de Educação, Rede Trançando a Vida de Campinas e Região, SOF – Sempre Viva Organização Feminista.

Compareça:
4/8 - quinta-feira
12h30
Tribunal de Justiça de São Paulo
Praça da Sé


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sexta-feira, 22 de julho de 2011

PROGRAMA MULHERES MIL DO GOVERNO DILMA É ESTENDIDO A TODO O BRASIL


Portaria do MEC estende Programa Mulheres Mil a todo o país
22/07/2011 - 11h56

Christina Machado
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Programa Mulheres Mil, do Ministério da Educação, foi instituído oficialmente em todo o território nacional. Lançado em caráter piloto em 2007, o programa acolheu inicialmente mil mulheres carentes das regiões Norte e Nordeste.

A partir de hoje (22), ele se estende a todo o país, e deverá atender até 2014 a 100 mil mulheres de todas as regiões brasileiras. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União.

O objetivo é dar formação profissional e tecnológica articulada com elevação de escolaridade a mulheres em situação de vulnerabilidade social. O Mulheres Mil constitui uma das ações do Plano Brasil sem Miséria.

De acordo com o MEC, o programa tem como base a educação, a cidadania e o desenvolvimento sustentável, com foco na erradicação da miséria.

Edição: Juliana Andrade

quarta-feira, 20 de julho de 2011

PROJETO CONTRA A DISCRIMINAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO


Projeto pune discriminação contra a mulher no trabalho


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 255/11, do deputado Arnaldo Jordy (PA), que estabelece medidas de prevenção e repressão a atos discriminatórios ou atentatórios contra a mulher praticados pelo empregador.



“É matéria de fundamental importância para os direitos humanos, tendo em vista ser inadmissível conceber atos praticados por empregadores discriminando ou atentando contra a dignidade da mulher, que constantemente vem sofrendo violências de toda espécie, quando da prática do trabalho honesto e digno”, diz o deputado.

A Constituição estabelece que "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações". A Convenção 111, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil, proíbe a disciminação relacionada a emprego e profissão.

Entre atos discriminatórios e práticas restritivas, o projeto cita:

- qualquer forma de exame ou revista íntima em local inadequado ou impróprio, ou realizado por pessoa que não seja do sexo feminino;
- manutenção nas instalações sanitárias de aberturas, destinadas a controlar o tempo de permanência da mulher no local;
- inexistência de vestiários femininos em número, condições e proporções adequadas, quando houver necessidade de utilização de uniforme ou indumentária especial;
- restrição, para fim de admissão, ao estado civil da mulher e à existência de filhos;
- exigência, para fim de admissão ou permanência no emprego, de prova negativa de gravidez ou da condição de esterilidade;
- inobservância de isonomia salarial em razão do sexo;
- rescisão de contrato de trabalho por motivo de gravidez ou de casamento.

O projeto considera atos atentatórios contra a mulher os que procuram atingi-la em sua honra, dignidade e pudor, mediante coação, assédio ou violência, e os que visam obtenção de vantagem sexual ou assemelhada.

O empregador infrator fica sujeito a sanções administrativas que vão da simples advertência até a suspensão da licença de funcionamento pelo prazo de um ano. Outras penas previstas são o pagamento de multa entre 10 e 1.000 Ufirs; interdição enquanto perdurar o ato discriminatório ou atentatório; suspensão temporária de autorização de funcionamento, por prazo inferior a um ano; inabilitação para participar de licitação para obras ou serviços; inabilitação para permissão ou concessão de uso de bem ou serviço público; e indeferimento de pedido de parcelamento de débito tributário.

Têm legitimidade para denunciar a prática das infrações tanto as autoridades públicas competentes como a vítima ou quem a represente, os movimentos femininos, as associações de defesa de direitos humanos e os sindicatos. Ao empregador acusado é sempre garantido amplo direito de defesa.

Fonte: Agência Câmara

quarta-feira, 6 de abril de 2011

REDE CEGONHA - CONVERSANDO COM O EDINHO

Rede Cegonha vem para mudar paradigma

Edinho Silva

Mais um importante programa voltado à saúde foi lançado na última semana pela presidenta Dilma Rousseff. É o Rede Cegonha, destinado a atender gestantes e seus bebês.

Ao lançar o programa em Belo Horizonte, a presidenta disse que a desigualdade social na área da saúde é a mais perversa e que o governo vai lutar para mudar essa situação.

A presidenta também lembrou do compromisso assumido, na campanha eleitoral, de melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ela, transformar o SUS num sistema de alta qualidade é o maior desafio para o governo. "Não tem um lugar onde a desigualdade é mais perversa do que na área de saúde. É um desafio e estamos aqui para enfrentar desafios", afirmou.

De nossa parte, estamos confiantes no êxito do Rede Cegonha. O governo prevê investir R$ 9 bilhões no programa até 2014. O objetivo é ampliar a rede de assistência às gestantes e aos bebês e, com isso, reduzir a mortalidade infantil e materna.

O Rede Cegonha vai atuar de forma integrada com os estados e municípios, por meio do SUS. O programa vai repassar recursos às unidades de saúde para testes rápidos de gravidez.

