sexta-feira, 29 de julho de 2011

OS TABLETS ESTÃO CHEGANDO - SEGUNDO MERCADANTE, SERÃO A NOVA ONDA EM ELETRÔNICOS



Aloizio Mercadante prevê Natal do tablet e promete produto mais barato a partir de setembro


Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A partir de setembro devem chegar ao mercado brasileiro os primeiros tablets já fabricados no país, com 20% de componentes nacionais, e mais baratos do que os encontrados à venda atualmente. A previsão é do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, um dos responsáveis no governo pela inclusão da indústria do tablet no Processo Produtivo Básico e na Lei do Bem (Lei nº 11.196), que reduz a zero as alíquotas pagas para o Programa de Integração Social e para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins).




Mercadante calcula que os tablets poderão custar até 40% menos se os descontos dados pelo governo federal e por alguns estados para incentivar a produção local chegarem ao consumidor. “No Natal vai ter muito tablet barato e em todas as opções para o consumidor. Acho que nós vamos ter um belo momento na indústria da computação no país”, disse Mercadante, logo após conceder entrevista ao programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.




Nove empresas já se inscreveram para produzir tablets no Brasil com incentivo fiscal (Samsung, Positivo, Motorola, Envision, AIOX, Semp Toshiba, LG, MXT e Sanmina-SCI) e mais seis estão com pedido em análise técnica (Itautec, Foxconn, Teikon Tecnologia, Compalead, Ilha Service e Leadership).




Segundo o ministro, o Brasil é o sétimo mercado para computadores e pode ser ainda mais atraente com a inclusão digital na educação. “Queremos levar [o tablet] para a escola pública e fazer como outros países já estão fazendo. Taiwan já acabou com o livro didático, só tem livro na biblioteca. O aluno lê toda a bibliografia por meio do tablet que também é um caderno eletrônico. A Coreia, em dois anos, não terá livro didático. É o próximo passo do nosso projeto”, disse Mercadante que esta semana esteve no Uruguai onde todos os alunos da rede pública têm um microcomputador portátil e todas as escolas têm acesso à internet.

Após a transmissão do programa de rádio, Mercadante seguiu para o Quartel General do Exército para a abertura da 1ª Jornada de Trabalho de Defesa Cibernética. Segundo o ministro, a internet é estratégica porque já concentra um terço da movimentação financeira (depósitos e pagamentos). Além disso, os sistemas de energia, de controle de trânsito e de tráfego aéreo, por exemplo, têm interface na rede. Para ele, “o Brasil precisa melhorar a sua capacidade de defesa e está desenvolvendo tecnologia” contra ataques como os ocorridos em junho nos sites do governo federal e da Universidade de Brasília (UnB).




“Todos os crimes que existem dentro da sociedade, existem na internet. Os crackers são especializados nesse tipo de ataque”, disse o ministro que tem interesse em se aproximar dos hackers. “Os hackers são os grafiteiros, os crackers são os pichadores. Os hackers constroem, os crackers destroem”, diferenciou.




Para Mercadante, “há jovens talentosos que desenvolvem softwares livres e querem mais transparência da administração pública e querem mais acesso às informações. Com esses, temos que dialogar, ter política pública e trabalhar junto. Os outros, nós vamos combater, prevenir e se nós tivermos um ataque saber defender-nos e se nós tivermos prejuízo saber restabelecer o serviço imediatamente”, prometeu.

Edição: Lílian Beraldo




RECOLHIMENTO DE IMPOSTOS COM NOVAS REGRAS PARA MERCADO DE DERIVATIVOS SERÁ FEITO A PARTIR DE 05 DE OUTUBRO






Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil





Brasília - O Ministério da Fazenda informou há pouco que a nova sistemática de recolhimento do Imposto sobre Operações Financeiros (IOF) para operações no mercado de derivativos anunciada ontem (27) será feita a partir de 5 de outubro. Ontem, o governo anunciou medidas para reduzir a valorização excessiva do real e conter a queda do dólar por meio da Medida Provisória 539 e do Decreto 7.536.



O prazo é necessário para que os técnicos do Ministério da Fazenda e da Comissão de Valores Mobiliários desenvolvam sistemas informatizados para o recolhimento do imposto. Enquanto o sistema não estiver pronto, as empresas deverão calcular o imposto devido a partir de ontem (27) e pagar tudo de uma só vez no dia 5 de outubro.



A decisão de estabelecer um prazo de dois meses para iniciar o recolhimento foi tomada ontem após reunião entre representantes do Ministério da Fazenda, do Banco Central, da CVM e do setor financeiro para avaliar impactos e discutir a operacionalização das novas regras.





Edição: Lílian Beraldo


NOVA DIRETORIA DO DNIT DEVE SER ANUNCIADA NA PRÓXIMA SEMANA


Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, informou hoje (28) que a nova diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) deve ser anunciada no início da próxima semana. Segundo ele, a possibilidade de demora no processo de escolha preocupa a presidenta Dilma Rousseff porque pode prejudicar o andamento de obras.

“A presidenta está analisando as alternativas e naturalmente preocupada que não se demore muito esse processo de recomposição do Dnit e do próprio ministério [dos Transportes]. É bem provável que, no início da semana, possa ser anunciada a nova composição do Dnit”, disse Carvalho. De acordo com o ministro, a presidenta e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, reuniram-se ontem (27) para analisar nomes de possíveis indicados.

O principal critério para as indicações será o conhecimento técnico da áreas dos transportes, acrescentou Carvalho. “A questão da vinculação partidária não é proibitiva, mas o que preside a escolha da presidenta é a questão técnica. São pessoas que vão dar conta de uma tarefa fundamental para o país, que é a infraestrutura. Por isso, tem que ser pessoas dotadas de competência técnica e idoneidade”, destacou.

Perguntado se haverá substituições também em superintendências estaduais do Dnit, o ministro respondeu que caberá à nova direção do departamento analisar se serão necessárias mudanças. “Mas não haverá nenhum processo de simplesmente trocar todo mundo. Será feita avaliação caso a caso, estado por estado. E onde se avaliar que deve ser feita a troca, ela será feita.”

Sobre possíveis mudanças de direção em outros órgãos do governo e ministérios que têm titulares ligados a outros partidos da base aliada, o ministro afirmou que não haverá “caça às bruxas”. “A presidenta Dilma, até prova em contrário, confia nos seus ministros, assessores e técnicos. O que acontece é que, onde houver uma denúncia, ela será verificada, mas não haverá prejulgamento, caças às bruxas, nenhuma precipitação.”

Gilberto Carvalho também comentou a relação do governo com o PR, partido que comanda a pasta dos Transportes e que foi alvo de denúncias sobre a existência de um esquema de pagamento de propina em obras. “Nosso diálogo com o PR é maduro, é um partido muito fiel na base. Nossa relação com o PR não vai sofrer abalo com isso”, afirmou.

Edição: Nádia Franco

terça-feira, 26 de julho de 2011

AMPLIAÇÃO DA PORTABILIDADE EM PLANOS DE SAÚDE ENTRA EM VIGOR NA QUARTA 27/07/12

Consumidor não perderá carência acumulada caso mude de operadora

Por: Raoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual


Ampliação da portabilidade em planos de saúde entra em vigor na quarta

Período de fidelidade aos planos cai de dois para um ano (Foto: Sanja Jenero/sxc)

São Paulo – Entrarão em vigor a partir desta quarta-feira (27) as novas regras de portabilidade em planos de saúde. A iniciativa obedece à Resolução Normativa nº 252 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e estabelece um período de adaptação de 90 dias para as operadoras.

Com a nova norma, o consumidor pode optar pela portabilidade em um período de quatro meses após completar um ano de fidelidade em seu plano. Até então, esse período de fidelização era de dois anos. Fica também estabelecido que não poderá ser cobrada nenhuma taxa pela migração de planos. Os beneficiários de planos coletivos também terão direito a portabilidade.

Outra vantagem para o consumidor é que a garantia de a abrangência geográfica não será mais um fator determinante para a combatibilidade de produtos. Assim, não será levado em consideração se o antigo plano era municipal, estadual ou federal no momento da migração.

Em entrevista ao jornal Diário do Pará, a diretora do Procon do estado Karla Barbosa alerta que a portabilidade deve ser utilizada com cuidado. “Cada caso deve ser analisado individualmente para que o consumidor tenha certeza de que não será lesado”, explica a diretora, que aconselha o consumidor a procurar o Procon em casos de dúvidas ou ameaça de retirada de garantias.

Os planos de saúde passam a ter a obrigação de comunicar aos consumidores, por meio das faturas enviadas mensalmente, sobre a possibilidade de trocar de plano sem enfrentar novo período de carência. Caso o consumidor peça a portabilidade à operadora, ela passa a ter até 20 dias para dar uma resposta e, caso se omita, a proposta será considerada aceita. O contrato entra em vigor 10 dias após a operadora aceitar a proposta.

Veja abaixo como utilizar a portabilidade:

1) Consulte o Guia ANS de Planos de Saúde, no endereço eletrônico www.ans.gov.br e localize os planos compatíveis.

2) Contate a operadora escolhida e peça a proposta de adesão. Não saia do seu atual plano de saúde antes da resposta da operadora.

