quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

DESAFIOS À SUSTENTABILIDADE - Edinho Silva e Evandro Ouriques

Edinho Silva e Evandro Vieira Ouriques

O final desta 1ª década do século 21 é marcado por debates fundamentais, como o avanço genético e seu controle ético, a financeirização da economia globalizada, a democratização da comunicação, o controle social da internet como instrumento de informação e formação, a mobilidade humana, o conceito de nação, entre outros.

No entanto, tais debates exigem de nós reflexão anterior a respeito do que consideramos riqueza e qual o modelo de sua produção e distribuição.

Sob a égide da noção de desenvolvimento, obtivemos progressos nas condições de vida: urbanização, investimentos na saúde, melhoria dos padrões de alimentação e, consequentemente, aumento da expectativa de vida. Mas isso não foi uniforme. As desigualdades aprofundaram-se no mundo e a miséria se tornou endêmica.

Até os anos 1980, as desigualdades eram tratadas como transitórias. A urbanização e a salarização dariam conta da construção de uma sociedade mais igualitária.

A modernização do sistema produtivo internacional, com a absorção das tecnologias, gerando um novo estágio na produção de riquezas e do seu acúmulo, mostrou ao mundo um processo civilizatório inverso. Rendimentos baixos, precarização das condições de trabalho, aumento da violência, inclusive contra as crianças e mulheres.

Desse modo, a noção de desenvolvimento balizada nos atuais conceitos perde sua força e é posta em xeque. Nesse sentido, desenvolvimento sustentável tem significado limitar os efeitos do "mau desenvolvimento", como a pobreza, o analfabetismo, a corrupção e também a degradação do ambiente e do planeta, que fazem sofrer sempre os menos protegidos.

O drama deste século é romper com o modelo de produção de riqueza historicamente construído e ratificado, com a cultura do hiperconsumo que se enraizou com o capitalismo e que desde o século 19 tem a mesma lógica.

A análise do desenvolvimento sustentável exige tratar desigualmente os desiguais. Não podemos colocar lado a lado, por exemplo, um país que sempre foi protagonista na história do "desenvolvimento" e um país pobre da América Latina, que tem sofrido com a longa trajetória de acumulação internacional e cujo papel lhe foi conferido a partir de sua única fonte de riqueza: a produção de matéria-prima energética e commodities.

Do mesmo modo, devemos considerar que uma parcela significativa dos cidadãos do Sudeste do Brasil já satisfez, por muitas vezes na vida, as suas necessidades básicas, enquanto a maioria dos nordestinos e de milhões de brasileiros de todas as partes apenas agora começou a alcançar o século 20.

Estamos diante de um grande desafio e pensamos que ninguém tem a fórmula ou o caminho já definido. A construção da sustentabilidade é um processo coletivo, eminentemente político, e deve ser priorizado. O Brasil tem mostrado ao mundo que é capaz de construir novos paradigmas com as suas políticas públicas. O governo Lula é referência internacional no combate à miséria e foi protagonista na construção da agenda de Copenhague.

Podemos agora, com Dilma, a primeira mulher na Presidência da República, mostrar ao mundo que é possível gerar riqueza, distribuí-la e respeitar a natureza.


EDINHO SILVA é presidente do Partido dos Trabalhadores no Estado de São Paulo e deputado estadual eleito.

EVANDRO VIEIRA OURIQUES, mestre e doutor em comunicação e cultura, é coordenador do Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência da Escola de Comunicação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).


O DESGOVERNO DOS TUCANOS PAULISTAS DESVENDADO PELA BANCADA DO PT

Revista da Bancada do PT na Assembleia revela os estragos da gestão tucana

Publicação, que pode ser acessada na home-page da Liderança do Partido, traz uma retrospectiva da política tucana no estado de São Paulo, os descaminhos e problemas estruturantes produzidos no estado e os desafios para a próxima bancada do Partido.

Por CF
Domingo, 19 de dezembro de 2010

A Bancada do PT na Assembleia Legislativa elaborou uma importante retrospectiva da política tucana no estado de São Paulo. O material editado na nova edição da Revista da Bancada do PT, que pode ser acessada na home-page Assembleia Permanente, analisa problemas estruturais paulistas, a partir de reportagens e matérias que revelam a negligência e truculência do governo paulista.

Um dos exemplos retratados na publicação é o tratamento dispensado à educação e aos educadores da rede pública, que ganham os piores salários do Brasil. Os sucessivos escândalos da gestão tucana, desde as irregularidades na licitação das obras do metrô, passando por desvios de recursos e colapso do transporte público.

A falta de investimento em ciência e tecnologia, o sumiço do repasse de R$ 400 milhões para a compra de medicamentos enviado pela União, a negligência em relação aos serviços de urgência e emergência, como as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), e a explosão dos casos de dengue no estado nesse último no. Esses são alguns dos assuntos que demonstram o sucateamento orquestrado contra o Sistema Único de Saúde.

Cadeias superlotadas, policiais militares e civis desmotivados, um déficit habitacional que atinge 4 milhões de pessoas e a falta de investimento para prevenir as tragédias das enchentes terminam por compor o quadro da política neoliberal tucana que vem destruindo a capacidade de desenvolvimento do maior estado da federação.

Para encobrir os despropósitos, abusivas tarifas de pedágios e enterrar qualquer investigação às irregularidades aqui citadas, milhões e milhões de recursos públicos foram aportados pelos tucanos em propaganda e publicidade, além do engavetamento dos 13 pedidos de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) feitos pela bancada do PT.

A publicação reúne ainda o novo time petista que estará realizando esse enfrentamento a partir de março de 2011 e as pespectivas que nortearão a ação dentro da Assembleia Legislativa.


Clique aqui e confira a Revista da Bancada do PT.


ATÉ A FOLHA RECONHECE: LULA VAI DEIXAR SAUDADE...


"Vou ficar com saudade do presidente"

Garoto-símbolo da reeleição diz que a vida melhorou, apesar de dificuldades básicas. A matéria foi publicada na edição desta segunda-feira (27), na Folha de S.Paulo.

Por Matheus Magenta, Folha de S.Paulo
Segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

De castigo por causa de nota baixa na escola, o garoto Everton Conceição Santos, hoje com 11 anos, diz que não pensou duas vezes para fugir de casa pela janela e ver o presidente Lula inaugurar casas populares em Lauro de Freitas (região metropolitana de Salvador), em 2006.

Diante da multidão no local, driblou os adultos passando por entre pernas e "saias de mulher", até que um vizinho decidiu erguê-lo sobre o ombro.

"Foi quando dei de cara com o Lula e consegui pegar na barba dele." O momento foi registrado pelo fotógrafo oficial da Presidência, e o garoto se tornou símbolo da campanha de reeleição de Lula. Desde então, Everton é conhecido como Lulinha.

Nos quatro anos seguintes, ele diz que a vida da família "mudou pra melhor". Com o emprego que a mãe Odevânia conseguiu em 2007 (recebe um salário mínimo) e R$ 130 do Bolsa Família, ascenderam à classe D.

Entre 2002 e 2010, a massa de renda desses consumidores (com ganho familiar entre um e três salários mínimos) cresceu 161% - de R$ 146 bilhões para R$ 381 bilhões.

Com a nova renda, a família de Everton conseguiu comprar TV de 21 polegadas, videogame, DVD, geladeira e trocar o fogão.

CHÁ E PÃO PURO
"Antes, a gente só tomava chá e pão puro. Comida, só na casa da minha vó ou de vizinhos. Agora, tem pão, queijo, suco, tudo que dá vontade de comer", conta o garoto.