Outro benefício será a oferta de vale-transporte para que a gestante possa comparecer às consultas de pré-natal e exames. As futuras mamães que forem a todas as consultas terão direito a um vale-táxi para se deslocar até a maternidade, quando for dar à luz.

O Rede Cegonha também tem como meta aumentar de quatro para seis o número de consultas recomendadas às gestantes. Segundo o Ministério da Saúde, hoje, quase 90% das mulheres brasileiras fazem as quatro consultas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. Nossa experiência na Prefeitura de Araraquara mostra que a ampliação do número de consultas pré-natal é de suma importância para melhorar a qualidade da gestação e reduzir a mortalidade, tanto de mães quanto de bebês. Na prefeitura, conseguimos atingir uma média de 9 consultas pré-natal, o que permitiu reduzir para menos de 10 as mortes de recém-nascidos no município em 2007.

Com o novo programa do Ministério da Saúde, o governo pretende garantir que 100% das grávidas façam ultrassom. Hoje, o SUS recomenda 20 tipos de exames às gestantes, mas só uma parte delas faz a ultrassonografia. O Rede Cegonha vai oferecer, ainda, outros nove tipos de exames complementares em caso de gravidez de risco.

Por meio do programa, a gestante também vai poder conhecer, antes do parto, a maternidade em que terá o bebê. Para os casos de gravidez de alto risco, serão criadas casas da gestante e do bebê. Essas unidades vão receber mulheres que necessitam de observação, mas que não precisam ser internadas.

O programa é, sem dúvida, uma quebra de paradigma na questão da saúde da gestante no Brasil. A partir dele, a mulher se sentirá muito mais segura durante a gestação e, consequentemente, sofrerá bem menos estresse na hora do parto. Bom para ela, bom para o bebê.

A criança, por sinal, também terá assistência direta do programa. Nos dois primeiros anos de vida do bebê, o Rede Cegonha vai acompanhar seu desenvolvimento, além de promover campanhas em favor do aleitamento materno e de incentivo ao parto normal.

As regiões metropolitanas, com maior número de gestantes, e Nordeste e Amazônia, nas quais os índices de mortalidade infantil são os mais elevados do país, serão as primeiras a receber unidades do programa. Depois, o Rede Cegonha começará a se espalhar pelas outras regiões do Brasil.

A iniciativa da presidenta Dilma dá mostras que o seu governo se preocupará muito com o desenvolvimento social, como fez o presidente Lula, mas com a peculiaridade da sensibilidade da mulher, da mãe, que sabe dos sofrimentos vivenciados com a ausência de políticas públicas específicas.

*Edinho Silva é deputado estadual e presidente do PT no Estado de São Paulo

terça-feira, 29 de março de 2011

REDE CEGONHA: MAIS SAÚDE E CIDADANIA PARA AS GESTANTES NO BRASIL

Dilma lança programa Rede Cegonha, de assistência pública à gestante

Por: Luciana Lima e Paula Laboissière, da Agência Brasil


Dilma lança programa Rede Cegonha, de assistência pública à gestante

Lançamento da Rede Cegonha, em Belo Horizonte (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff lança nesta segunda-feira, em Belo Horizonte, um programa para dar atendimento integral a gestantes e bebês, o Rede Cegonha, com investimentos previstos de R$ 9 bilhões. O objetivo do programa, que é uma promessa de campanha de Dilma, é combater práticas que elevam as taxas de mortalidade materna e infantil.

Os problemas identificados pelo Ministério da Saúde e que influenciaram na elaboração do programa vão desde o elevado número de gravidez indesejadas, dificuldade de muitas mulheres de terem acesso aos exames de pré-natal de qualidade, práticas inadequadas de parto, além da costumeira peregrinação de gestantes, geralmente da periferia das grandes cidades, em busca de uma maternidade.

Ao falar do programa, durante a campanha, Dilma procurou enfatizar mais a necessidade de uma gestão eficiente do Sistema Único de Saúde (SUS) que a construção de hospitais, aquisição de ambulâncias e outros recursos. A ideia, segundo o governo é articular uma rede de atenção para todas as fases da maternidade.

A estratégia é implantar primeiramente o atendimento integral do Rede Cegonha em nove cidades brasileiras: Manaus, Recife, Distrito Federal, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo. Dados preliminares de 2009 apontam para quase 300 mortes de mulheres ao ano nessas regiões metropolitanas, o que representa 13,38% do total de óbitos maternos ocorridos no país em 2009 (que atingiu 1.724 mulheres).

Ocorrências

No país, 25% dos óbitos infantis ocorrem no primeiro dia de vida. Os dados de 2009 apontam para essas cidades 4.619 óbitos neonatais por ano, o que representa 15,72% do total de óbitos neonatais ocorridos no país em 2009. Além disso, o Estudo Sentinela, realizado pelo Ministério da Saúde em 2004 estimou em 12 mil os casos de sífilis congênita por ano nessas regiões metropolitanas.