3) Na data da assinatura da proposta de adesão, apresente cópias dos comprovantes de pagamento dos três últimos boletos, comprovante de permanência do plano de origem e relatório de compatibilidade do Guia ANS de Planos de Saúde.

4) Após a assinatura da proposta de adesão, aguarde a resposta da operadora do plano de destino por até 20 dias.

5) A proposta é considerada aceita se a operadora de destino não responder neste prazo. Porém, é recomendável contatá-la para confirmar a adesão e solicitar a nova carteirinha.

6) O contrato do plano de destino entra em vigor 10 dias após a aceitação da operadora.

7) A operadora de destino deverá entrar em contato com a operadora de origem e com você, informando a data de inicio de vigência do contrato.

8) É recomendável que o consumidor também avise a operadora do plano de origem que exerceu a portabilidade de carências e informe a data de inicio da vigência do contrato que será a mesma da rescisão do contrato do plano de origem.

Com informações da Agência Estadual do Paraná

FORÇA TAREFA PARA AVANÇAR MAIS NO PAC


Governo Dilma faz força-tarefa para acelerar obras do PAC

A presidente Dilma Rousseff passou os últimos dias discutindo formas de tornar mais ágeis as principais obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Nordeste, que estão com canteiros paralisados. O Planalto trabalha para que os projetos de transposição do Rio São Francisco e das ferrovias Transnordestina e Leste-Oeste, promessas de campanha em 2010, sejam concluídos no atual governo.

Uma série de pedidos de aditivos contratuais por parte das construtoras, dificuldades de licenciamento ambiental e falta de empenho de parceiros estratégicos, como governadores e prefeitos, estão sendo analisados pelo governo. Na sexta-feira, Dilma teve longa conversa com a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, para discutir as pressões dos empreiteiros que tocam as obras no São Francisco. A "enxurrada" de pedidos de aditivos dos empresários, apenas nesta obra, chega a R$ 700 milhões.

Os atrasos nos canteiros da Transnordestina já ocorriam no governo Lula. A ferrovia de 1.728 quilômetros de extensão — que ligará Eliseu Martins, no Piauí, ao porto de Pecém, no Ceará — deveria começar em 2007, mas só começou a sair do papel dois anos depois. A conclusão da primeira etapa deve ocorrer em meados de 2013.

Segundo o Ministério dos Transportes, os atrasos na Transnordestina ocorreram pela "incidência de intempéries", "ajustes administrativos ocasionados pela substituição de empreiteiras" e "tratativas ao processo de desapropriação decorrentes da dificuldade documental". Nesse caso, não há o problema de pedidos de aditivos contratuais, pois o projeto é de natureza privada. A pasta ressalta, porém, que há uma solicitação de ampliação de investimento, atualmente em análise.

Da Redação, com informações do O Estado de S.Paulo

A JUVENTUDE SERÁ UMA DAS FORÇAS NO AVANÇO DO PT EM 2012



Uma nova geração para o PT governar os municípios


Nas eleições municipais de 2012, o PT precisa incluir a importância dos jovens, como o ex-presidente Lula já havia pedido no final de 2010 em reunião com a Executiva Nacional, nas agendas e resoluções do partido.

Precisamos demarcar que a quantidade inédita de jovens na população do Brasil, a maior da história, deve ser central para as políticas do governo Dilma, e inclusive já conseguimos emplacar uma jovem petista à frente da Secretaria Nacional de Juventude, companheira Severine Macedo, mas já é hora do PT pensar também que é no município que os 52 milhões de jovens brasileiros que podem potencializar nosso crescimento econômico com distribuição de renda desenvolvem a sua trajetória pessoal. E serão neles que a nossa população começará a envelhecer, ter mais gente sustentada pelo estado do que produzindo, previsto para 2020/2030.

Por isso, é urgente formular políticas específicas para as cidades e territórios, para além dos convênios com ações, projetos e programas de âmbito federal.

É nos municípios, os jovens demandam equipamentos públicos para o esporte, cultura e lazer, para terem um tempo livre saudável e propício às experimentações características dessa fase da vida, sem a qual não podem planejar sua vida.

É nos municípios que os jovens, destacadamente os das favelas, baixadas e periferias, encontram graves entraves à sua mobilidade para o estudo, trabalho e lazer.

É nos municípios, com suas especificidades que acontece o extermínio da juventude negra e pobre e a violenta homofobia que estampa o grande noticiário. É no município que as jovens mulheres engravidam, outros se drogam e caem no crime e a depender do porte, moral e economia da cidade conseguem ou não retornar a uma vida social digna.

O Mapa da Violência, que abarca principalmente jovens, que são os maiores cometedores e vítimas de violência e mortes por causas externas, se alguém se dedicar e ler com delicadeza, para além de percentuais, é dividido exatamente por...Municípios.

Os grandes investimentos públicos e privados prioritários que a atual geração demanda não se materializam nos rendimentos das bolsas de valores, mas em obras e serviços construídos em cidades.

Para ficar só nesses exemplos.

2012 é um ano eleitoral que favorece candidatos mais de base, lideranças de movimentos sociais, comunitários. Portanto, é uma oportunidade para promover o processo de renovação dos quadros e lideranças do PT, promover as novas gerações que dirigirão o partido. Nossas grandes e valorosas lideranças já tem 60 anos, são os fundadores do PT, tem uma renovação importante que precisa ser valorizada e preparar já os que estão vindo, os jovens de hoje do PT, que tem mostrado capacidade de assumir o partido e que tem pensado os grandes temas do Brasil.

Temos hoje um percentual grande votos para deputado, temos a presidência da república e temos estados e grandes cidades, então o maior desafio agora é se enraizar nos municípios. Com os votos que o PT tem e a nova base social surgida pelo crescimento econômico, Bolsa-Família e aumento do salário mínimo, não dá mais para não sermos os mais expressivos em número de prefeituras.

Para dar conta disso, é fundamental que o PT invista em candidatos jovens às câmaras municipais e prefeituras em 2012, pois só o investimento em novas lideranças conseguirá gerar a capacidade do partido em governar milhares de pequenas e médias cidades Brasil a fora, ampliando o leque de dirigentes, parlamentares e gestores municipais.

Em todo ano eleitoral municipal uma grande quantidade de jovens se apresenta para se lançar à vereança ou às prefeituras e na maioria das vezes não obtêm apoio ou sequer são levados a sério, desperdiçando centenas de lideranças.

Por todas as questões relacionadas, acredito que não tem mais como a juventude passar por invisível nos debates, reuniões e encontros que o PT organizará com os diretórios municipais e zonais, além de prefeitos e vereadores para planejar sua participação nas eleições de 2012.

Valdemir Pascoal é secretário nacional de Juventude do PT.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

GOVERNO PODE DOBRAR REPASSES ÀS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NOS MUNICÍPIOS


Governo pode dobrar repasses para unidades Básicas de Saúde, diz Padilha

Marli Moreira

Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje (23) que o governo federal tem condições de dobrar os repasses para unidades Básica de Saúde (UBS) que estejam comprometidas com a melhoria do atendimento médico público.

Segundo Padilha, 80% dos casos podem ser resolvidos nas UBS, sem a necessidade de atendimento em hospitais. Ele disse que já foram definidas verbas para a construção de 810 novas unidades no país.

A declaração do ministro foi dada durante o anúnciou do repasse de R$ 32,4 milhões para investimento em 84 novas unidades Básica de Saúde (UBS) em 19 cidades da região metropolitana de São Paulo. Esses recursos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) e ações do Programa Brasil Sem Miséria.

O anúncio ocorreu durante a 22ª edição da Feira do Caminhoneiro, em Guarulhos, onde foi lançada a campanha de testes rápidos para o diagnóstico precoce de doenças como HIV e hepatites C e B.

Os municípios que receberão os recursos são: Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçú, Francisco Morato, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Juquitiba, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Ribeirão Grande, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Lourenço da Serra e Suzano.

Edição: Rivadavia Severo

ABONOS COMO PIS/PASEP INJETAM R$ 3 BILHÕES NA ECONOMIA


Abono Salarial injeta R$ 3 bilhões na economia e beneficia 5,5 milhões de trabalhadores

Cerca de 5,5 milhões de trabalhadores receberam o Abono Salarial referente ao exercício 2011/2012, no valor de um salário mínimo (R$ 545). Isso resulta em injetar R$ 3 bilhões na economia. O benefício foi pago, durante a semana, por meio de depósito, para trabalhadores que têm conta poupança na Caixa Econômica Federal (CEF) ou conta social. No total, 19.979.814 trabalhadores têm direito a receber o Abono Salarial neste exercício, com dispêndio de cerca de R$ 10,9 bilhões para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Ainda este mês serão realizados os pagamentos na modalidade PIS Empresa, pela Caixa, e Fopag, pelo Banco do Brasil. Nesses casos, os empregadores firmaram convênios com os agentes pagadores e o benefício será disponibilizado para os trabalhadores juntamente com o salário.