Everton e três irmãos dormem em duas camas de solteiro no único quarto da casa -a mãe dorme no sofá da sala, onde está pendurada a foto do garoto com o presidente, autografada por Lula.

O salário de ajudante de cozinha permite agora que ela junte dinheiro para construir mais um cômodo na casa popular de 30 m2 que ganhou do governo.

Em 2007, em reunião com ministros, Lula chamou de "vergonha" o projeto das casas entregues -um dos embriões do Minha Casa, Minha Vida-, por ser tão pequeno.

Apesar do crescimento da renda, a família ainda enfrenta dificuldades como a falta de professores e filas em hospitais e postos de saúde.

"Quando a gente encontra médico, demora horas pra ser atendido. Não melhorou nem piorou nos últimos anos", diz Odevânia. Sua família está entre os 160 milhões que dependem exclusivamente do sistema público de saúde, área apontada desde 2007 no Datafolha como a pior do governo Lula.

Everton ri ao falar sobre a posse de Lula em 2007, onde esteve como convidado oficial, mas fecha logo a expressão ao falar sobre o fim do mandato dele. Diz não conhecer "direito" a presidente eleita, Dilma Rousseff, em quem sua mãe votou.

"Sei só que ela é do partido do Lula. Mas ele vai voltar depois pra ser presidente. Vou ficar com saudades dele", diz, rindo novamente.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O GLOBO TENTA ESCONDER QUE LULA FOI O MELHOR PRESIDENTE QUE O BRASIL JÁ TEVE


Resposta ao Caderno Especial de O Globo sobre A Era Lula, de 19 de dezembro de 2010

Os principais jornais, revistas e sites eletrônicos de notícias realizam um balanço dos últimos oito anos.

Na maior parte as análises têm sido objetivas, como uma relação das principais conquistas e dificuldades, bem como da evolução natural na política econômica em face das mudanças nos contextos nacional e internacional nos últimos oito anos.
No entanto, alguns analistas apresentam uma análise parcial do governo Lula, na qual uma série de mitos é propagada sem uma análise cuidadosa dos fatos subjacentes.

A análise é bastante parcial: quando interessa, faz comparações com o passado e quando não, não o faz. Ex.: Miriam Leitão faz uma análise sintética da atuação do governo Lula. PIB de 2010 foi o maior em 25 anos, mas credita em parte à recessão de 2009. Ao analisar o déficit em transações correntes de US$ 50 bilhões em 2010, não credita igualmente à crise internacional. Ao falar do desmatamento, soma toda área desmatada no governo Lula, de 2003 a 2010, que equivale a 82 vezes a cidade de São Paulo. Não fala que o desmatamento tem se reduzido ano a ano, e alcançou, em 2010, o menor nível em 22 anos.

As chamadas das matérias sempre puxam para o lado negativo, embora vários analistas apontem avanços. No geral, os destaques creditam ao governo Lula a responsabilidade de não ter resolvido problemas seculares do país. Embora vários analistas entrevistados nas matérias apontem avanços nestes desafios. A chamada é sempre para o lado vazio do copo, e não do lado cheio.


Segue a lista das outras12 respostas por área de governo:

CARTÃO DE CRÉDITO PARA ALUGUEL, MAIS UMA INOVAÇÃO DO GOVERNO DO PT


Caixa lança cartão de crédito para pagamento de aluguel, sem necessidade de fiador

20/12/2010 15:55 - Portal Brasil

A Caixa Econômica Federal lançou nesta segunda-feira (20), em São Paulo, o Cartão Aluguel Caixa. O produto será usado por clientes do cartão de crédito para o pagamento de aluguel, sem a necessidade de fiador ou garantia adicional. A comercialização do produto em âmbito nacional está prevista para fevereiro de 2011, após fase de piloto em São Paulo.

Segundo a Caixa, o processo de locação, com o uso do Cartão Aluguel, será realizado em uma das imobiliárias credenciadas pelo banco, após a assinatura do contrato de aluguel pelo inquilino. A Caixa irá garantir à imobiliária o recebimento de até 12 parcelas de aluguéis não pagos.

O Cartão Aluguel Caixa será oferecido nas bandeiras MasterCard e Visa, na variante internacional, para pessoas físicas, locatárias de imóveis residenciais. O cliente terá o limite-aluguel, que será utilizado exclusivamente para pagamento da locação do imóvel, e o limite rotativo, destinado ao pagamento de compras em estabelecimentos comerciais, como um cartão de crédito convencional.

De acordo com a Caixa, o cartão será comercializado nas imobiliárias credenciadas e na rede de agências do banco em todo o País. Ainda nesta semana, a instituição inicia o cadastramento de imobiliárias.

O GOVERNO LULA EM DEFESA DA MULHER


As Políticas para as Mulheres no Governo Lula e o PT

Este artigo é escrito com paixão, que certamente trará muitas lembranças, lágrimas, sorrisos, alegrias, (in) satisfações, prazeres, dores, ônus e bônus para aquelas e aqueles que vêm ao longo da história do Brasil contemporâneo construindo a democracia e o Partido dos Trabalhadores em seus longos 30 anos.

Lembrando o Presidente Lula - nunca antes na história deste país houve um partido de massa tão grande como o PT, com uma trajetória cheia de histórias, contadas e cantadas em verso e prosa, em espaço coloquial, afetivo e crítico.

Toda a sua obra retratada, compartilhada, provocada e provocante, entrelaçando novos e velhos temas, realçando contradições a antigas verdades, contando novas histórias e trajetórias sem medo de ser feliz, vencendo novas batalhas coletivas, sem, entretanto, perder a capacidade de se indignar diante da injustiça, da violência, da miséria, da pobreza, da fome, da discriminação e da desigualdade.

A história do PT também é a história de homens e mulheres que não perderam a esperança de ver um país florescer e que continuam seguindo a estrela vermelha que faz brilhar a esperança de vencer o medo e as mentiras fraldadas no cotidiano singular do povo brasileiro.

O governo Lula recoloca para um povo e sua nação a possibilidade da reinvenção de si mesmo. A superação dos desequilíbrios entre norte e sul, entre dominados e dominadores, entre poder e fracasso, entre brancos e negros, entre homens e mulheres, entre economias fortes e economias fracas.

Na busca pela superação dos desequilíbrios é preciso tomar de conta de outros valores, que não são gestados em estruturas forjadas do vale tudo ou do salve-se quem puder. Não podemos prescindir da ética e nem negar os conflitos, mas devemos ter a confrontação justa, crítica e a procura de soluções corretas.

O sonho sonhado de um mundo melhor nasce das entranhas de uma ação concreta, da concretude de um sonho.

O Lula fez isso. Transformou o sonho de milhões de pessoas numa ação política de governo junto com muitos companheiros e companheiras. Assim como o Lula, as mulheres também vêm transformando seus sonhos, suas lutas em políticas para todas as mulheres.

A criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e as políticas desenvolvidas a partir do diálogo social estabelecido entre governo e sociedade civil, descritas nos Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres e executadas em parcerias com ministérios, governos estaduais, municipais, entidades não governamentais, sindicais, populares, universidades, escolas, associações e tantas outras instituições nacionais e internacionais deram régua e compasso para ampliar a luta dos movimentos feministas e de mulheres na superação da desigualdade, da discriminação e da violência que ainda assola milhões de mulheres brasileiras em espaços, lugares e regiões do Brasil.

O trabalho desenvolvido pela SPM é reconhecido dentro e fora do Brasil, servindo de modelo para tantos países que almejam a erradicação da pobreza, da violência doméstica, da discriminação e desigualdade no mundo do trabalho.