Os números apontam que o problema não é a falta de acesso ao pré-natal, mas a falta de qualidade no exame. De acordo com dados do Ministério da Saúde, apenas 2% das gestantes moradoras dessas cidades não tiveram acesso ao pré-natal em 2009. Além disso, dados do governo apontam que em 2009, entre os nascidos vivos, 90% tiveram pelo menos quatro consultas de pré-natal, e cerca de 63% dos nascidos vivos tiveram sete ou mais consultas, padrão recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

O Rede Cegonha foi inspirado no Cegonha Carioca, lançado pela prefeitura do Rio de Janeiro no ano passado. O programa prevê a vinculação do pré-natal ao parto, com acompanhamento de cada fase da gestação. Para as mães assíduas aos exames de pré-natal, o programa oferece enxoval completo, ambulância na porta de casa e visita prévia para conhecer a maternidade onde será feito o parto.

De acordo com a última Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) finalizada em 2006, no Brasil, 46% das gestações não são planejadas. Essas gestações ocorrem em 98 mil adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos. Estima-se ainda que se realize no Brasil mais de 1 milhão de abortos por ano, a maior parte em condições inseguras.

O Brasil já é conhecido mundialmente pelo alto número de partos cesáreos. Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) aceita um percentual de 15% para as cesarianas, atualmente 40 % dos partos pelo SUS são cesáreos.

O governo está preocupado também com a humanização do parto. Uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo e pelo Sesc apontou que 27,4% das mulheres que deram à luz na rede pública relataram maus tratos ou alguma forma de violência na hora do parto.

Dimensão

Em seu programa semanal Café com a Presidenta desta segunda-feira, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a Rede Cegonha vai funcionar como uma corrente de cuidados especiais para as gestantes. Segundo ela, um país pode ser medido pela atenção que dá às mães e aos bebês.

Dilma disse que o objetivo é começar a agir cedo, antes do nascimento da criança, para que haja maior qualidade de vida para a gestante e melhores condições para o parto.

A Rede Cegonha será ligada ao Sistema Único de Saúde (SUS). A mulher que chegar a uma unidade estadual ou municipal informando que está grávida ou que há suspeita de gestação deverá passar, inicialmente, por um teste rápido. "Vamos começar o pré-natal ali, no primeiro contato com a gestante, para incentivá-la a fazer um pré-natal completo, como é o recomendado", disse Dilma.

sexta-feira, 25 de março de 2011

GOVERNO DILMA AMPLIA CRÉDITO PARA MULHERES EMPREENDEDORAS

Governo federal amplia linha de microcrédito para as mulheres brasileiras

Em mais uma ação do governo federal em referência ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 8 de março, a Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) e a Caixa Econômica Federal assinaram nesta quarta-feira (22/3) acordo para ampliação de linha de microcrédito para as mulheres empreendedoras.

O protocolo de intenções para apoiar o empreendedorismo feminino e a geração de trabalho e renda por meio do Microcrédito Produtivo Orientado foi firmado em Brasília (DF), durante o evento “O Empreendedorismo e o Empoderamento de Mulheres Transformando Vidas e Comunidades”. O objetivo é garantir, por meio de microcrédito, a autonomia econômica das mulheres com condições de acesso ao crédito, de forma sustentável, e demais serviços financeiros que possibilitem o desenvolvimento de atividades empreendedoras que geram emprego e ampliam a renda das famílias.

Ao explicar a linha de crédito aberta às mulheres, a presidenta da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, afirmou se tratar de “uma política de crédito com um formato mais simples e mais objetivo”, mas que leva em conta o direito à igualdade social, “premissas dos negócios da Caixa”.

“Nossas agências, nossas redes vão dar toda assistência técnica para o Microcrédito Produtivo Orientado. O que a gente está vendo é um cuidado, uma maturidade e um espaço aberto para o debate”, disse Maria Fernanda.

Durante o evento, a ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para Mulheres, afirmou que neste ano a sociedade e o governo ampliarão o debate da mulher no mundo do trabalho. Segundo ela, é necessário mudar “a página desse pedaço da história em que a pobreza é vista na mulher negra”. Em seu discurso, a ministra mencionou, ainda, questões como a prevenção à violência contra a mulher e a reforma política em debate no Congresso Nacional, que deve levar em consideração questões de gênero.

“As mulheres podem. Nós temos esse ano um debate fundamental: reforma política. A eleição de Dilma disse: sim, as mulheres podem. Isso é um marco num país com raiz conservadora”, defendeu a ministra.

Linha de crédito – A partir do acordo firmado, as mulheres empreendedoras que atuam nas diferentes regiões do país poderão financiar suas atividades econômicas em até R$ 15 mil, como sugere a Política Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, com taxas de juros que variam de 0,93% a 3,9% ao mês, num prazo que vai de 4 a 24 meses.

O projeto vai atuar em municípios ou regiões que apresentem políticas ou ações voltadas para as mulheres, nas atividades empreendedoras, microempreendedoras, informais e formais, dialogando diretamente com o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. A intenção – segundo a Caixa – é ser um instrumento de apoio, uma vez que a sustentabilidade econômica das mulheres é considerada um dos fatores de sucesso para erradicação da miséria.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O GOVERNO LULA EM DEFESA DA MULHER


As Políticas para as Mulheres no Governo Lula e o PT

Este artigo é escrito com paixão, que certamente trará muitas lembranças, lágrimas, sorrisos, alegrias, (in) satisfações, prazeres, dores, ônus e bônus para aquelas e aqueles que vêm ao longo da história do Brasil contemporâneo construindo a democracia e o Partido dos Trabalhadores em seus longos 30 anos.