O pagamento aos demais identificados neste exercício terá início no dia 10 de agosto, nas agências do Banco do Brasil, e dia 11 na Caixa. A data para sacar o benefício é de acordo com o mês de aniversário do beneficiário, no caso dos trabalhadores cadastrados no Programa de Integração Social (PIS), ou pelo final da inscrição no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Púbico (PASEP). Já podem sacar o benefício no próximo mês trabalhadores nascidos em julho, agosto e setembro. Os inscritos no PASEP com final entre 0 e 7 também poderão receber em agosto.

Para o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o pagamento do Abono Salarial é uma importante renda extra com a qual o trabalhador com carteira assinada pode contar, e seu pagamento faz injetar dinheiro na economia, ajudando a gerar mais empregos.

“Os números são grandiosos e mostram que cerca de 20 milhões de trabalhadores têm direito a este 14° salário. Este salário a mais tem grande impacto para os trabalhadores de baixa renda. Isso ajuda em muito os trabalhadores”, diz.

Beneficiários – Têm direito a receber o benefício pessoas que trabalharam com vínculo empregatício por pelo menos 30 dias em 2010, recebendo, em média, até dois salários mínimos, que naquele ano teve o valor de R$ 510. Também é preciso estar inscrito no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Púbico (PASEP) há cinco anos, ou seja, pelo menos desde 2006, e ter sido informado corretamente pelo empregador junto à Relação Anual de Informações Sociais (Rais 2010).

Onde receber – Os trabalhadores inscritos no PIS recebem o abono salarial nas agências da Caixa e os que tiverem Cartão Cidadão com senha cadastrada também podem fazer o saque em Lotéricas, Caixa de Auto-atendimento e postos do Caixa Aqui. Os inscritos no PASEP recebem no Banco do Brasil. Para sacar, devem apresentar um documento de identificação e o número de inscrição no PIS ou PASEP.

BRASIL DARÁ VOTO A FAVOR DA PALESTINA COMO PAÍS JUNTO À ONU


Brasil decide apoiar palestinos na ONU e irrita Israel

O governo Dilma Rousseff já se decidiu: em setembro, quando a Autoridade Palestina pedir para se tornar o 194.º país-membro da ONU, terá o voto brasileiro. A garantia de apoio foi passada ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, por um mensageiro especial de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, há menos de um mês. Lula prontificou-se ainda a pessoalmente ajudar Ramallah a conquistar votos de países em desenvolvimento. Israel, do outro lado, tenta agora uma ofensiva para "contenção de danos". Dois integrantes do primeiro escalão do governo estão a caminho do Brasil. Um deles, Moshe Yaalon, vice do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, solicitou um encontro com Dilma - que deverá ser recusado pelo Planalto.

Os israelenses sabem que ao final não conseguirão reverter a decisão brasileira, mas querem evitar que Brasília "puxe votos" contra Israel.

"O objetivo do Brasil é ajudar a criar um fato político que empurre israelenses e palestinos para uma negociação direta. Do jeito que está, o conflito tende a se eternizar", explicou ao Estado o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. "A questão palestino-israelense é o foco de desestabilização do Oriente Médio", defendeu Garcia.

Em entrevista ao Estado de S. Paulo, o chanceler Antonio Patriota havia indicado que o Brasil "não terá dificuldades em votar a favor" do reconhecimento do Estado palestino pelas Nações Unidas.

Dilma discursará na sessão anual da Assembleia-Geral da ONU, quando virá à baila a questão. Ela será a primeira a subir à tribuna em Nova York, conforme a tradição que, desde 1947, reserva ao Brasil a abertura dos discursos de chefes de Estado, ministros e demais autoridades nacionais na plenária.

O reconhecimento dos palestinos pela ONU, porém, deverá passar ainda pelo Conselho de Segurança, onde provavelmente acabará vetado pelos EUA.

ZÉ DIRCEU EXPLICA O VOTO EM LISTA


Vamos desmistificar o voto em lista
Publicado em 04-Jul-2011

Retomo, com muita satisfação, a nossa tradicional conversa a partir dos comentários enviados por vocês a este blog. Destaco, inicialmente, a opinião de dois leitores, Moraes e Arthur Schieck sobre um dos temas de grande relevância hoje para o Brasil: a reforma política.

Diz Moraes: "sinceramente, não estou bem informado sobre o voto em lista. Acho que gostaria de saber em quem estou votando. Mesmo que meu candidato não ganhe, não voto em qualquer um". Primeiramente, agradeço ao Moraes por levantar esta lebre aqui no blog, porque sua dúvida é a de muitos brasileiros.

Ficou cristalizado na opinião pública que o voto em lista prejudica a escolha do eleitor, o que não é verdade, pelo contrário. Neste sistema, cada partido sugere uma lista de candidatos a deputado federal, estadual e vereador. No caso do PT, por exemplo, a escolha desses nomes se dará por eleição direta, ou seja, os filiados do partido votarão e escolherão os nomes que farão parte da lista do partido. Não será uma decisão limitada à direção do partido.

Neste sentido, a lista é mais democrática do que o processo que temos hoje. Nas urnas, o processo será simples: se os nomes que estão à frente da lista do partido não agradarem o eleitor, ele vai escolher a lista de outro partido. Afinal, é ele quem decide. Nesse sistema o partido político se fortalece, pois estará em pauta o seu conteúdo político e programático.

Daí a boa sugestão de Arthur Schieck, que destaco aqui: "se o PT quer ver essa mudança acontecer é preciso, desde já, pensar numa forma didática e objetiva de usar o tempo do partido na TV para mostrar como o poder econômico prevalece nas eleições proporcionais". O Arthur tem toda razão. A reforma política exige uma grande mobilização tanto do PT, quanto dos movimentos e da sociedade civil.

Precisamos explicar que o voto em lista, ao diminuir os custos da campanha, reduz a força do poder econômico nas eleições, já que as doações serão feitas para listas e não para candidatos individuais. Sem falar que o novo modelo é um bom instrumento para facilitar o financiamento público das campanhas. Sobre o tema, recomendo a leitura do artigo "Voto em lista na reforma política" do deputado Zeca Dirceu.


Um abraço,
Zé Dirceu

sexta-feira, 22 de julho de 2011

PARLAMENTARES DO PT PRESENTES NO PARLASUL



PT terá 13 representantes no Parlamento do Mercosul

Entre os representantes do Senado, estão Humberto Costa, Paulo Paim e Eduardo Suplicy

Por Imprensa Liderança PT no Senado
Sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Partido dos Trabalhadores (PT) indicou 13 parlamentares (10 deputados e 3 senadores) para a representação brasileira do Parlamento do Mercosul (Parlasul).

Com a indicação feita pelo Congresso Nacional, na última quarta-feira (13), o Brasil passa dos 18 atuais representantes para 37 integrantes do Parlasul. O aumento atende a acordo para a implantação do critério de proporcionalidade, que garante mais assentos aos países mais populosos.

A resolução 1/11 do Congresso Nacional prevê que haverá eleição direta para escolha dos representantes brasileiros no Parlasul no dia 7 de outubro de 2012 (juntamente com o pleito para prefeito, vice-prefeito e vereadores), para a escolha dos novos membros do Parlasul que tomarão posse em 2013.

Caso essa eleição não se realize, já que sua efetivação depende de outro projeto, caberá às lideranças partidárias indicar os parlamentares da representação brasileira para mandato até o final da atual legislatura.

Na opinião do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), a eleição dificilmente ocorrerá, por falta de tempo útil para que seja aprovado no Congresso um projeto que regulamente a eleição. "Acredito que não teremos eleição em 2012, mas apenas em 2014. Não teremos tempo para aprovar o projeto, inclusive porque o tema é novidade e precisa ser melhor debatido no Congresso e na sociedade", avaliou Rosinha.

O PT indicou para a composição brasileira cinco deputados titulares e cinco suplentes, além de um senador titular e dois suplentes, representando nove estados. Dr. Rosinha elogiou a composição e falou sobre a importância do trabalho no Parlasul.

"O PT indicou uma composição bastante representativa, com representantes de várias regiões, e isso é importante porque muitas pessoas imaginam que o Parlasul é um assunto apenas da nossa região sul, mas teremos uma representação brasileira de caráter verdadeiramente nacional e isso valoriza muito o parlamento. Acima de tudo, é importante que todos os representantes tenham bastante compromisso e dedicação porque a tarefa exige grande responsabilidade", destacou o deputado.

O Bloco da Minoria (PSDB e DEM) ainda vai indicar um senador titular e um suplente.

Além do Brasil, o Parlasul é formado por parlamentares da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.

Confira os representantes do PT indicados para o Parlasul:

Deputados titulares
- Benedita da Silva (RJ)
- Dr. Rosinha (PR)
- Emiliano José (BA)
- Jilmar Tatto (SP)
- Paulo Pimenta (RS)

Deputados suplentes:
- Bohn Gass (RS)
- Newton Lima (SP)
- Sibá Machado (AC)
- Weliton Prado (MG)
- Zé Geraldo (PA)

Senadores:
- Senador Paulo Paim (RS) – titular
- Senador Eduardo Suplicy – suplente
- Senador Humberto Costa (PE) – suplente

PROGRAMA MULHERES MIL DO GOVERNO DILMA É ESTENDIDO A TODO O BRASIL


Portaria do MEC estende Programa Mulheres Mil a todo o país
22/07/2011 - 11h56

Christina Machado
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Programa Mulheres Mil, do Ministério da Educação, foi instituído oficialmente em todo o território nacional. Lançado em caráter piloto em 2007, o programa acolheu inicialmente mil mulheres carentes das regiões Norte e Nordeste.