Entre tantas ações desenvolvidas pela SPM, citamos O Pacto de Enfrentamento a Violência contra a Mulher que apresenta uma estratégia de gestão que orienta a execução de políticas de enfrentamento à violência contra mulheres, na direção de garantir a prevenção e o combate à violência objetiva reduzir os índices de violência contra as mulheres; promover uma mudança cultural a partir da disseminação de atitudes igualitárias (em especial de gênero) e valores éticos de irrestrito respeito às diversidades e de valorização da paz e garantir, proteger os direitos das mulheres em situação de violência considerando as questões raciais, étnicas, geracionais, de orientação sexual, de deficiência e de inserção social, econômica e regional.

Outra importante e fundamental ação criada pela SPM é a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, criada em novembro de 2005 para orientar as mulheres, em situação de risco de violência, sobre seus direitos e onde conseguir ajuda, assim como, auxiliar no monitoramento da rede de atenção à mulher em todo o país.

O Ligue 180 tem, registrado de janeiro a junho de 2010, 343.063 atendimentos – que representa um aumento de 112% em relação ao mesmo período de 2009 que foi na ordem de 161.774. O pacto enseja uma articulação com outras políticas como saúde, educação, segurança pública, assistência social, justiça, trabalho entre outras. Esta transversalidade possibilita a promoção do empoderamento das mulheres, o enfrentamento as discriminações e desigualdades ainda existentes na sociedade.

Outra ação desenvolvida pela SPM, com apoio da OIT e do UNIFEM é o Programa Pró-Equidade de Gênero, que faz parte do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, capítulo primeiro, intitulado: “Autonomia Econômica e Igualdade no Mundo do Trabalho, com Inclusão Social”.

O Programa contribui diretamente para o alcance da prioridade do governo Lula em “Promover relações de trabalho não discriminatórias em razão de sexo, raça/etnia, orientação sexual, geração ou deficiência com equidade salarial e no acesso a cargos de direção”. O Programa tem por finalidade desenvolver novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional para alcançar a equidade no mundo do trabalho.

O objetivo é contribuir para a eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego. Neste sentido, o Pró-Equidade de Gênero busca atuar na conscientização e sensibilização de dirigentes, empregadores e empregadoras.

O Programa foi lançado em 2005. A 1ª edição (2005-2006) foi dirigida às empresas públicas federais e contou com a participação de 15 empresas. Desta forma, o próprio governo pôde demonstrar, no âmbito da sua atuação, a possibilidade concreta da promoção da igualdade de gênero e raça.

O bom resultado obtido credenciou o programa, nas edições subseqüentes, para ser estendido às demais instâncias da administração pública - federal, estadual e municipal e empresas da iniciativa privada. A segunda edição ocorreu de 2007-2008, contou com a participação de 36 empresas e a terceira 2009-2010 com 71 organizações.

Das 15 empresas que iniciaram o Programa, 13 permanecem até a 3ª edição. Na segunda edição, das 23 novas empresas que haviam aderido, 14 permaneceram na 3ª edição. Dessa maneira, a 3ª edição contou com a continuidade de 27 empresas das edições anteriores e com a adesão de 44 novas empresas.

Este dado revela, uma continuidade muito grande das empresas que ingressam e um aumento crescente de novas adesões a cada edição. No total, são mais de 140 organizações que participaram nas três do programa.

O programa outorga as organizações o Selo Pró-Equidade de Gênero. Este Selo é um atributo de destaque e distinção da organização como instituição comprometida com a equidade de gênero no mercado de trabalho.

Nesta área do trabalho podemos citar ainda, os programas Mulheres Construindo Autonomia na Construção Civil, Trabalho e Empreendedorismo da Mulher que qualificam mulheres para a inserção no mercado de trabalho.

A SPM também desenvolveu diversas ações na área da educação, da saúde, da comunicação, como o Seminário Mulher e Mídia. Na área do poder tem um excelente trabalho com Mais Mulheres no Poder que incentiva a participação de mulheres em todas as instâncias e âmbito de poder.

O governo Lula iniciou uma grande construção, a Presidenta Dilma deve continuar edificando as políticas para as mulheres, amplificando as ações, aumentando os recursos financeiros, integrando as políticas, expandindo os projetos de inserção no mundo do trabalho, de moradia, de saúde, de saneamento, de energia, de água, de educação, de equipamentos e transportes públicos, viabilizando cada vez mais a melhoria da qualidade de vida das mulheres em geral e de suas famílias.

Para finalizarmos vamos relembrar a frase da Presidenta Dilma falando das prioridades de seu governo que ecoou nos ouvidos, mentes e corações das mulheres.

“Igualdade de Oportunidade” - “Igualdade e Oportunidades”.

Ane Cruz é feminista e militante do Partido dos Trabalhadores – PT/RS
Aparecida Gonçalves é feminista e militante do Partido dos Trabalhadores – PT/MS
Eunice Léa de Moraes é socióloga, feminista e militante do Partido dos Trabalhadores – PT/PA

sábado, 18 de dezembro de 2010

A COVARDIA DA TIME EM ENFRENTAR O GOVERNO AMERICANO

Assange e Lula nas quebradas de 2010

Vitor Hugo Soares
De Salvador (BA)


O criador do site WikiLeaks, Julian Assange, na capa da revista "Time"
(Foto: Reprodução)

É fim de ano outra vez. No Brasil e no mundo vive-se período de baixa estação de notícias. Os diários impressos, as revistas semanais, as redes de TV, os blogs e os sites "operam à meia boca", expressão que o jornalista Ricardo Noblat gostava de usar quando morava e trabalhava na Bahia - antes da explosão da web que o levaria de vez de Salvador e o transformaria em pioneiro dos blogueiros políticos mais citados do País.

Em dias assim a mídia está voltada, em geral, para o jogo interesseiro e desinteressante que cerca as escolhas ministeriais da presidenta que chega; ou às viagens e pajelanças de despedida do presidente que sai - na capital o no interior do País. Pior ainda, abre manchetes e produz textos amplos e generosos para mais "um retorno do imperador Adriano ao futebol brasileiro" (depois de eleito o pior jogador estrangeiro na Itália), ou para as maravilhas que a "top model" consegue operar na cozinha.

Tamanha apatia investigativa e falta de vigor no noticiário político e geral, principalmente, mas também o insosso e repetitivo noticiário de comportamento de nossas "celebridades", é que valorizam e dão sabor jornalístico especial à matéria de capa da revista "Time" desta semana.

Trata da escolha do público leitor, por larga margem de votos, do australiano criador do site WikiLeaks, Julian Assange, como Personalidade do Ano, e da polêmica e contestável decisão dos editores da influente publicação de ofertar o título ao décimo colocado na votação popular do leitores: o norte-americano Mark Zuckerberg (criador do Facebook), a onda da moda na Internet.

Ainda assim merece destaque o notável saque jornalístico da Time, que começa pela própria composição da capa em si. A imagem na revista corre o mundo. No entanto, nunca é demais descrevê-la mais uma vez para os menos avisados, ou em respeito à lição de técnica de redação do saudoso e premiado mestre do Jornal do Brasil, Juarez Bahia (sete premiações do Esso de Jornalismo): "escreva sempre como se estivesse transmitindo a informação para o leitor pela primeira vez". Obedeço ao querido Bahia, que nos deixou em um dezembro como este.

Assange está com a boca amordaçada por uma bandeira americana, o que já seria forte o suficiente, mas não pára aí. Acompanha uma incômoda pergunta como chamada, que completa o jeito ousado e genial de pensar e fazer imprensa: "Quer saber um segredo?", pergunta a revista.