Lembrando o Presidente Lula - nunca antes na história deste país houve um partido de massa tão grande como o PT, com uma trajetória cheia de histórias, contadas e cantadas em verso e prosa, em espaço coloquial, afetivo e crítico.

Toda a sua obra retratada, compartilhada, provocada e provocante, entrelaçando novos e velhos temas, realçando contradições a antigas verdades, contando novas histórias e trajetórias sem medo de ser feliz, vencendo novas batalhas coletivas, sem, entretanto, perder a capacidade de se indignar diante da injustiça, da violência, da miséria, da pobreza, da fome, da discriminação e da desigualdade.

A história do PT também é a história de homens e mulheres que não perderam a esperança de ver um país florescer e que continuam seguindo a estrela vermelha que faz brilhar a esperança de vencer o medo e as mentiras fraldadas no cotidiano singular do povo brasileiro.

O governo Lula recoloca para um povo e sua nação a possibilidade da reinvenção de si mesmo. A superação dos desequilíbrios entre norte e sul, entre dominados e dominadores, entre poder e fracasso, entre brancos e negros, entre homens e mulheres, entre economias fortes e economias fracas.

Na busca pela superação dos desequilíbrios é preciso tomar de conta de outros valores, que não são gestados em estruturas forjadas do vale tudo ou do salve-se quem puder. Não podemos prescindir da ética e nem negar os conflitos, mas devemos ter a confrontação justa, crítica e a procura de soluções corretas.

O sonho sonhado de um mundo melhor nasce das entranhas de uma ação concreta, da concretude de um sonho.

O Lula fez isso. Transformou o sonho de milhões de pessoas numa ação política de governo junto com muitos companheiros e companheiras. Assim como o Lula, as mulheres também vêm transformando seus sonhos, suas lutas em políticas para todas as mulheres.

A criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e as políticas desenvolvidas a partir do diálogo social estabelecido entre governo e sociedade civil, descritas nos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres e executadas em parcerias com ministérios, governos estaduais, municipais, entidades não governamentais, sindicais, populares, universidades, escolas, associações e tantas outras instituições nacionais e internacionais deram régua e compasso para ampliar a luta dos movimentos feministas e de mulheres na superação da desigualdade, da discriminação e da violência que ainda assola milhões de mulheres brasileiras em espaços, lugares e regiões do Brasil.

O trabalho desenvolvido pela SPM é reconhecido dentro e fora do Brasil, servindo de modelo para tantos países que almejam a erradicação da pobreza, da violência doméstica, da discriminação e desigualdade no mundo do trabalho.

Entre tantas ações desenvolvidas pela SPM, citamos O Pacto de Enfrentamento a Violência contra a Mulher que apresenta uma estratégia de gestão que orienta a execução de políticas de enfrentamento à violência contra mulheres, na direção de garantir a prevenção e o combate à violência objetiva reduzir os índices de violência contra as mulheres; promover uma mudança cultural a partir da disseminação de atitudes igualitárias (em especial de gênero) e valores éticos de irrestrito respeito às diversidades e de valorização da paz e garantir, proteger os direitos das mulheres em situação de violência considerando as questões raciais, étnicas, geracionais, de orientação sexual, de deficiência e de inserção social, econômica e regional.

Outra importante e fundamental ação criada pela SPM é a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, criada em novembro de 2005 para orientar as mulheres, em situação de risco de violência, sobre seus direitos e onde conseguir ajuda, assim como, auxiliar no monitoramento da rede de atenção à mulher em todo o país.

O Ligue 180 tem, registrado de janeiro a junho de 2010, 343.063 atendimentos – que representa um aumento de 112% em relação ao mesmo período de 2009 que foi na ordem de 161.774. O pacto enseja uma articulação com outras políticas como saúde, educação, segurança pública, assistência social, justiça, trabalho entre outras. Esta transversalidade possibilita a promoção do empoderamento das mulheres, o enfrentamento as discriminações e desigualdades ainda existentes na sociedade.

Outra ação desenvolvida pela SPM, com apoio da OIT e do UNIFEM é o Programa Pró-Equidade de Gênero, que faz parte do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, capítulo primeiro, intitulado: “Autonomia Econômica e Igualdade no Mundo do Trabalho, com Inclusão Social”.

O Programa contribui diretamente para o alcance da prioridade do governo Lula em “Promover relações de trabalho não discriminatórias em razão de sexo, raça/etnia, orientação sexual, geração ou deficiência com equidade salarial e no acesso a cargos de direção”. O Programa tem por finalidade desenvolver novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional para alcançar a equidade no mundo do trabalho.

O objetivo é contribuir para a eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego. Neste sentido, o Pró-Equidade de Gênero busca atuar na conscientização e sensibilização de dirigentes, empregadores e empregadoras.