A partir de hoje (22), ele se estende a todo o país, e deverá atender até 2014 a 100 mil mulheres de todas as regiões brasileiras. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União.

O objetivo é dar formação profissional e tecnológica articulada com elevação de escolaridade a mulheres em situação de vulnerabilidade social. O Mulheres Mil constitui uma das ações do Plano Brasil sem Miséria.

De acordo com o MEC, o programa tem como base a educação, a cidadania e o desenvolvimento sustentável, com foco na erradicação da miséria.

Edição: Juliana Andrade

GOVERNO ANTECIPA PAGAMENTOS DE METADE DO 13º DE PENSIONISTAS DO INSS A PARTIR DE AGOSTO


INSS: publicado decreto que autoriza antecipação de metade do 13º para agostoChristina Machado

Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Diário Oficial da União publica hoje (22) decreto que autoriza a antecipação de metade do décimo terceiro salário em agosto. O crédito para cerca de 24,6 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será depositado entre os cinco últimos dias úteis de agosto e os cinco primeiros dias úteis de setembro.

Ano passado, 23,6 milhões de beneficiados receberam a primeira parcela antecipada do décimo terceiro, o que representou uma injeção de recursos de R$ 9 bilhões na economia dos municípios, de acordo com dados do Ministério da Previdência.

É a sexta vez que a Previdência paga antecipadamente uma parcela dessa gratificação. A primeira foi em 2006, resultado de acordo firmado entre governo e entidades representativas de aposentados e pensionistas.

Os segurados do INSS podem acompanhar o calendário de pagamentos de 2011 pelo site da Previdência Social. Cartazes com o cronograma também foram distribuídos à rede bancária e às agências de Previdência Social.

Dúvidas sobre as datas do pagamento também podem ser esclarecidas por meio da central 135. A ligação é gratuita a partir de telefones fixos ou públicos e tem custo de chamada local, quando feita de celular.

Edição: Talita Cavalcante

quinta-feira, 21 de julho de 2011

PT É DEMOCRACIA E POLÍTICA DE DIÁLOGO - MILITANTES PODEM APRESENTAR EMENDAS AO ANTEPROJETO DE REFORMA ESTATUTÁRIA


Reforma do Estatuto do PT: Prazo para apresentar emendas termina dia 31





De acordo com o coordenador da CNAE, deputado federal Ricardo Berzoini, esse é o momento de estimular o debate interno junto à militância.


Por Portal PT
Quarta-feira, 20 de julho de 2011






Termina no dia 31 de julho o prazo para a militância petista do Brasil todo apresentar emendas ao anteprojeto da Reforma Estatutária do partido, de acordo com o cronograma aprovado pela CNAE - Comissão Nacional de Construção, Organização e Reforma do Estatuto do PT.

Para o coordenador da CNAE, deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) este é o momento de “estimular o debate interno em torno das propostas de maneira aberta, sem interdições e que aprofunde a reflexão feita pelos membros da Comissão”.

No blog da Reforma Estatutária existe um espaço específico para a inserção das emendas propostas por militantes e dirigentes.

Segundo o regimento aprovado pela direção nacional do partido, para uma emenda ir à voto no IV Congresso Nacional Extraordinário, é preciso estar subscrita por uma das chapas que disputaram o PED passado ou assinada por 135 Delegados.

O IV Congresso Nacional – Etapa Extraordinária ocorrerá nos dias 2, 3 e 4 de setembro, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, e contará com a participação de 1.350 delegados.

SEMINÁRIO DO MEIO AMBIENTE PT CIDADE DE SÃO PAULO - 23 DE JULHO 2011





Diretório Municipal debate políticas de Meio Ambiente em seminário
Lideranças políticas e gestores ambientais vão discutir diagnóstico do município e expandir debate para as mudanças no Código Florestal brasileiro.

Por Portal Linha Direta (AN)
Quinta-feira, 21 de julho de 2011


O Diretório Municipal do PT/SP realiza entre as 9h e as 17h de sábado (23) o Seminário do Setorial de Meio Ambiente na cidade de São Paulo. O encontro deve reunir gestores de diferentes diretórios zonais e lideranças políticas para debater aspectos do Código Ambiental, traçar um diagnóstico da situação ambiental municipal e apresentar soluções para essas demandas.

O encontro acontece na sede do Diretório, na Rua Asdrúbal do Nascimento, 266, Bela Vista – São Paulo. As inscrições devem ser feitas com antecedência por meio do e-mail movsociais@dmptsp.org.br.

Confira a programação completa

9H00 – Abertura
Antonio Donato – Presidente Diretório Municipal PT/SP
Célia Assumpção – Secretaria de Movimentos Sociais

9h30 – Questão Ambiental
Hamilton Clemente Alves – Coordenador Setorial Municipal de Meio Ambiente

10h00 - Diagnostico da situação ambiental na Cidade de São Paulo.
Nabil Bonduki

10h40 O Código Ambiental e sua importância para a Cidade de São Paulo.
Vereador Chico Macena

11h30 - Debate

12h30 – Almoço

13h30 – Deputado Estadual do PT/SP - Adriano Diogo

14h00 - Debate

14h30 - Trabalho de grupo

15h40 – Apresentação das propostas em plenário

16h40 – Encerramento


MORADORES DE RUA: GOVERNO TUCANO SÓ SABE PRENDER, NÃO FAZ RECUPERAÇÃO

Cadeiões "abrigam" moradores de rua

No ano de 2010, ao levantar os dados da população presa em um dos Centros de Detenção Provisória da Marginal Pinheiros, descobrimos que um elevado número se encontra naquelas unidades pela prática de pequenos furtos ou em virtude do porte de entorpecente, especialmente o crack. Ao entrevistá-los, verificamos que suas histórias são bastante similares: são pessoas em situação de rua, dependentes de crack, acusadas da prática de pequeno furto em lojas do Centro da cidade ou tentativa de roubo de transeuntes, sem o uso de armas.





Por José de Jesus Filho
Quinta-feira, 21 de julho de 2011




A atual política habitacional do governo de São Paulo tem consistido em segregar a população de rua em celas superlotadas das unidades prisionais da Marginal Pinheiros, com mínimas condições de vida e bem estar.

Há alguns anos, três ou quatro, temos notado uma progressiva alteração no aspecto da população prisional nos centros de detenção provisória da Capital. Percebemos que ao perfil já conhecido por nós, ou seja, daqueles que majoritariamente foram acusados de crimes com violência, foi adicionada uma parcela da população sem histórico de violência e bastante debilitada, originada principalmente do Centro da Cidade de São Paulo.

No ano de 2010, ao levantar os dados da população presa em um dos Centros de Detenção Provisória da Marginal Pinheiros, descobrimos que um elevado número se encontra naquelas unidades pela prática de pequenos furtos ou em virtude do porte de entorpecente, especialmente o crack. Ao entrevistá-los, verificamos que suas histórias são bastante similares: são pessoas em situação de rua, dependentes de crack, acusadas da prática de pequeno furto em lojas do Centro da cidade ou tentativa de roubo de transeuntes, sem o uso de armas. Com um agravante, a maioria alega ter sofrido agressão durante a abordagem policial, especialmente por parte da Guarda Civil Metropolitana.

Ficou claro para nós então que se tratava na verdade responder à situação de gritante descaso do Governo com relação à população de rua com a sua remoção para as prisões, e, para tanto, bastaria criminalizá-la.

Solução fácil e barata para superar o déficit habitacional, os centros de detenção provisória (CDPs) são os antigos cadeiões da Segurança Pública, com capacidade para apenas 520 presos, mas que abrigam até 1700. No caso do CDP 1 de Pinheiros, a população lá custodiada provem do Centro da cidade. Essa população é extremamente vulnerável e impotente diante do aparato repressivo do Estado, e geralmente sofre agressão policial no momento da abordagem, e depois novos espancamentos nas delegacias de polícia, para então ser conduzida aos CDPs. A rota da segregação é bem conhecida daqueles frequentemente submetidos a ela.

Essa parece ser sem dúvida a forma escolhida pelo governo paulista para gerir a população de rua, ou seja, de forma autoritária e agressiva, tratando de segregá-la da população em geral e assim mantê-la distante dos olhos do público.

Com efeito, criminalizar e prisionalizar o povo de rua tem sido o caminho encontrado pelo governo paulista para retirar do Centro as minorias indesejáveis. A população de rua que outrora foi vista como expressão do descaso e falta de compromisso do Estado com o bem estar social, hoje é representada como inimiga pública, como grupo que oferece risco para a sociedade, como perturbadora da ordem e da paz social, que demanda ser reprimida e deslocada para um local distante e invisível aos nossos olhos.

Para compreender o que está ocorrendo no estado, é necessário observar o que se passa na região central da cidade, onde a população de rua costumava concentrar-se, e também olhar para os esforços do Governo para garantir moradia a todos.