Bravo! Sensacional! Mesmo que no fundo a imagem e a pergunta sirvam para disfarçar uma boa dose de temor. Até mesmo de pusilanimidade - para ser mais exato - dos editores da legendária publicação. Na verdade, uma piedosa, embora criticável compressa jogada sobre a enorme ferida aberta na diplomacia e nos círculos mais representativos do governo e do poder nos Estados Unidos.

Ainda assim, o fato quando se analisa o conjunto da obra é que esta edição da Time é um primor. Um marco neste ano de 2010, em que a mídia impressa nos Estados Unidos, no Brasil e no resto do mundo tem pouco ou nada a festejar. E olha que, por estas bandas do Atlântico Sul, foi um ano de campanha presidencial.

Semana passada, bem antes de surgir a ideia da capa e de começar a circular a revista americana, o presidente Lula, notório peladeiro da Granja do Torto, não deixou a bola passar sem petardo certeiro na direção dos vacilos e omissões da mídia e dos grupos de opinião e intelectuais mais destacados no país. Deu apoio firme e explicito a Assange e seu site explosivo, além de levantar suspeitas em relação ao que, de fato, se esconde nos subterrâneos da insólita perseguição desencadeada contra o WikiLeaks e seu criador: um grave e surpreendente atentado contra a liberdade de informação, com origem nos Estados Unidos.

Assange foi levado à prisão pelo governo britânico, sempre dócil e atencioso aos desejos do governo americano, parceiro histórico para toda obra na Europa. Mesmo que esses desejos sejam manifestados "por vias travessas" (como dizem os nordestinos) de uma ordem de prisão com base em estranha e suspeita acusação de "estupro" vinda da Suécia, onde o criador do WikiLeaks teria se recusado a usar camisinha ao fazer sexo com duas súditas do farrista e bígamo Rei Gustavo, que anda as voltas em casa com atribulações sérias no gênero.

Tão forte quanto a capa da Time são as imagens de Assange saindo da detenção na última quinta-feira, sob aplausos e gritos de incentivos vindos das ruas de Londres, depois de pagamento de salgada fiança. Graças, registre-se por justiça, à colaboração de anônimos hackers e blogueiros do mundo, ajuda financeira mais substancial de celebridades como Michael Moore e Bianca Jagger, além de apoios políticos como o do presidente do Brasil. "Seguirei na minha luta", anunciou Julian Assange, em breves e alentadoras palavras de coragem na saída da prisão.

Duas vitórias de uma vez e na mesma semana do criador do WikiLeaks: A sua escolha, pelos leitores da Time, como "Personagem do Ano" e a reconquista da liberdade, ainda que tardia e provisória, mas sob palmas e vivas das ruas. Isso apesar da mal justificada decisão dos editores da revista de não dar bolas à vontade dos leitores, e oferecer o prêmio, de fato, ao criador do Faceboook, décimo colocado na votação.

Poderiam ao menos minorar a injustiça, se tivessem optado pelos mineradores e heróis chilenos retirados do fundo da terra, que ficaram em oitavo lugar na escolha dos leitores da revista. Os protestos já pipocam aqui e ali e não será surpresa se o presidente cobrar satisfações mais uma vez antes de passar a faixa para Dilma Rousseff.

No fim, Viva a revista Time. Afinal, fotos, opinião e polêmica seguem sendo, apesar de tudo, os melhores combustíveis da mídia (impressa ou digital) e do bom jornalismo.


Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site-blog Bahia em Pauta http://bahiaempauta.com.br/.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O PIG ESTÁ DEFINHANDO: INTERNET AVANÇA NOS EUA E NO BRASIL


Internet avança nos EUA e no Brasil

O artigo do jornalista Ricardo Kotscho foi originalmente publicado no blog Balaio do Kotscho.
Por Ricardo Kotscho
Sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Em publicações diferentes, encontrei duas notícias alvissareiras sobre o avanço da internet no mundo e, principalmente, aqui no Brasil.

Sem muito alarde, ficamos sabendo que houve uma verdadeira revolução neste campo. Há oito anos, apenas 13% das casas dos brasileiros da nova classe C tinham microcomputadores. Hoje, este número saltou para 52%.

Como quem compra um micro tem como principal objetivo receber informações, participar das redes sociais e se comunicar com o mundo, os que têm o equipamento, mas ainda não estão ligados à internet em casa, logo vão ficar.

Este ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, mais da metade da população brasileira terá experimentado de alguma forma o acesso à rede mundial. Só no ano passado, entraram na internet mais 12 milhões de brasileiros, número que deverá ser maior em 2010, ultrapassando o total de 80 milhões de usuários numa população de 190 milhões.

O mundo está mudando muito rapidamente e, às vezes, a gente não se dá conta do que está acontecendo. Pequena nota que garimpei no blog do Noblat informa que “popularidade da internet se iguala à da televisão nos Estados Unidos”. Quem poderia imaginar uma notícia dessas há apenas dez anos?

Segundo um estudo da consultoria Forrest divulgado pelo “Wall Street Journal”, trata-se de um marco histórico: os norte-americanos passam hoje o mesmo tempo conectados à internet e assistindo à televisão. Dá a média de 13 horas por semana dedicadas a cada veículo (é capaz de no Brasil ser até mais, mas não tenho estes números).

O curioso é que a televisão não perdeu público; a internet é que cresceu: 121% nos últimos cinco anos. Quem perdeu audiência e circulação foram as rádios, os jornais e as revistas de papel, aos quais os norte-americanos agora dedicam menos do seu tempo.

Só falta agora agências e anunciantes adaptarem seus planos de investimentos em publicidade aos novos ventos da mídia.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Dilma diz que país seguirá crescimento com distribuição de renda



A presidente eleita, Dilma Rousseff, disse que o país dará um “salto” nos próximos anos e prosseguirá na trajetória de crescimento com distribuição de renda. Segundo ela, a base para essa evolução são os alicerces construídos ao longo dos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Nós vamos dar um grande salto, continuar essa trajetória de crescimento com distribuição de renda, respeitando o meio ambiente”, disse ao ser homenageada pela revista IstoÉ como Brasileira do Ano, na noite desta quarta-feira (15).

Além dos avanços econômicos e sociais, Dilma Rousseff destacou a importância da cultura no processo de evolução do país. “O Brasil tem que reconhecer a força e a importância da cultura na formação da nossa alma, da nossa identidade como nação”, disse.

Participação de todos

Dilma afirmou que a próxima década será do Brasil e que gostaria de contar com todos os brasileiros para a missão que ela começa a desempenhar em 1º de janeiro.

"Essa vai ser a nossa década. Gostaria de contar com todos os brasileiros. Olharei para todos sem nenhuma distinção em relação a sua preferência partidária, religião ou time de futebol. Será para mim um grande feito dar continuidade a um governo do qual participei. Sucedo um governo que desenvolveu o Brasil com distribuição de renda. Um país que passou a ter consciência de sua força, de seu potencial", afirmou.

A presidente eleita agradeceu aos milhões de brasileiros que acreditaram nela e que "perceberam que é possível transformar o Brasil, que sejamos um grande país de classe média".

Ritmo acelerado

Ainda durante o evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que deixará um país que caminha em ritmo acelerado - a 120 quilômetros por hora – para sua sucessora.

Ele brincou, dizendo que a situação do Brasil é tão boa que ele gostaria de poder administrá-lo agora. “Como eu queria ter herdado um país para governar depois do governo Lula”, disse ao receber o prêmio de Brasileiro da Década concedido pela revista IstoÉ, na capital paulista.

Lula ressaltou, entretanto, que as conquistas dos últimos anos foram resultado de um trabalho conjunto com os governadores, empresários e a sociedade. “O desenvolvimento dos últimos anos não foi atributo desse ou daquele indivíduo”.