O Programa foi lançado em 2005. A 1ª edição (2005-2006) foi dirigida às empresas públicas federais e contou com a participação de 15 empresas. Desta forma, o próprio governo pôde demonstrar, no âmbito da sua atuação, a possibilidade concreta da promoção da igualdade de gênero e raça.

O bom resultado obtido credenciou o programa, nas edições subseqüentes, para ser estendido às demais instâncias da administração pública - federal, estadual e municipal e empresas da iniciativa privada. A segunda edição ocorreu de 2007-2008, contou com a participação de 36 empresas e a terceira 2009-2010 com 71 organizações.

Das 15 empresas que iniciaram o Programa, 13 permanecem até a 3ª edição. Na segunda edição, das 23 novas empresas que haviam aderido, 14 permaneceram na 3ª edição. Dessa maneira, a 3ª edição contou com a continuidade de 27 empresas das edições anteriores e com a adesão de 44 novas empresas.

Este dado revela, uma continuidade muito grande das empresas que ingressam e um aumento crescente de novas adesões a cada edição. No total, são mais de 140 organizações que participaram nas três do programa.

O programa outorga as organizações o Selo Pró-Equidade de Gênero. Este Selo é um atributo de destaque e distinção da organização como instituição comprometida com a equidade de gênero no mercado de trabalho.

Nesta área do trabalho podemos citar ainda, os programas Mulheres Construindo Autonomia na Construção Civil, Trabalho e Empreendedorismo da Mulher que qualificam mulheres para a inserção no mercado de trabalho.

A SPM também desenvolveu diversas ações na área da educação, da saúde, da comunicação, como o Seminário Mulher e Mídia. Na área do poder tem um excelente trabalho com Mais Mulheres no Poder que incentiva a participação de mulheres em todas as instâncias e âmbito de poder.

O governo Lula iniciou uma grande construção, a Presidenta Dilma deve continuar edificando as políticas para as mulheres, amplificando as ações, aumentando os recursos financeiros, integrando as políticas, expandindo os projetos de inserção no mundo do trabalho, de moradia, de saúde, de saneamento, de energia, de água, de educação, de equipamentos e transportes públicos, viabilizando cada vez mais a melhoria da qualidade de vida das mulheres em geral e de suas famílias.

Para finalizarmos vamos relembrar a frase da Presidenta Dilma falando das prioridades de seu governo que ecoou nos ouvidos, mentes e corações das mulheres.

“Igualdade de Oportunidade” - “Igualdade e Oportunidades”.

Ane Cruz é feminista e militante do Partido dos Trabalhadores – PT/RS
Aparecida Gonçalves é feminista e militante do Partido dos Trabalhadores – PT/MS
Eunice Léa de Moraes é socióloga, feminista e militante do Partido dos Trabalhadores – PT/PA

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A QUESTÃO DA MATERNIDADE E O HIV-POSITIVO


HIV-positivo: Direito a maternidade segura e filhos saudáveis

Conceição Lemes

1984. Notificação do primeiro caso de aids em criança no Brasil. Inicialmente a transmissão é apenas sanguinea por transfusão ou produtos derivados de sangue contaminado pelo HIV, o vírus da aids.

1985. É notificado o primeiro caso transmissão vertical, ou materno-infantil no País. O HIV passa da gestante infectada para o bebê. Torna-se a causa mais freqüente de transmissão de HIV em crianças.

1996. Brasil incorpora o resultado do memorável estudo ACTG 076, feito em 1994, nos Estados Unidos. Ele comprovou que o uso do AZT pela gestante (antes e durante o parto) e pelo recém-nascido reduzia drasticamente a transmissão vertical.

O Ministério da Saúde (MS) passou então a garantir acesso ao AZT às gestantes HIV-positivas e aos seus bebês. Depois, o esquema triplo [utilização de três antirretrovirais durante a gestação], a cesariana programada e a substituição do aleitamento materno pelo leite em pó reduziram ainda mais a transmissão vertical, que pode chegar a 30%, se não houver nenhuma intervenção.

Ou seja, de cada 100 crianças nascidas de mães infectadas pelo vírus da aids, 30 podem se tornar HIV-positivas. Porém, com medidas de prevenção a transmissão vertical pode cair para menos de 1%. Em 1996, os casos de aids por transmissão vertical somaram 893. Em 2007, caíram para 369.

2010. Aids é uma doença crônica. Os portadores do HIV vivem cada vez mais. Claro que eles precisam tomar seus remédios e se cuidar. Mas têm vida praticamente normal. Trabalham, estudam, se apaixonam, mantêm relações sexuais. E, como a maioria dos casais, muitos desejam constituir família. Um direito de todas e todos.

“Em 2008, cerca de 3 mil mulheres sabidamente soropositivas e em uso de antirretrovirais resolveram engravidar”, cientifica Mariângela Galvão, diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde. “Esse é o mundo real. Não adianta tampar o sol com a peneira.”

Esses dados combinados à divulgação de novos estudos científicos levaram, em 2009, o Ministério da Saúde a criar dois comitês técnicos para avaliar a gravidez dos soropositivos para orientá-los mais adequadamente. Um deles, voltado para os adultos. Outro, para os bebês. Até o final de junho, as orientações devem ser divulgadas.