Nos últimos anos, a população prisional tem alterado o seu perfil. Tradicionalmente a maior parcela de presos era composta por acusados ou condenados por crimes patrimoniais com o uso de violência, especialmente o roubo, porém hoje o tráfico de entorpecentes está assumindo uma liderança, antes desconhecida na configuração da população prisional. Não temos dados suficientes para diagnosticar as causas dessas mudanças, mas temos informações que as sugerem. De um lado, a atual lei antidrogas, a pretexto de desprisionalizar os usuários de entorpecentes drogas, acabou por elevar o número de usuários e pequenos traficantes nas prisões de São Paulo.

A título de exemplo, se comparamos os dados prisionais de dezembro de 2005, ano anterior à vigência da atual lei antidrogas com os dados de dezembro de 2010, poderemos ter uma noção dos efeitos dessa lei. Em 2005, o furto representava menos de 10% da população prisional de São Paulo, em 2010 subiu para quase 20%. O caso do tráfico é mais grave, pois passou de 10% em 2005 para 25% em 2010. (Fonte: Depen).

Esse dado é significativo para corroborar a nossa suspeita inicial de que a população prisional estava mudando não só quantitativamente, mas também qualitativamente. Em outras palavras, a preferência da Justiça Criminal hoje está voltada para dependentes químicos que praticam pequenos furtos e roubos para alimentar sua adição. São pessoas não violentas, com estado de saúde debilitado, sem habitação, sem escola e sem emprego, para a qual o Governo deveria investir no seu bem estar social, mas preferiu etiquetá-la como criminosa e escondê-la da sociedade nas unidades prisionais imundas de Pinheiros.

Se compararmos esses dados com a política de construção de habitações populares, o quadro fica completo. De 2003 a 2006 foi prevista a construção de 216.730 unidades habitacionais. (Fonte: LOA’s). Porém, o Governo entregou 79.073, deixando de construir 137.657 moradias, 63,52% menos do que a meta estabelecida. (Fonte: sítio da CDHU na internet). Entre 2007 e 2009 foi prevista a construção de 105.385 unidades habitacionais. (Fonte: LOA’s). Porém, o Governo construiu apenas 57.053, deixando de construir 48.332 moradias, 45,86% menos do que a meta estabelecida. (Fonte: sítio da CDHU na internet).

Com essa política:

1 - O Governo esconde da sociedade aqueles que ele outrora resolveu abandonar à sua própria sorte;

2 – Deixa de prover saúde, educação, moradia e ocupação para essa parcela da população;

3- Opõe a sociedade à população de rua, apresentando estes como criminosos, perturbadores da ordem e geradores de risco social;

4 – Responde ao problema do crescente número de dependentes de crack concentrados na região central, sem envolver a saúde pública na questão;

5 – Tranquiliza os lojistas do Centro, que constantemente se queixam que a presença da população de rua nos arredores de seu comércio, afasta os consumidores e, portanto, reduz o lucro;

6 - “Higieniza” a cidade, oferecendo a aparência de que o São Paulo conseguiu reduzir a população de rua;

7 – Resolve parcialmente o déficit habitacional, pois para esse grupo, não há mais que se preocupar em oferecer habitação.

Hoje são as minorias indesejadas os destinatários das políticas repressivas do Governo, amanhã serão todos aqueles que de alguma forma representem risco ao bom funcionamento do sistema. Urge reverter esse quadro.


*José de Jesus Filho é advogado e Assessor Jurídico da Pastoral Carcerária Nacional.

Artigo publicado originalmente em Jornal O Trecheiro - Rede Rua



quarta-feira, 20 de julho de 2011

GOVERNO DILMA NÃO DISCRIMA MUNICÍPIOS: TODOS SÃO BRASILEIROS


Dilma diz que manterá relação “republicana e solidária” com governadores e prefeitos

Yara Aquino

Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (19) que durante sua gestão irá manter uma “relação republicana e solidária” com todos os governadores e prefeitos, independentemente do partido a que pertençam. A afirmação foi feita na coluna Conversa com a Presidenta, publicada semanalmente em jornais.

“A disputa política, o embate de ideias entre os diversos partidos, deve se dar na sociedade, pelos meios de comunicação, no parlamento, entre outros espaços. É legítimo, faz parte da democracia e é importante que seja assim. Mas no Executivo, temos que estabelecer parcerias que beneficiem a sociedade”, diz a presidenta na coluna, em reposta a uma leitora.

Dilma cita exemplos em que é fundamental a parceria entre municípios, estados e governo federal para que haja sucesso na execução das políticas de atendimento à população. Um deles é o Plano Brasil sem Miséria, em que as prefeituras são as responsáveis por localizar e assistir as famílias que precisam de ajuda.

“As parcerias que estabelecemos não levam em conta se o prefeito ou o governador são do partido A, B ou C. Afinal, fui eleita para ser a presidenta de todos os 190 milhões de brasileiros”, acrescenta a presidenta.

A coluna Conversa com a Presidente é publicada em jornais cadastrados na Presidência da República e nela a presidenta Dilma responde a perguntas enviadas por leitores.

Edição: Talita Cavalcante

PROJETO CONTRA A DISCRIMINAÇÃO DA MULHER NO TRABALHO


Projeto pune discriminação contra a mulher no trabalho


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 255/11, do deputado Arnaldo Jordy (PA), que estabelece medidas de prevenção e repressão a atos discriminatórios ou atentatórios contra a mulher praticados pelo empregador.



“É matéria de fundamental importância para os direitos humanos, tendo em vista ser inadmissível conceber atos praticados por empregadores discriminando ou atentando contra a dignidade da mulher, que constantemente vem sofrendo violências de toda espécie, quando da prática do trabalho honesto e digno”, diz o deputado.

A Constituição estabelece que "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações". A Convenção 111, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil, proíbe a disciminação relacionada a emprego e profissão.

Entre atos discriminatórios e práticas restritivas, o projeto cita:

- qualquer forma de exame ou revista íntima em local inadequado ou impróprio, ou realizado por pessoa que não seja do sexo feminino;
- manutenção nas instalações sanitárias de aberturas, destinadas a controlar o tempo de permanência da mulher no local;
- inexistência de vestiários femininos em número, condições e proporções adequadas, quando houver necessidade de utilização de uniforme ou indumentária especial;
- restrição, para fim de admissão, ao estado civil da mulher e à existência de filhos;
- exigência, para fim de admissão ou permanência no emprego, de prova negativa de gravidez ou da condição de esterilidade;
- inobservância de isonomia salarial em razão do sexo;
- rescisão de contrato de trabalho por motivo de gravidez ou de casamento.

O projeto considera atos atentatórios contra a mulher os que procuram atingi-la em sua honra, dignidade e pudor, mediante coação, assédio ou violência, e os que visam obtenção de vantagem sexual ou assemelhada.

O empregador infrator fica sujeito a sanções administrativas que vão da simples advertência até a suspensão da licença de funcionamento pelo prazo de um ano. Outras penas previstas são o pagamento de multa entre 10 e 1.000 Ufirs; interdição enquanto perdurar o ato discriminatório ou atentatório; suspensão temporária de autorização de funcionamento, por prazo inferior a um ano; inabilitação para participar de licitação para obras ou serviços; inabilitação para permissão ou concessão de uso de bem ou serviço público; e indeferimento de pedido de parcelamento de débito tributário.

Têm legitimidade para denunciar a prática das infrações tanto as autoridades públicas competentes como a vítima ou quem a represente, os movimentos femininos, as associações de defesa de direitos humanos e os sindicatos. Ao empregador acusado é sempre garantido amplo direito de defesa.

Fonte: Agência Câmara

GERAÇÃO DE EMPREGO É A MARCA DO GOVERNO PETISTA


Brasil registra criação de 215.393 empregos formais em junho

Apesar da política cambial e dos sinais de desindustrialização, a economia brasileira ainda continua de vento em popa, ao menos num indicador que é fundamental para a sociedade: o emprego.

Houve geração líquida de 215.393 vagas em junho. No mesmo mês do ano passado verificou-se a criação de 212.952 empregos com carteira assinada.
Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça, 19, pelo Ministério do Trabalho. O crescimento foi de 0,58% na passagem de maio para junho.

Rotatividade


Os dados ainda indicam uma alta rotatividade, que resulta do livre arbítrio que o patronato tem sobre a força de trabalho, que compra e usa como uma mercadoria qualquer. No mês passado, houve 1.781.817 admissões e 1.566.424 desligamentos.

O movimento sindical luta para colocar um ponto final neste despropósito, que permite a demissão sem justa causa e dificulta a ação e organização sindical, pois não permite ao trabalhador ficar muito tempo na empresa. A ratificação da Convenção 158 da OIT, que impede a dispensa imotivada, é um passo importante para solucionar o problema, mas os representantes do capital são fervorosamente contra tal convenção.

Agricultura e construção civil


Os principais setores responsáveis pela criação de vagas em junho foram agricultura (75.227), em seguida vem serviços (53.543) e depois construção civil (30.531). O setor de comércio ficou em quarto lugar com a geração de 29.967. A indústria de transformação teve um desempenho bem mais modesto, criando 22.618 vagas, o que reflete as dificuldades do setor, afetado pelo câmbio flutuante, que estimula a valorização do real, e a conseqüente desindustrialização.