A diminuição da desigualdade e da pobreza foi ressaltada por Lula como um dos grandes avanços de seu governo. “Todo o país ganhou, mas os pobres ganharam um pouco mais”, disse. “Este povo que passou a comer melhor e ter acesso ao emprego e a dignidade não se contentará mais com o prato raso da cidadania”, completou.

Informações Agência Brasil

GOVERNO LULA, O MELHOR PRESIDENTE DO BRASIL


O Presidente Lula afirmou ontem, durante cerimônia no Palácio do Planalto, que os seis volumes lançados com as realizações de seu governo servirão para que a presidente eleita, Dilma Rousseff, "tenha noção de tudo o que ajudou a construir e a certeza do quanto ainda precisa fazer pelo país". A solenidade contou com todos os ministros e praticamente todos os ex-ministros que fizeram parte dos oito anos da gestão de Lula.

Lula agradeceu a presença de todos, dizendo que eles participaram dos "bons momentos e dos momentos difíceis de um governo que encerra a gestão com a aprovação de mais de 80% da população". Lembrou que, somados àqueles que consideram o governo regular, a avaliação positiva de seu mandato sobe para mais de 90%. "Nestes oito anos de governo, nós resgatamos a auto-estima do povo brasileiro".

Lula afirmou que, em sua visita a Salgueiro (PE), na terça-feira, um peão de obra procurou-o para recordá-lo do discurso de posse quando prometeu que, em seu governo, todo brasileiro comeria pelo menos três vezes por dia. "Presidente, estou que nem pinto de granja, comendo toda hora", disse o peão, segundo o presidente Lula.

Os seis volumes apresentados ontem foram registrados em cartório. Lula disse que esse gesto é um sinal de respeito à população "para mostrar que nós fizemos muito mais do que os outros fizeram". E, para não perder o costume, reclamou dos jornalistas, dizendo que o material serve para a imprensa ver "a quantidade de coisas boas que o governo fez que não foram noticiadas". O presidente disse que todo governante espera que se escrevam manchetes favoráveis, mas elas nunca são escritas. "Mas isso não é defeito apenas do Brasil não. É da França, dos Estados Unidos, da Inglaterra, da China....não, não, na China é diferente", completou.

O Presidente enumerou todos os êxitos de seu governo, como a redução do nível de informalidade, o controle da inflação, a construção das universidades e escolas técnicas e o aumento de ofertas de vagas nas universidades, especialmente no Nordeste. "Alguns acham que o Nordeste só tem condições de formar pedreiros. Nós queremos que o Nordeste passe a formar engenheiros", disse ele, acrescentando que o caminho seguido pelo país é irreversível. "Se depender de Dona Dilma e Dom Guido, o Brasil será a 5ª economia do mundo em 2016".

Lula falou também sobre o governo Dilma na formação do futuro ministério. "Disseram que ela escolheu o Guido Mantega para o Ministério da Fazenda porque eu pedi. Os ministros do meu governo se reuniam muito mais com ela do que comigo. Quando eles chegavam ao meu gabinete, já tinham conversado com Dilma umas quatro ou cinco vezes", afirmou o presidente.

O Presidente se emocionou em pelo menos dois momentos na cerimônia. O primeiro foi quando o governador da Bahia, Jaques Wagner - escolhido para falar em nome dos ministros - lembrou a primeira viagem que o presidente fez com os ministros para o Piauí, na primeira semana do governo, em 2003. "Quando estávamos voando de volta, o senhor nos disse: quando estiverem no ar condicionado de seus gabinetes, lembrem-se que foi esse povo que nos elegeu e nos trouxe até aqui". O segundo momento foi quando Maria do Socorro Nascimento, representantes dos trabalhadores, disse que passou a ter um negócio regularizado após os incentivos dados pelo governo Lula para as micro e pequena empresas.

Já o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, emocionou Dilma, ao dizer que era um orgulho para a geração dele a chegada de uma mulher à Presidência. "Assim como o presidente Lula, que sabe dizer não quando precisa, você, Dilma, também soube dizer não e não vergastou sua coluna, nos momentos em que era mais fácil dizer sim ou dobrar a coluna para o regime", disse Franklin.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

94 IRREGULARIDADES NAS CONTAS DE SERRA COMO GOVERNADOR

(o abraço dos derrotados...)

PT vota contra a aprovação das contas de Serra, há 94 irregularidades apontadas pelo TCE

No documento, os petistas ressaltam as irregularidades apresentadas pelo Tribunal de Contas do Estado. A auditoria do TCE apontou 78 irregularidades em diferentes áreas: Educação, Saúde, Assistência Social, Transportes, Habitação, Saneamento, Finanças, Economia e Planejamento, entre outras.

Por Assembleia Permanente (CF)
Sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A Bancada do PT apresentou voto em separado contrário ao parecer do relator da Comissão de Finanças, sobre as contas anuais do ex-governador José Serra, referente ao ano de 2009.

No documento, os petistas ressaltam as irregularidades apresentadas pelo Tribunal de Contas do Estado. A auditoria do TCE apontou 78 irregularidades em diferentes áreas: Educação, Saúde, Assistência Social, Transportes, Habitação, Saneamento, Finanças, Economia e Planejamento, entre outras. O conselheiro do TCE, Antônio Roque Citadini, em seu relatório final acrescentou outros 16 problemas, elevando para 94 as irregularidades nas contas de Serra.

Entre os pontos irregulares estão as despesas da assistência farmacêutica que não são realizadas conforme determinam as fontes de recursos; não são efetuadas as devidas transferências de recursos aos municípios com mais de 250.000 habitantes; a divulgação das aquisições de trens devem ser feitas somente por ocasião de sua efetiva entrega; na elabroação dos orçamentos do Metrô, presicam ser relacionados todos os custos unitários, indicando os insumos que os compõem; o DER deve estudar a possibilidade de reduzir o percentual do BDI aplicado em seus orçamentos, de modo que a consequente redução dos limites de preços impostos às licitantes possibilite a obtenção de valores contratuais inferiores aos que foram observados nas ações analisadas pelo TCE; a CDHU deve fiscalizar com maior rigor as obras, quando da construção dos conjuntos habitacionais; no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias devem constar os objetivos e metas estabelecidos nos relatórios da SABESP para o Projeto Tietê.

Os deputados do PT, Adriano Diogo e Enio Tatto, que integram a Comissão de Finanças e Orçamento são categóricos ao afirmar que os governos tucanos não gostam da transparência e da vinculação dos recursos previstos na Constituição Federal, conforme já admitiu reiteradas vezes o próprio secretário estadual da Fazenda.

Problemas na Educação e na Saúde


O voto do PT destaca, também, as irregularidades na conta do FUNDEB (Educação). Primeiro, encontramos diversas irregularidades na conta do Fundo. No Diário Oficial da União (19/4/2010) foi apontada a existência de profunda divergência entre os valores disponibilizados pelo Estado de SP no FUNDEB, na ordem de R$ 660 milhões. A diferença ocorreu porque o Estado de SP informou um valor da receita disponibilizada no FUNDEB da ordem de R$ 16,8 bilhões, sendo posteriormente constatado que o valor efetivamente arrecadado seria de R$ 17,5 bilhões.

Na saúde, a aplicação de recursos, segundo a proposta orçamentária apresentada pelo governo Serra, não respeitou o percentual mínimo constitucional de 12%. O valor aplicado seria de R$ 7,6 bilhões, referentes a recursos do próprio Estado (Fonte 1 – Tesouro Estadual), totalizando o percentual de 11,33%.