No dia 4 de maio, porém, reportagem publicada pela Folha de S. Paulo deixou meio mundo aturdido. A manchete da primeira página:

O deu no Ministério da Saúde? Como estimular HIV-positivo a ter filho? Essa notícia deve estar errada? esta repórter chegou a ouvir de algumas pessoas. O Viomundo entrevistou a doutora Mariângela Galvão para esclarecer melhor essa questão tão delicada.

Viomundo – Doutora Mariângela, o Ministério da Saúde planeja estimular a gravidez em portadores do HIV?

Mariângela Galvão – De jeito nenhum. O Ministério da Saúde não estimula as pessoas a engravidar – sejam soropositivas ou não. Quem decide se quer ou não engravidar é a mulher, o casal. O que cabe ao ministério fazer é, no caso do planejamento familiar, é disponibilizar os métodos contraceptivos. E, aí, cada casal, com ajuda de um profissional de saúde, decide o que é mais adequado: o DIU (dispositivo intrauterino), a pílula ou diafragma, por exemplo? Mas todos são orientados a usar preservativo masculino – a camisinha – nas relações sexuais.

Viomundo – A manchete da Folha era mentirosa?
Mariângela Galvão
– Infelizmente, sim. Faltou responsabilidade profissional.

Viomundo – A Folha contatou o ministério para apurar o assunto?

Mariângela Galvão – O jornal entrevistou uma técnica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que atua com reprodução assistida em casais soropositivos e está há um mês no Departamento de DST e Aids do ministério. A Folha disse que existe um plano pronto, o que não é verdade. Eu gostaria de deixar bem claro que as recomendações ainda estão sendo trabalhadas pelos dois grupos técnicos que criamos em 2009. Não há nenhuma definição de como serão as orientações.

Viomundo – Afinal, o que planeja o Ministério da Saúde?

Mariângela Galvão – O objetivo é que os soropositivos que desejam ter filhos engravidem em condições as mais seguras possíveis seguras para si próprios e para seus bebês. Atualmente, não há uma padronização de conduta; cada médico orienta com base na sua experiência. Além disso, receando que o médico contraindique a gestação, muitas mulheres já chegam grávidas para a consulta.

Viomundo – Quantas brasileiras soropositivas engravidam por ano?

Mariângela Simão – Em 2008, cruzando dados de testes laboratoriais, notificação de doenças, acesso a medicamentos, verificamos que 3 mil mulheres sabidamente soropositivas e em uso de medicação antirretroviral engravidaram. Esse é o mundo real. Não adianta tampar o sol com a peneira, fingir que ele não existe. Os soropositivos vivem cada vez mais devido aos tratamentos disponíveis. Eles têm vida praticamente normal: trabalham, estudam, se apaixonam, mantêm relações sexuais, se casam e querem constituir suas famílias. É uma necessidade verdadeira, como a dos demais brasileiros e brasileiras. Também um direito sexual e reprodutivo de todas e todos.

Viomundo – Na Suíça, tem aquele estudo famoso que acompanha há uns cinco ou seis anos casais sorodiscordantes [apenas um dos parceiros é HIV-positivo]. Em que ele pé ele está?

Mariângela Galvão – Na Suíça, os casais cujo parceiro soropositivo tem carga viral indetectável são orientados a não usar preservativos nas relações sexuais. Chegou a esse ponto lá. Mas é só na Suíça que isso acontece. O acompanhamento desses casais tem demonstrado que a transmissibilidade não é tão grande quanto se imaginava, quando a carga viral [quantidade de HIV presente no sangue] do parceiro soropositivo é indetectável pelos testes disponíveis.

Além disso, nos últimos dois anos saíram vários artigos na literatura científica internacional sobre transmissibilidade do HIV. Eles correlacionavam carga viral com quantidade de HIV no esperma e nos fluídos seminais, visando justamente estratégias de redução da transmissão na gravidez. Eles descobriram que quando o parceiro infectado tem carga viral indetectável a possibilidade de o outro se infectar pelo HIV é mínima e o risco de o bebê gerado por esse casal ser soropositivo é inferior a 1%.

Pois bem, juntando todos esses dados de realidade, o Ministério da Saúde resolveu criar em 2009 dois grupos técnicos, para estudar a literatura e estabelecer quais as melhores recomendações para os soropositivos que planejam ter filho. Se um dos parceiros é soropositivo, não existe risco zero. Nem para o parceiro negativo nem para o bebê, embora o risco seja menor do que 1%.

Viomundo – Quando as orientações saem?

Mariângela Galvão – Os grupos técnicos devem finalizar a redação daqui a 20, 25 dias. Até o final de junho serão divulgadas.

Viomundo – Os dois comitês técnicos do ministério devem ter ouvido vários especialistas. Daria para adiantar a tendência deles?

Mariângela Galvão – Por enquanto, não, pois, como já disse, não estão finalizadas. Mas orientações vão depender da situação do casal. Basicamente existem dois grandes grupos: casais sorodiscordantes – um parceiro é positivo e o outro, negativo; e casais soroconcodantes – os dois são HIV-positivos. Cada grupo vai abrir várias chaves. Uma coisa é quando a mulher é soropositiva, outra coisa, quando o homem é soropositivo.