De janeiro a maio, com ajustes, o ministério do Trabalho apontou a geração de 1.199.267 empregos formais. De janeiro a junho (sem ajustes), foram gerados liquidamente 1.414.660 postos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

ELIAKIM ARAÚJO DESNUDA O JORNALISMO DE ESGOTO

Eliakim Araujo: O submundo do jornalismo

O escândalo dos grampos telefônicos do jornal londrino News of the World desnuda o submundo do jornalismo sujo e antiético praticado por grandes conglomerados midiáticos e suas ligações com políticos e funcionários dos órgãos de segurança.

Por Eliakim Araujo*

Desta vez, pegaram Rupert Murdoch, o imperador do reino das comunicações. Dono de empresas jornalísticas tão poderosas que governantes, politicos, esportistas e celebridades rendem (ou rendiam) homenagens a ele, não por suas virtudes morais, mas pelo temor de que ele usasse a força de seus jornais e TVs para chantagear e divulgar informações pessoais de suas vítimas. Como fez com o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, cujo filho sofre de fibrose cística, uma informação que a família mantinha em segredo para protegê-lo da curiosidade pública, e que foi covardemente divulgada pelo jornal de Murdoch, graças a uma escuta clandestina.

Os repórteres do tablóide sensacionalista News of the World iam às últimas consequências para conseguirem seu objetivo. Compravam detetives oficiais e particulares, tinham cúmplices dentro da Scotland Yard, que aliás fica muito mal no episódio porque há muitos anos dormem nas gavetas da repartição denúncias de ilegalidades praticadas pelo jornal de Murdoch, que nunca foram seriamente investigadas.

O escândalo só estourou há alguns dias porque o elitista jornal britânico The Guardian, denunciou a história da menina Milly Dowler, sequestrada e assassinada em 2002, cujo correio de voz em seu celular foi grampeado por um investigador a serviço do jornal de Murdoch, na busca por gravações que pudessem chocar os leitores. Como a caixa postal do celular de Milly estava lotada, deletaram gravações antigas, prejudicando assim as investigações policiais.

A estratégia suja e antiética de conseguir notícias exclusivas pode ferir gravemente a estabilidade do grupo empresarial do magnata Rupert Murdoch. Aos 80 anos, o velhinho está em plena forma física. Os que o conhecem dizem que ele adora esse tipo de jornalismo, que espeta, incomoda e humilha suas vítimas e fazem com que ele seja mais temido.

Na Grã-Bretanha, agora, ele está mais sujo que pau de galinheiro. Parece que chegou a hora da caça se voltar contra o caçador. O Parlamento britânico já criou um comitê de investigação que está convocando jornalistas e executivos do jornal News of the World para prestarem depoimento. Dois dos principais executivos das empresas de Murdoch pediram demissão, uma nítida tentativa de oferecer a cabeça de um ou dois em troca do abafamento da crise.

Empresarialmente, o escândalo foi um desastre para Murdoch. Além de perder o News of the World, o lucrativo tablóide dominical que vivia do sensacionalismo barato das escutas telefônicas, o governo britânico aprovou a decisão do Parlamento de bloquear uma importante negociação de Murdoch. Por 12 bilhões de dólares, ele assumiria o controle total da principal emissora por satelite da Grã-Bretanha, a BSkyB, que possui 10 milhões de assinantes.

Mas o inferno astral do velho Murdoch (80 anos) está apenas começando. Há fundadas suspeitas de que o jornalismo sujo praticado por suas empresas em Londres tenha contaminado suas mídias nos Estado Unidos. Já se sabe que os celulares de familiares de vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 foram violados. E alguns parlamentares querem saber se os jornais e a TV de Murdoch nos EUA usavam os mesmos recursos ilícitos para conseguirem informações inéditas ou secretas que pudessem usar contra seus adversários politicos.

O senador Jay Rockfeller, democrata de West Virginia, pediu rigorosa investigação em todas as empresas de Murdoch nos EUA, onde ele é dono do Wall Street Journal, do New York Post e da poderosa FoxNews, canal de TV assumidamente direitista, republicano e crítico contundente do Partido Democrata e do presidente Obama. O escândalo dos grampos telefônicos está nas manchetes dos jornais do mundo inteiro, mas a Foxnews não dá uma linha sobre o episódio.

A conclusão que podemos tirar de tanta baixeza praticada em nome do jornalismo é que devemos estar atentos aos grupos midiáticos brasileiros. Quanto maiores, mais poderosos. Quanto mais poderosos, mais temidos pelos governantes. A concentração de grandes empresas de mídia nas mãos de poucas e suspeitas personalidades coloca em risco a saúde do bom jornalismo. É isso que devemos denunciar e é contra isso que devemos lutar.

* Eliakim Araujo ancorou o primeiro canal de notícias em língua portuguesa, a CBS Brasil. Foi âncora dos jornais da Globo, Manchete e do SBT e na Rádio JB foi coordenador e titular de "O Jornal do Brasil Informa". Mora em Pembroke Pines, perto de Miami. Em parceria com Leila Cordeiro, possui uma produtora de vídeos jornalísticos e institucionais.

EDINHO SILVA: GOVERNO FEDERAL COMPACTUA METAS PARA O SUS NOS ESTADOS E MUNICÍPIOS

Meta SUS valoriza a saúde e o dinheiro do contribuinte


O Diário Oficial da União publicou nesta quarta-feira, decreto da presidenta Dilma Rousseff que cria um programa de metas para o Sistema Único de Saúde (SUS). É a primeira vez que o governo estabelece um marco para definir obrigações a serem respeitadas por Estados e municípios em relação ao SUS.

Para implantar o programa, o governo vai dividir o país em 500 regiões de saúde, levando em conta pólos de municípios com semelhanças sociais e econômicas. A idéia é provocar melhoria na qualidade dos serviços por meio de critérios estabelecidos de acordo as peculiaridades da cada região.

O mecanismo para garantir o cumprimento das metas será a formalização de contratos de gestão com Estados e municípios. Hoje, as metas gerais do SUS são definidas por meio do Plano Nacional de Saúde, fechado a cada quatro anos, porém, não há dispositivo de controle de eficiência nem forma estabelecida de punição a quem não cumpre o objetivo.

E o governo tem pressa.. Ainda este ano, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que devem ser assinados pelo menos 20% dos contratados. Dessa forma, o SUS pode estabelecer que um município se responsabilize por um percentual de pacientes numa determinada especialidade, como cardiologia, por exemplo, ou realize um determinado número de consultas de pré-natal.

O município que não cumprir a meta poderá sofrer corte nos repasses do SUS, ao passo que aquele que garantir o cumprimento do contrato pode receber mais recursos. Dessa forma, o governo premia aqueles que, de fato, se mostram preocupados em garantir o atendimento pleno e gratuito de saúde à população.

Recebo com satisfação incomum a notícia da criação do programa de metas. Essa foi uma sugestão levada por mim ao ministro Alexandre Padilha, tão logo ele assumiu a pasta da Saúde. Minha experiência como prefeito de Araraquara, durante oito anos, me possibilitou concluir que sem um marco regulatório não poderia haver justiça na distribuição dos recursos do SUS.

O modelo atual é injusto porque não faz distinção entre municípios que investem em saúde preventiva e aqueles que só se preocupam com o tratamento de doenças. Nos dois mandatos em que estive à frente da Prefeitura de Araraquara, por exemplo, elevamos de 3 mil para 54 mil o número mensal de atendimentos no Programa Saúde da Família (PSF), aumentamos para 9,8 a média de consultas para gestantes, realizamos 86% mais atendimentos para diabéticos e atendemos 77% mais pessoas hipertensas. Também reduzimos de 20,44% para 14,28% a gravidez na adolescência e derrubamos para menos de 10 para cada mil nascimentos, a mortalidade infantil. Em conseqüência do investimento em prevenção, reduzimos em mais de 48% o volume de internações hospitalares.

Esses avanços foram significativos, porém, a melhoria não representou aumento do repasse feito pelo SUS ao município. Pelo contrário, a participação do município no custeio da saúde cresceu em função da nossa opção pela saúde preventiva. A despesa da prefeitura por habitante com saúde passou de R$ 209,24 em 2001, quando assumimos o governo, para R$ 358,45 ao final de 2007.

Essa distorção podia ser observada numa simples comparação com cidades do mesmo porte de Araraquara, mas que não optaram pela prevenção em saúde. Mesmo com indicadores de eficiência desfavoráveis, elas continuaram a receber repasses semelhantes ou até maiores do que os destinados ao nosso município.

O programa de metas do SUS vem para pôr um fim a essa discrepância. Embora a saúde deva ser prioridade em todas as cidades, os esforços pela melhoria da qualidade dos serviços prestados à população devem ser reconhecidos. Aumentar o repasse do SUS aos municípios que cumprirem as metas é uma forma justa de reconhecer os avanços e, ao mesmo tempo, marcar posição e exigir o enquadramento daqueles que apresentam resultados insatisfatórios. Assim, a saúde do cidadão fica mais protegida e o dinheiro do contribuinte mais valorizado.