Os cálculos do governo paulista não incluem na base de cálculo dos valores referentes às Transferências Federais de Compensação dos Estados e à inclui programas e ações que não podem ser considerados no gasto da Saúde.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

LULA SABE CUIDAR DE GENTE, DA NOSSA GENTE!


Estado deve privilegiar ações voltadas para os mais pobres, afirma Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (10) que o Estado deve privilegiar as ações voltadas às classes mais pobres do país. Para Lula, os ricos não precisam do Estado. As declarações foram dadas durante cerimônia de assinatura para obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste.

“Dê a um pobre R$ 10 que ele vira consumidor, dê a um outro cidadão [rico] R$ 1 milhão que ele vira especulador. Essa é a diferença básica do crescimento econômico desse país”, discursou Lula em Ilhéus na Bahia.

As pessoas pensam que o Lula só cuida de pobres, o Bolsa Família é para pobre, o Luz para Todos é para Pobre. Primeiro que o Estado é para cuidar dos pobres, os ricos não precisam do Estado. Quem precisa do Estado é a parte mais pobre do país”.

Segundo Lula, os dados divulgados ontem (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o país poderá crescer entre 8,4% e 8,5% neste ano, mas isso só valerá a pena se houver distribuição de renda. “Não basta crescer. Junto do crescimento a gente tem que ter uma política de distribuição de renda, melhorar a vida daqueles que mais precisam e a gente sabe que essa cominação é possível”.

De acordo com o Ministério dos Transportes, o trecho entre Ilhéus e Caetité terá 537 quilômetros de extensão com investimento de R$ 2,4 bilhões. O primeiro trecho tem entrega prevista para dezembro de 2012. Outro trecho da ferrovia, Caetité-Barreiras-São Desidério (BA), tem previsão de entrega dos seus 485 quilômetros para dezembro de 2013.

O empreendimento integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ligará as cidades baianas de Ilhéus, Caetité e Barreiras a Figueirópolis, no Tocantins.


Agência Brasil

O TUCANO SERRA IA ENTREGAR O PRÉ-SAL AOS ESTRANGEIROS!


Petroleiras eram contra as regras do pré-sal


Folha de S.Paulo

BRASÍLIA - Petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então pré-candidato à Presidência, José Serra (PSDB), a promessa de que alteraria a regra se vencesse, mostra telegrama dos EUA de dezembro de 2009 obtido pelo WikiLeaks.

"Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira dos EUA Chevron, segundo telegrama.

O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro. O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem "senso de urgência". Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: "Vocês vão e voltam".

A executiva da Chevron relatou a conversa com Serra ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio.

O governo alterou o modelo de exploração, obrigando a partilha da produção de novas reservas. A Petrobras deve ser parceira nos consórcios de exploração e opera com exclusividade nos campos. A regra foi aprovada na Câmara.

Reserva

Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, telegramas do consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como "operadora chefe" também é relatado com preocupação. O consulado também avaliava, em abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam "turbinar" a candidatura de Dilma Rousseff.

O consulado cita que o Brasil se tornará um "player" importante no mercado de energia. Em outro telegrama, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque "o PMDB precisa de uma companhia".

A reportagem não conseguiu localizar José Serra para comentar o caso.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

REDE BOBO: ÚLTIMO LUGAR NA PROVA DE PORTUGUÊS

LULA DEFENDE A LIBERDADE DE IMPRENSA: WIKILEAKS NÃO PODE SER CENSURADO

(a grande imprensa, hipócrita, não dá um pio quando o Wikileads é censurado...)

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu e prestou sua solidariedade nesta quinta-feira ao fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, preso nesta semana em Londres por acusações de crimes sexuais.

O australiano, cujo site causou alvoroço na diplomacia norte-americana ao divulgar milhares de documentos sigilosos sobre as relações diplomáticas do governo dos EUA, teve sua atitude valorizada pelo presidente em um discurso de defesa à liberdade de expressão.

"Aparece o tal do WikiLeaks e desnuda a diplomacia que parecia inatingível, parecia a mais certa do mundo, e aí começa uma busca. Não sei se colocaram cartaz como nos tempos do faroeste, procura-se vivo ou morto, e prenderam o rapaz", disse Lula.

"Se ele leu, é porque alguém escreveu. O culpado não é quem divulgou, o culpado é quem escreveu. Portanto, em vez de culpar quem divulgou, culpem quem escreveu a bobagem, porque senão não teria o escândalo que tem", acrescentou.

"Então, Wikileaks, minha solidariedade pela divulgação das coisas", disse.

Líderes e autoridades diplomáticas mundiais têm divergido sobre as atitudes de Assange, com alguns países condenando a divulgação dos documentos do Wikileaks e outras autoridades compartilhando a opinião de Lula.

Em tom irônico, Lula disse que a presidente eleita Dilma Rousseff tem que alertar seus ministros sobre os perigos do vazamento de informações."Eu não sei se meus embaixadores passam esses telegramas, mas a Dilma tem que saber e falar para os seus ministros. Se não tiver o que escrever, não escreva bobagem, passa em branco a mensagem", disse o presidente.

Assange, que vive periodicamente na Suécia, foi acusado este ano de conduta sexual imprópria por duas voluntárias suecas do WikiLeaks. O australiano, que nega as acusações, foi preso em Londres em consequência de um mandado internacional por essa acusação.

Apesar da prisão, o WikiLeaks prometeu que continuará divulgando detalhes dos despachos confidenciais norte-americanos. Até agora, apenas uma pequena parte foi publicada.

Fonte: Reuters

GOVERNO COMEMORA SUCESSO DO PAC E PRESIDENTE CRITICA TRATAMENTO DADO PELA MÍDIA

(Olha o PAC aí, gente...só não vê quem não quer...)

Os quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – de 2007 a 2010 -foi um sucesso na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou ter havido “uma sincronia quase perfeita entre os desejos do governo e a realização das obras”.

Na solenidade de balanço do Programa, nesta quinta-feira (9), no Palácio do Planalto, a coordenadora do PAC e futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que o governo entregará 82% de todos os projetos.

O Presidente Lula reclamou do tratamento dado pela imprensa às obras. "Muitas vezes, as manchetes colocavam em dúvida o sucesso do PAC", acrescentando que o governo "se desnudou" diante da imprensa e nunca tentou prejudicar o trabalho de cobertura jornalística do PAC. "Nunca houve censura, pergunta proibida e pergunta que não houvesse resposta."

"Houve até uma caravana que andava o País para encontrar buracos", disse o Presidente em referência a cobertura que a TV Globo fez das eleições presidenciais deste ano com o “Jornal Nacional no Ar”.

Em seu discurso, o presidente disse que a presidente eleita Dilma Rousseff "vai pegar o País a 120 quilômetros por hora", mas que não pode descuidar da estabilidade econômica, da responsabilidade fiscal e do controle da inflação. E disse que ela pode até frear, se quiser, mas "se o trem descarrilar, é difícil colocá-lo novamente no trilho".

Com seu habitual bom humor, o presidente Lula utilizou a frase que usou durante todo os seus oito anos de governo, arrancando risos da platéia: “Nunca antes na história desse País se viu uma quantidade tão grande de investimentos públicos em infraestrutura como agora”, acrescentando que além dos investimentos, o governo paga em dia as obras. "Há um excesso de pagamento", afirmou.

O presidente usou um exemplo doméstico para destacar a fase excepcional que o País está atravessando. Ele contou que a primeira-dama Marisa Letícia está tendo dificuldades para encontrar pedreiros para fazer reforma no apartamento deles em São Bernardo do campo (SP), para onde irão depois de entregar o cargo no dia 1o de janeiro.