Viomundo – Suponhamos que a mulher seja positiva para HIV, o marido, negativo. O uso de técnicas de inseminação artificial seria a forma mais segura de gravidez?

Mariângela Simão – Essa é uma das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em toda relação sexual sem camisinha há troca de fluidos e contato de mucosas. Se a pessoa infectada usa o “coquetel” antirretroviral e a quantidade de HIV no sangue está em níveis muito baixos, o risco de transmissão é menor. Porém, não há risco zero. O uso de técnicas de inseminação artificial seria a forma mais segura de gravidez: evitaria o contato direto do indivíduo HIV-negativo com uma fonte HIV-positiva.

Viomundo – E para os casais em que o homem é HIV-positivo e a mulher HIV-negativa?

Mariângela Simão – Uma das recomendações da OMS é a inseminação artificial com a lavagem do esperma para que não contenha nenhum resíduo de vírus. Esse processo reduz o risco de transmissão do HIV para a mulher inseminada e, subsequentemente, para o feto.

Viomundo – Mas a OMS tem outras recomendações?

Mariângela Simão – Sim. Uma delas: no caso de o parceiro ser negativo, colocar o esperma numa seringa e injetar na vagina. A reprodução assistida é um procedimento caro e o HIV está muito presente em países pobres, onde as pessoas não têm acesso a esses métodos. Por isso, a própria OMS coloca entre as orientações a possibilidade de uso de métodos naturais de contracepção. Aí, o casal no período fértil não usaria preservativo, desde que o parceiro positivo estivesse tomando corretamente a medicação e a carga viral fosse indetectável. Depois, como prevenção, o parceiro negativo deveria receber durante um período tratamento antirretroviral.

Viomundo – Do jeito que a Folha divulgou inicialmente pareceu que o plano do governo visaria apenas à reprodução natural entre os HIV-positivos.

Mariângela Simão – É o que a Folha disse inicialmente, mas não é verdade. Entre as orientações do Ministério da Saúde estará certamente a reprodução assistida para determinadas situações. As recomendações vão depender de diversos fatores: idade, medicação usada, adesão ao tratamento, carga viral, se o homem ou a mulher é soropositivo. O que nós queremos é que o casal passe a ser devidamente informado em bases científicas e tome a sua decisão, considerando o tamanho do risco de cada um.

Viomundo – Basicamente, o que deve constar dessas orientações?

Mariângela Galvão – Os métodos que podem ser usados, por quem, em que circunstâncias, quando. Também quando se deve esperar mais.

Viomundo – A reportagem da Folha levou o jornalista Alexandre Garcia a dar declarações mais equivocadas ainda. Quais as conseqüências de matérias como essas?

Mariângela Galvão – Infelizmente, estimulam o preconceito e a discriminação contra os HIV-positivos. Esquecem que as pessoas soropositivas têm direito a uma maternidade segura e a um filho saudável, como todos nós.

viomundo.com.br


terça-feira, 11 de maio de 2010

Encontro de Mulheres Jovens do PT



Encontro de Mulheres Jovens do PT

Atividade será nos dias 15 e 16 de maio. O prazo para as inscrições foi prorrogado até quinta-feira, 13 de maio.

Por Imprensa do PT-SPTerça-feira, 4 de maio de 2010

As secretarias de Juventude e Mulheres do PT Estadual, em parceria com a Fundação Friedrich Ebert, realizarão nos próximos dias 15 e 16 de maio, em São Paulo, o Encontro de Mulheres Jovens do PT.A atividade tem por objetivo, a partir do debate sobre a opressão às mulheres, acumular experiências e informações, para incorporar a pauta nos espaços gerais da juventude e organizar/formar as jovens para combater o machismo.O evento terá um momento formativo e outro organizativo, para a elaboração de um programa feminista para a Juventude do PT do estado, definição das ações e o papel das jovens mulheres na campanha eleitoral, que terá um apelo bastante forte esse ano na questão de gênero, com a campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República.A mercantilização do corpo; trabalho e autonomia; educação não sexista e antirracista; saúde e direitos sexuais e reprodutivos; e violência sexista, são temas que serão abordados nos grupos de trabalho do sábado. Além dos debates e do Diagnóstico das Políticas Públicas para as Mulheres no Estado de São Paulo, a programação inclui palestras resgatando a história do feminismo e o PT e o Movimento de Mulheres.A Secretaria de Juventude prorrogou o prazo para inscrições. As interessadas podem preencher a ficha de inscrição e enviar para juventude@pt-sp.org.br até esta quinta-feira, 13 de maio. Clique aqui para obter a ficha de inscrição.A organização do encontro arcará com as despesas de hospedagem e alimentação, o transporte é de responsabilidade das participantes.
Encontro de Mulheres Jovens do PT
Local: Rua Augusta, 440 - São Paulo
Sábado - 15 de maio
8h - Recepção e café da manhã
9h - Apresentação e discussão sobre o tema O que é ser mulher jovem no PT?
10h30min - O PT e o Movimento de Mulheres: uma história de luta contra as opressões
13h - Almoço14h30min - O Feminismo é uma Prática
17h - Trabalho em grupos - café mulheres:- Trabalho e Autonomia- Educação não sexista e anti-racista- Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos- Violência Sexista- Mercantilização do corpo
19h - Jantar
20h 30min - Sarau Feminista
Domingo - 16 de maio10h - Diagnóstico das Políticas Públicas para as Mulheres no Estado de São Paulo
13h - Almoço
14h 30min - Encaminhamentos e Avaliação do Encontro

domingo, 7 de março de 2010

2010 é o ano da mulher na política


Serys Slhessarenko - Senadora (PT-MT), é segunda vice-presidente do Senado
Correio Braziliense - 06/03/2010