*Edinho Silva é deputado estadual pelo PT-SP

segunda-feira, 18 de julho de 2011

PT NA ASSEMBLÉIA: FISCALIZANDO GOVERNO TUCANO

PT quer investigação de contratos com a Sabesp



Os deputados do PT João Paulo Rillo, líder da Minoria na Assembleia Legislativa de São Paulo, e Luiz Claudio Marcolino, vice-líder da Bancada do PT, protocolaram representação no Ministério Público Estadual e no Patrimônio Público e Social da capital solicitando apuração de possível irregularidade, ilegalidade e improbidade na conduta dos responsáveis pela Sabesp em contratos que somam R$58 milhões com três consórcios controlados pela Hydrax Saneamento de Tubulações Ltda, Camp Saneamento de Tubulações Ltda. (ex-Camp Jato Limpeza Técnica Ltda), e seu dono e representante, Gregório Wanderley Cerveira.



De acordo com reportagem publicada pelo Jornal da Tarde em 11 de julho com base nos diálogos gravados e constantes do relatório do Ministério Público Estadual, Gregório Wanderley Cerveira, um dos presos por ocasião da operação desencadeada em Campinas, e João Thomaz Pereira, então diretor de uma de suas empresas, “mostram-se preocupados com a possibilidade de notícias sobre o envolvimento nas denúncias de irregularidades em Campinas ‘contaminarem’ contratos com a Sabesp”.



Para os promotores do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas, a preocupação constante de Cerveira e Thomaz para não incriminar a Sabesp “é um indício de ilicitudes nos contratos com a empresa”.



Já reportagem publicada pelo jornal O Estado de SP em 27 de maio destaca nomes de políticos ligados ao PSDB que foram citados nas escutas:



No dia 11 de abril, às 9h27, Mayer fala com ‘homem não identificado’, segundo a promotoria. Esse interlocutor sugere que Edson Aparecido, secretário de Estado de Desenvolvimento Metropolitano, José Henrique Reis Lobo, ex-presidente do Diretório Municipal do PSDB em São Paulo, e o deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP) estariam "intercedendo" nos negócios de outro empresário, José Carlos Cepera, apontado como líder do grupo que teria desviado R$ 615 milhões do Tesouro.



O Ministério Público não investiga os tucanos. Mas registrou a menção aos nomes na página 266 do relatório de inteligência que deu base para a Justiça decretar a prisão temporária de 20 suspeitos, entre eles Mayer e Cepera. Os políticos negam categoricamente relacionamento com os empresários. Eles se declararam indignados.”



“Com base nessas informações, solilcitamos o aprofundamento das investigações quando há, no relato do jornalista Fábio Serapião, tendo por base os diálogos gravados, de um lado, preocupação extrema dos interlocutores com a ´contaminação´ de outros contratos, nos quais Cerveira tem participação direta, principalmente nos contratos celebrados com a Sabesp; de outro lado, a afirmação constante do relatório do Ministério Público Estadual de que, com base nos diálogos, pode-se ´concluir pela possível existência de outros contratos fraudulentos´, que `deverão ser investigados no momento oportuno´. Contudo, em relação a este momento oportuno, a notícia do jornal de 27 de maio de 2011, que teve acesso a íntegra do processo do Gaeco é taxativa: `O Ministério Público não investiga os tucanos´”, afirmam dos deputados João Paulo Rillo e Luiz Claudio Marcolino.



Eles também pedem que a Promotoria do Patrimônio Público solicite ao Tribunal de Contas do Estado de SP a instauração de acompanhamento da execução dos contratos, em razão de indícios de irregularidades já apontadas pela assessoria técnica do tribunal, além da investigações criminais por parte do MP


GOVERNO TUCANO: PRESÍDIOS PAULISTAS SUPERFATURAM COMPRAS



Presídios paulistas superfaturam compras

Presídios da região de Campinas e de Sorocaba compraram tanques de combustível de 15 mil litros e bombas de abastecimento por até quatro vezes maior do que o pago por penitenciárias de outras regiões do Estado. Ao tomar conhecimento da diferença dos preços pagos pelo mesmo serviço, o secretário Lourival Gomes, da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), determinou a abertura de uma investigação conduzida por integrantes de seu gabinete.

A secretaria apura a possibilidade da ocorrência de uma série de irregularidades no edital, na contratação e na execução das obras, todas elas feitas sob a orientação da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Central do Estado, com sede em Campinas. Ao todo, foi gasto R$ 1,617 milhão em presídios de quatro cidades - Hortolândia (três penitenciária) , Campinas, Sorocaba e Itirapina.

A coordenadoria criou a comissão de licitação para as compras nos presídios entre os dias 23 de novembro e 2 de dezembro de 2010. O trabalho de organização das licitações foi pela coordenadoria e as comissões tiveram sempre um engenheiro da coordenadoria como integrante. As compras foram efetuadas por meio de tomada de preço e uma mesma empresa saiu vencedora de todas. Agora a secretária apura se todas as empresas que se habilitaram para participar da licitação fizeram isso de forma regular. Também devem apurar se o endereço e os telefones das empresas são de fato os que constam do processo.

A compra dos tanques foi decidida, segundo a secretaria, a pedido da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Era necessário substituir os antigos tanques enterrados e descontaminar os terrenos - quando fosse o caso - dos presídios. Os novos tanques deviam ser aéreos e bipartidos para evitar a ocorrência de novas contaminações do solo.

As penitenciárias da região central pagaram pelos serviços de retirada dos velhos tanques e instalação dos novos de R$ 243, 5 mil (penitenciária 3 de Hortolândia) a R$ 313 mil (penitenciária de Itirapina). Entre os gastos orçados estava a exigência de licenciamento ambiental para os tanques de 15 mil litros. A exigência contraria a Resolução 273/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que dispensa de "licenciamento as instalações aéreas com capacidade total de armazenagem de até 15 mil m³, Com isso, cada presídios teria pago para fazer um licenciamento suspeito de ser desnecessário segundo as normas federais.

Além das unidades prisionais da região central, outras coordenadorias de presídios do Estado também tiveram de substituir os tanques de combustível antigos. Esse foi o caso da Coordenadoria da Região Oeste Mas ali o gasto com essa obra foi quatro vezes menor do que o realizado na região de Campinas.

Em dezembro de 2010, um grupo de penitenciária da região oeste de São Paulo publicou no Diário Oficial seus gatos com os mesmo tanques. Na lista estavam as unidades de Pacaembu, Mirandópolis 2, Presidente Venceslau 1, de Presidente Prudente, Martinópolis, Lucélia e Junqueirópolis. Elas orçaram metade a retirada de seus antigos tanques em valores que iam de R$ 33,5 mil (Martinópolis) a R$ 40,9 mil (Mirandópolis 2). A instalação dos novos tanques, devia custar, segundo cálculos da SAP, outro tanto. Ou seja, todo o serviço não superaria R$ 100 mil.

Fonte: jornal O Estado de São Paulo



PROJETO DE EDINHO SILVA REGULA TRATAMENTO DE DOENÇAS RARAS NO ESTADO DE SÃO PAULO







PROJETO DE LEI Nº 648, DE 2011. Dispõe sobre a política de tratamento de Doenças Raras no Estado de São Paulo e dá outras providências











A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA:




Artigo 1.º – Institui a política de tratamento de Doenças Raras no Estado de São Paulo.



Artigo 2º – Entende-se por Doença Rara, a doença que afeta um número limitado de pessoas, dentre a população total, definido como menos de uma em cada 2000 e que compromete a qualidade de vida das pessoas e pode causar deficiências.



Artigo 3º – O serviço de saúde especializado às pessoas com Doenças Raras será oferecido nos termos da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, promulgada por meio do decreto federal nº 6.949 de 9 de agosto de 2009.



Artigo 4º – A política de tratamento de Doenças Raras, no âmbito da saúde do Estado de São Paulo, deverá ser executada em Centros de Referência em Doenças Raras, devidamente cadastrados no Sistema Único de Saúde – SUS.



Artigo 5.º – Os Centros de Referência em Doenças Raras têm como objetivo:
I – prestar assistência médica, de reabilitação e farmacêutica plena aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS);
II – diagnosticar, mapear e promover a efetividade do tratamento das doenças raras;
III – promover o uso responsável e racional de medicamentos de dispensação excepcional fornecidos pela Secretaria Estadual da Saúde;
IV – proceder à avaliação, o acompanhamento e, quando for o caso, a administração de medicamentos nos pacientes;
V – prescrever, avaliar, adequar, acompanhar a dispensação de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção e dispositivos médicos;
VI – servir como um centro de pesquisa, ensino e extensão em Doenças Raras na área da saúde;
VII – encaminhar o paciente para internação, com prescrição médica, em leito de reabilitação em Hospital Geral ou Especializado, cadastrado no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde – SIH/SUS;
VIII – prover diagnóstico e intervenção precoce para reduzir ao máximo as deficiências adicionais.
Parágrafo único: Entende-se por Hospital Geral ou Especializado, o hospital que possui condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos especializados para a realização dos procedimentos clínicos, cirúrgicos e diagnósticos, necessários para potencializar as ações de reabilitação e atendimento integral à pessoa com doenças raras.