“Essa crise é maravilhosa", de excesso de pagamento em dia e excesso de mão-de-obra (ocupada)”, disse o Presidente.

Mais com menos

A coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, foi quem apresentou os dados que confirmam as palavras do Presidente Lula. Para ela, o Programa representou a retomada dos investimentos em infraestrutura no Brasil após um longo período em que o país deixou de fazer esses investimentos.

“Com o PAC retomamos empreendimentos que estavam paralisados ou em ritmo muito lento, como as Eclusas de Tucuruí e o Canal do Sertão Alagoano, e demos início a empreendimentos estruturantes para o país, como as Usinas Hidrelétricas no Rio Madeira, a Integração do São Francisco e a Refinaria Abreu e Lima”, diz Miriam.

“O PAC deixa o legado de crescimento contínuo do Brasil, de retomada do planejamento em infraestrutura e de cooperação entre o governo federal, os estados, municípios e iniciativa privada”, afirmou.

Após a solenidade de balanço, a futura ministra concedeu entrevista coletiva, em que reafirmou que 2011 será um ano de consolidação fiscal. "Vamos fazer esforço para fazer mais com menos", disse, destacando que "vamos preservar os investimentos, que são fundamentais para o País".

Destaque maior

Míriam Belchior classificou de maior destaque no programa os investimentos feitos em ferrovias, que permitiram a conclusão de 909 quilômetros de obras, com investimentos de R$3,4 bilhões. As obras em andamento, segundo ela, somam hoje 3.800 quilômetros. O programa conta ainda com cerca de sete mil quilômetros de projetos e estudos em elaboração.

Ela anunciou também que o governo já inventariou cerca de 25 mil megawatts de energia para serem leiloados, quantidade suficiente para garantir energia ao País até 2014 e parcela de 2015. Ela lembrou que quando o presidente Lula assumiu o governo não havia nenhum estudo para leilão de energia . O PAC realizou 15 leilões, garantindo 42,711 mil megawatts de energia, com investimentos de R$105 bilhões.

Outros destaques são o programa Luz para Todos, que vai garantir, até este mês de dezembro, 2,65 milhões de ligações, oferecendo energia para 13 milhões de famílias. E na área de rodovias, com a conclusão de 6.337 quilômetros de obras, com investimentos de R$29,4 bilhões.

Até 31 de dezembro de 2010, os investimentos executados pelo PAC chegarão a R$619 bilhões. Esse valor representa 94,1% dos R$657,4 bilhões previstos para serem investidos pelo Programa no período 2007-2010. Até o fina de outubro, o montante investido atingiu R$559,6 bilhões, equivalentes a 85,1% do total previsto.

www.vermelho.org.br

PAC deve fechar o ano com 94% dos recursos executados


Daniel Lima, Pedro Peduzzi e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) executou, até 31 de outubro, R$ 559,6 bilhões – 85,1% do total previsto para ser investido nos últimos quatro anos (R$ 657,4 bilhões). A expectativa do governo é executar até o fim do ano R$ 619 bilhões, o que representa 94,1% do recursos previstos. Os dados foram divulgados hoje (9) pela Casa Civil da Presidência da República.

A Casa Civil estima ainda que os empreendimentos concluídos até o final do ano alcançarão R$ 444 bilhões, valor que representa 82% dos investimentos previstos para o período 2007 a 2010. Até outubro, esse valor equivalia a 73,3% ou R$ 396,9 bilhões do previsto para ser executado no período.

Os dados mostram ainda que os investimentos nos setores de logística, energia, social e urbano totalizarão R$ 225,2 bilhões até dezembro de 2010. Nas áreas de habitação e saneamento, as ações concluídas somarão R$ 218,8 bilhões até dezembro.

MANTEGA GARANTE INVESTIMENTOS EM OBRAS DO PAC PARA 2011

Daniel Lima, Yara Aquino e Pedro Peduzzi

Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a garantir que os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em andamento continuarão no ano que vem. Segundo ele, apenas projetos do PAC 2, que ampliou os investimentos nas áreas social e de infraestrutura, deverão começar um pouco mais adiante. Mantega participou hoje (9), no Palácio do Planalto, do 11º Balanço do PAC.

Guido Mantega, que continuará como ministro da Fazenda no governo da presidenta eleita Dilma Rousseff, já anunciou austeridade nos gastos de custeio da máquina pública a partir de 2011. Isso, segundo ele, será fundamental para que o governo eleve o volume de investimentos na economia nos próximos anos e reduza os juros. A redução, acrescentou, se dará em gastos já existentes, além de o governo evitar novas despesas.

Ele lembrou que o PAC está em andamento e já tem um volume grande de projetos que continuarão em 2011. Esses projetos, informou, continuarão dentro do ritmo que está estabelecido e já representam um volume de investimento superior ao deste ano.

“O volume de investimentos continuará crescendo no próximo ano. Apenas projetos do PAC 2 deverão começar um pouco mais adiante. Ou seja, vamos alterar o ritmo de ingresso de novos investimentos de acordo com a nossa disponibilidade”, disse Mantega.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

ENTREVISTA DE DILMA A "THE WASHINGTON POST"

No Brasil, de prisioneira a Presidente
(Via O Biscoito Fino e a Massa)

Por Lally Weymouth
Tradução de Paula Marcondes e Josi Paz, revisão de Idelber Avelar .

Ter sido uma presa política lhe dá mais empatia com outros presos políticos?
Sem dúvida. Por ter experimentado a condição de presa política, tenho um compromisso histórico com todos aqueles que foram ou são prisioneiros somente por expressarem suas visões, sua opinião pública, suas próprias opiniões.

Então, isso afetará sua política em relação ao Irã, por exemplo? Por que o Brasil apóia um país que permite o apedrejamento de pessoas, que prende jornalistas?
Acredito que é necessário fazermos uma diferenciação no [que queremos dizer quando nos referimos ao Irã]. Eu considero [importante] a estratégia de construir a paz no Oriente Médio. O que vemos no Oriente Médio é a falência de uma política – de uma política de guerra. Estamos falando do Afeganistão e do desastre que foi a invasão ao Iraque. Não conseguimos construir a paz, nem resolver os problemas do Iraque. Hoje, o Iraque está em guerra civil. Todos os dias, morrem soldados dos dois lados. Tentar trazer a paz e não entrar em guerra é o melhor caminho.

[Mas] eu não endosso o apedrejamento. Eu não concordo com práticas que possuem características medievais [quando se trata de] mulheres. Não há nuances; não faço concessões nesse assunto.

O Brasil se absteve em votar na recente resolução sobre os direitos humanos na ONU .
Eu não sou Presidente do Brasil [hoje], mas eu me sentiria desconfortável, como mulher eleita Presidente, não dizendo nada contra o apedrejamento. Minha posição não vai mudar quando eu assumir o cargo. Eu não concordo com a forma em que o Brasil votou. Não é minha posição.

Muitos norte-americanos sentiram empatia pelo povo iraquiano que se rebelou nas ruas. Por isso me pergunto se sua posição sobre o Irã seria diferente daquela do seu atual Presidente, que possui boa relação com o regime iraquiano.
O Presidente Lula tem seu próprio histórico. Ele é um presidente que defendeu os direitos humanos, um presidente que sempre apoiou a construção da paz.

Como a Sra. vê a relação do Brasil com os EUA? Como gostaria de vê-la evoluir?
Considero a relação com os EUA muito importante para o Brasil. Tentarei estreitar os laços. Eu admirei muito a eleição do Presidente Obama. Acredito que os EUA revelaram uma grande capacidade de mostrar que são uma grande nação, e isso surpreendeu o mundo. Pode ser muito difícil ser capaz de eleger um Presidente negro nos os EUA – como era muito difícil eleger uma mulher Presidente do Brasil.