O mês de março é simbólico para nós, mulheres, porque nele comemoramos o Dia Internacional da Mulher — 8 de março — uma data peculiar, de lutas e simbolismos. A mulher tem sido tema de discursos e artigos, principalmente em virtude de 2010 ser um ano eleitoral, em que teremos várias mulheres disputando — potencialmente — a vaga de presidente da República. Com base nisso, resolvi fazer pesquisa simples na internet sobre a relação mulher e eleições e deparei com manchetes, no mínimo, questionáveis, como: fulana é a única candidata mulher a concorrer às eleições; representatividade pequena de mulheres nas eleições da cidade tal; cotas de mulheres não é preenchida e muitas outras. É lastimável ler esse tipo de notícia nos tempos em que a mulher conquista espaço na área profissional e familiar. E por que não ocupar posições no meio político?

A resistência contra as mulheres na política é antiga — desde 1922, quando Bertha Maria Júlia Lutz, uma das pioneiras nessa batalha pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, representou as brasileiras na Assembleia-Geral da Liga das Mulheres Eleitoras nos

Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Ao regressar a nosso país, Bertha Lutz criou a Federação Brasileira para o Progresso Feminino, a fim de continuar a luta pela extensão de direito de voto às mulheres, até o decreto ser sancionado por Getúlio Vargas.

Na política, já fomos tardias. O voto feminino no Brasil só passou a ser obrigatório a partir de 1946. No entanto, até hoje as mulheres ainda encontram dificuldades na área. As poucas que conseguem “politicar”, muitas vezes encontram obstáculos para se manter. Precisamos alterar essa lógica de que política é coisa de macho neste país.

O voto feminino foi garantido, no entanto, a cidadania não. Muitas mulheres são excluídas do processo eleitoral. Não se candidatam, não ousam entrar nesse meio. São desestimuladas a participarem dos pleitos. Aquelas que rompem a barreira para serem candidatas sofrem com a falta de apoio, de estrutura e recursos financeiros e humanos.

Soa paradoxal que sejamos maioria na hora de votar (somos mais de 50% do eleitorado brasileiro) e minoria na hora de representar e sermos representadas no poder. Algumas pesquisas revelam que as mulheres nem sempre votam em mulheres. O motivo, muitas vezes, é cultural. Não estamos acostumadas a ver mulheres candidatas e, muito menos, no exercício do poder.

É preconceituoso, mas nossa cultura paternalista nos impede de enxergar que a mulher pode comandar, gerir e executar política. Esse é um desafio que costuma mover o segmento feminino, mostrando sua capacidade de superação. Com base nos meus mais de 20 anos de vida pública e outros 25 de vida universitária, posso garantir que a mulher se supera a cada dia.

Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), de cada cinco assentos nos parlamentos do mundo, apenas um pertence a uma mulher. O ideal é que se atinja o equilíbrio: que não menos de 40% e não mais do que 60% das vagas pertençam a um mesmo sexo. Em alguns lugares isso já acontece, como em países nórdicos e europeus. Na Suécia e Noruega, por exemplo, as mulheres participam com 40% das cadeiras do Legislativo e 50% dos executivos. Ou seja, metade dos ministros é do sexo feminino.

No Brasil, é bem diferente. Dos 513 parlamentares da Câmara dos Deputados, 45 são mulheres (8,77%). Nenhuma delas, mesmo em mandatos anteriores, jamais ocupou cargo titular na Mesa Diretora. No Senado, não é muito diferente. Somos 81 senadores e apenas 11 mulheres (13,58%). No entanto, conseguimos avanços. Na mesa diretora atual, dos 11 cargos disponíveis, o segmento feminino ocupa dois deles. Mas ainda é pouco.

Como disse o presidente Lula durante o 4º Congresso Nacional do PT, recentemente, “a verdade é que a mulher ainda é tratada no submundo de cada residência como se fosse um objeto de segunda classe”. Ela não participa da política, é impedida, uma vez que não é um setor considerado próprio delas. A lei de igualdade de voto ajuda, a Constituição Federal também ajuda, mas o que é necessário, o que é preciso, é a quebra do preconceito, a quebra de uma cultura machista.

Há tempos, nós, mulheres, lutamos por isso, por uma posição na política brasileira. Este ano, as eleições estão aí. A mulher na política tem sido o tema principal, já que teremos, pela primeira vez, várias candidatas potenciais do sexo feminino concorrendo à vaga de presidente da República. É a chance de fazermos a diferença. É uma conquista! As mulheres estão chegando.