Artigo 6º- A atuação dos Centros de Referência em Doenças Raras deve seguir os princípios da Medicina Baseada em Evidências e os protocolos do Ministério da Saúde para as doenças raras identificadas.



Parágrafo único: Na ausência de protocolos do Ministério da Saúde, caberá ao Centro de Referência apresentar ao Ministério da Saúde sugestão de protocolos, com base na revisão criteriosa da literatura e na melhor evidência científica disponível, seguindo as diretrizes estabelecidas na portaria nº 375 de 10 de novembro de 2009 do Ministério da Saúde.



Artigo 7º – O Centro de Referência em Doenças Raras será composto por:
I – Corpo médico, com títulos de especialização em ortopedia, endocrinologia, reumatologia, pediatria, clinica médica, neurologia e genética, reconhecidos pela respectiva Sociedade ou com Residência Médica reconhecida pelo Ministério da Educação – MEC, com experiência profissional em tratamento de Doenças Raras;
II – Equipe Multidisciplinar composta por nutricionista, enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, fisiatra, farmacêutico, psicólogo, terapeuta ocupacional, pedagogo, cientista social, assistente social e dentista;
III – Um médico dirigente com especialização em uma das seguintes áreas: ortopedia, endocrinologia, reumatologia, clínica médica, pediatria, neurologia ou genética, reconhecida pela respectiva Sociedade ou com Residência Médica reconhecida pelo Ministério da Educação – MEC.
Parágrafo único: O médico dirigente deverá, independentemente da sua formação, ter experiência profissional em tratamento de Doenças raras.



Artigo 8º – Integrarão os Centros de Referência o Serviço de Reabilitação Física, o serviço de Referência em Medicina Física e Reabilitação, os Serviços de Maior Nível de Complexidade e leitos para uso ambulatorial e internação.
§ 1º – Entende-se por serviço de reabilitação física a unidade ambulatorial devidamente cadastrada no Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde – SIA/SUS que dispõe de instalações físicas apropriadas, equipamentos básicos para reabilitação e recursos humanos com especialização, formação e capacitação na área de reabilitação, para o atendimento a pacientes com doenças raras que requerem cuidados de reabilitação;
§ 2º Constitui um Serviço de Referência em Medicina Física e Reabilitação a unidade ambulatorial, devidamente cadastrada no Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde – SIA/SUS, que disponha de serviços especializados para o diagnóstico, avaliação e tratamento de pessoas com doenças raras;
§ 3º Caracteriza-se como serviço de maior nível de complexidade as instalações físicas adequadas para o atendimento de pacientes que demandem cuidados intensivos de reabilitação física, com equipe multiprofissional e multidisciplinar especializada.



Artigo 9º – A abertura de cada Centro de Referência em Doenças Raras deverá seguir as diretrizes e princípios do Sistema Único de Saúde – SUS.



Artigo 10 – A Secretaria Estadual da Saúde disponibilizará os recursos materiais e humanos necessários ao funcionamento dos Centros de Referências em Doenças Raras.



Artigo 11 – Os equipamentos existentes no Estado de São Paulo poderão ser adaptados para o cumprimento da presente lei.



Artigo 12 – As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.



Artigo 13 – O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 90 (noventa) dias, contados de sua publicação.



Artigo 14- Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.



JUSTIFICATIVA



As doenças raras afetam a vida de dois milhões e meio de paulistas . Apesar de, individualmente, cada uma das patologias tidas como raras comprometer menos de 1 (uma) em cada 2.000 pessoas, é preciso salientar: há mais de cinco mil doenças raras identificadas. A etiologia das doenças raras é diversificada sendo a grande maioria delas de origem genética (80%), mas doenças degenerativas, auto-imunes, infecciosas e oncológicas também podem originá-las.



A definição européia de doença rara afirma também que do ponto de vista da patologia humana, o conceito de doença rara é absolutamente transversal, distribuindo-se por entidades de causa genética (80%), degenerativas, auto-imunes, infecciosas, oncológicas. Estima-se que em cada semana sejam descritas 5 novas patologias a nível mundial. Muitas delas têm um caráter sistêmico e as suas manifestações clínicas iniciam-se em quase 65% dos casos nos 2 primeiros anos de vida, sendo aliás a causa de 35% da mortalidade na idade de 1 ano, 10% dos 1 a 5 anos e de 12% entre os cinco e 15 anos .



As doenças raras são, freqüentemente, crônicas, progressivas, degenerativas, incapacitantes e/ou fatais. Foi negado a muitos pacientes que sofrem de doença rara o direito de diagnóstico médico, de tratamento e, conseqüentemente, de uma vida digna. Na União Européia, 25% dos pacientes relataram espera entre 5 e 30 anos entre o início dos primeiros sintomas e o diagnóstico da sua doença. O diagnóstico tardio leva a conseqüências graves, como tratamento médico inadequado, incluindo cirurgias e dano neurológico grave a 40% dos pacientes. Além disso, muitas vezes ou o paciente ou algum dos seus familiares deve cessar a sua atividade profissional por causa da doença .



As seqüelas causadas pelas doenças raras são responsáveis pelo surgimento de cerca de 30% das deficiências (que podem ser físicas, auditivas, visuais, cognitivas, comportamentais ou múltiplas, a depender de cada patologia). Além disso, são a segunda maior causa de mortalidade infantil no Brasil.



A dificuldade no tratamento médico começa na falta de um mapeamento estadual destas pessoas. A baixa incidência destas, quando comparada com outros países, leva à suspeita da falta de diagnóstico de muitos casos, em especial nos Estados mais pobres do Brasil .



Dados internacionais apontam que a mortalidade infantil de portadores de doenças raras chega a 30% em países desenvolvidos. Este percentual pode ser ainda mais alto no Brasil, uma vez que estas crianças não recebem o tratamento adequado. Contudo, não existem estudos suficientes sobre a incidência das doenças raras no Brasil tamanho o despreparo para o diagnóstico e tratamento das mesmas. A sistematização do diagnóstico e tratamento produziria dados concretos capazes de embasar o desenvolvimento de uma abordagem coerente com as necessidades desta parcela da população.



O diagnóstico e o tratamento são dificultados pela falta de conhecimento sobre estas doenças e de protocolos de atendimento específicos. Faltam, ainda, profissionais especializados capazes de entender as implicações dos tratamentos em um corpo com características especiais. Isto leva ao agravamento de sintomas e seqüelas. Muitas vezes, as pessoas com doenças raras ou as associações que as congregam são responsáveis por localizar e traduzir as pesquisas mais recentes sobre sua patologia, encaminhando-as para seus médicos.



As pessoas com doenças raras enfrentam gigantescas dificuldades sociais, as barreiras são muitas vezes intransponíveis. O preconceito a estas deficiências e aos sintomas físicos pouco comuns destas patologias é frequente, assim como a visão assistencialista que entende esses indivíduos como um peso para a sociedade e não como parte integral desta. Muitos acabam isolados socialmente, devido à falta de estrutura adequada a suas necessidades específicas em escolas, universidades, locais de trabalho e centros de lazer. A grande maioria das pessoas com doenças raras não têm acesso às condições necessárias para atingir seu pleno potencial.



Para contemplar estas questões e restabelecer a cidadania real das pessoas com doenças raras é preciso contemplá-las em todas as discussões a respeito de suas necessidades.



O Brasil já deu grandes passos para garantir o respeito às necessidades das pessoas portadoras de doenças raras, em especial, com a ratificação da Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência e seu protocolo facultativo. O decreto federal nº 6949 de 25 de agosto de 2009, integra a Convenção e seu protocolo facultativo ao ordenamento jurídico brasileiro. Com a promulgação do decreto em questão o Brasil se compromete a propiciar “serviços de saúde que as pessoas com deficiências necessitam especificamente por causa da sua deficiência, inclusive diagnóstico e intervenção precoces, bem como serviços projetados para reduzir ao máximo e prevenir deficiências adicionais” (art 25,b). Contudo, o decreto ainda pende de regulamentação.



A criação de centros de referência vem ao encontro das disposições da própria Convenção sendo a melhor forma de tratar as doenças raras. Uma das maiores conseqüências da falta de tratamento adequado de doenças raras é o desenvolvimento de deficiências que agrava o estado de saúde do paciente, aumenta as despesas do Sistema Público de saúde e, principalmente, compromete a qualidade de vida dos mesmos.



Os Centros de Referência são a base da política pública para raras na União Européia desde 2005 , embora alguns países tenham estabelecidos estes centros antes desta data (como a França, desde 2004).



A aprovação do presente projeto e a consequente criação dos Centros de Referência no Estado de São Paulo, além de atender à obrigação do Estado de garantir a saúde de seus cidadãos, pode acarretar economia as cofres públicos, uma vez que permitirá o diagnóstico mais rápido e tratamento mais eficiente aos pacientes com raras, diminuindo a mortalidade e o desenvolvimento das deficiências adicionais e a garantindo uma vida com dignidade aos cidadãos do Estado.



Sala das Sessões, em 22/6/2011



a) Edinho Silva – PT