Eu acredito que os EUA têm uma grande contribuição a dar ao mundo. E, acima de tudo, acredito que o Brasil e os EUA têm um papel a cumprir juntos no mundo. Por exemplo, temos um grande potencial para trabalhar juntos na África, porque na África podemos construir uma parceria para disponibilizar tecnologias agrícolas, produção de biocombustíveis e ajuda humanitária em todos os campos.

Também acredito que, neste momento de grande instabilidade por causa da crise global, é fundamental que encontremos formas que garantam a recuperação das economias dos países desenvolvidos, porque isso é fundamental para a estabilidade do mundo. Nenhum de nós no Brasil ficará confortável se os EUA mantiverem altos índices de desemprego. A recuperação dos EUA é importante para o Brasil porque os EUA têm um mercado consumidor fantástico. Hoje, o maior superávit comercial dos EUA é com o Brasil.

A Sra. culpa o afrouxamento monetário [quantitative easing] por isso?
O afrouxamento monetário é um fato que nos preocupa muito, porque significa uma política de desvalorização do dólar que tem efeitos sobre o nosso comércio exterior e também na desvalorização da nossas reservas de divisas, que são em dólares. Para nós, uma política de dólar fraco não é compatível com o papel que os EUA têm, já que a moeda dos EUA serve como reserva internacional. E uma política sistemática de desvalorização do dólar pode provocar reações de protecionismo, que nunca é uma boa política a ser seguida.

Quando a Sra. planeja visitar os EUA? Sei que foi convidada para antes de sua posse, em 1º de janeiro, mas não podia ir.
Eu não estou aceitando os convites que recebo. Não estou visitando países estrangeiros. Tenho que montar o meu governo. Tenho 37 ministros para nomear. Estou planejando visitar o Presidente Barack Obama nos primeiros dias após minha posse, se ele me receber.

Então a Sra. convidará o Presidente Obama para vir ao Brasil?
Nós já o convidamos informalmente, durante a reunião do G-20.

Há preocupações na comunidade empresarial dos EUA sobre se o Brasil continuará o caminho econômico definido pelo Presidente Lula.
Não há dúvida sobre isso. Por quê? Porque para nós foi uma grande conquista do nosso país. Não é uma conquista de uma única administração – é uma conquista do Estado brasileiro, do povo de nosso país. O fato de que conseguimos controlar a inflação, ter um regime de câmbio flexível e ter a consolidação fiscal de forma que, hoje, estamos entre os países com a menor relação dívida / PIB do mundo. Além disso, temos um déficit não muito significativo. Não quero me gabar, mas temos um déficit de 2,2 por cento. Pretendemos, nos próximos quatro anos, reduzir a proporção dívida / PIB para garantir essa estabilidade inflacionária.

A Sra. disse publicamente que gostaria de ver as taxas de juro caírem. A Sra. irá cortar o orçamento ou reduzir o aumento anual de gastos do governo?
Não há como cortar as taxas de juros a menos que você reduza seu déficit fiscal. Somos muito cautelosos. Temos um objetivo em mente: que as nossas taxas de juros sejam convergentes com as taxas de juros internacionais. Para conseguir chegar lá, um dos pontos mais importantes é a redução da dívida pública. Outra questão importante é melhorar a competitividade de nossos setores agrícola e de manufatura. Também é muito importante que o Brasil racionalize seu sistema fiscal.

Se a Sra. quer baixar as taxas de juros, a Sra. tem que cortar os gastos ou aumentar a economia doméstica.
Você não pode se esquecer do crescimento econômico. Você tem que combinar muitas coisas.

Qual é seu plano?
Meu plano é continuar a trajetória que seguimos até aqui. Conseguimos reduzir nossa dívida de 60% para 42%. Nosso objetivo é atingir 30% do PIB. Eu preciso racionalizar os meus gastos e, ao mesmo tempo, ter um aumento do PIB, que leve o país adiante.

Então o que a Sra. quer dizer com “racionalizar gastos”?
Não estamos em uma recessão aqui. Nós não temos que cortar os gastos do governo. Nós vamos cortar despesas, mas vamos continuar a crescer.

Estamos seguindo um caminho muito especial. Este é um momento no qual o país está crescendo. Temos estabilidade macroeconômica e, ao mesmo tempo, muito orgulho do fato de que conseguimos reduzir a extrema pobreza no Brasil.

Trouxemos 36 milhões de pessoas para a classe média. Tiramos 28 milhões da pobreza extrema. Como conseguimos isso? Políticas de transferência de renda. O Bolsa Família é um dos maiores exemplos.

Explique como funciona o Bolsa Família.
Pagamos um estipêndio, que é uma renda para os pobres. Eles recebem um cartão e sacam o dinheiro, mas têm duas obrigações a cumprir: colocar seus filhos na escola e provar que eles comparecem a 80% das aulas. Ao mesmo tempo, as crianças também devem receber todas as vacinas e passar por uma avaliação médica quando recebem as vacinas. Esse foi um fator, mas não foi o único.

Criamos 15 milhões de novos empregos durante a administração do Presidente Lula. Este ano, já criamos 2 milhões de novos empregos.

A Sra. é tão próxima do Presidente Lula. Será mesmo diferente ou apenas uma continuação da administração dele?
Eu acredito que minha administração será diferente da do Presidente Lula. O governo do Presidente Lula, do qual fiz parte, construiu uma base a partir da qual vou avançar. Não vou repetir a administração dele porque a situação no país hoje é muito melhor do que era em 2002.

Eu tenho os programas governamentais em andamento, que ajudei a desenvolver, como o chamado Minha Casa, Minha Vida, que é um programa de habitação.

Meus desafios são outros. Vou ter que solucionar questões como a qualidade da saúde pública no Brasil. Vou ter que criar soluções para problemas de segurança pública.

O Brasil passou por mais de 30 anos sem investir em infra-estrutura em uma quantidade suficiente. O governo do Presidente Lula começou a mudar isso. Eu tenho que resolver as questões rodoviárias no Brasil, as ferrovias, as estradas, os portos e os aeroportos.

Mas há uma boa notícia: descobrimos petróleo em águas profundas.

A Sra. está sugerindo que essa descoberta irá financiar a infra-estrutura?
Criamos um Fundo Social [no qual] alguns dos recursos do governo oriundos da descoberta do petróleo serão investidos em educação, saúde, ciência e tecnologia.

A Sra. tem que preparar o pais para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas.
Sim, mas eu também tenho outro compromisso, que é acabar com a pobreza absoluta no Brasil. Nós ainda temos 14 milhões na pobreza. Esse é meu maior desafio.

Todos os empresários que conheci em São Paulo disseram que precisam estar muito preparados para as reuniões com a Sra., porque a Sra. conhece bem a maioria dos projetos.
Sim, é verdade. Eu acho que é uma característica feminina. Nós apreciamos os detalhes. Eles, não.

O que significa, para a Sra., ser a primeira mulher Presidente do Brasil?
Até eu acho incrível.

Quando a Sra. decidiu que queria ser Presidente?
Foi um processo. Não há uma data. Comecei a trabalhar com o Presidente Lula e ele começou a dar algumas dicas sobre eu vir a ser indicada à presidência, mas ele não foi claro no começo. Foi uma grande honra para mim, mas eu não estava esperando.

A partir do momento que ficou claro para mim que eu seria indicada, dois anos atrás, eu sabia que tínhamos criado as condições adequadas para tornar possível a vitória nas eleições. O Presidente Lula teve uma excelente administração e o povo brasileiro reconheceu e admitiu isso. Somos uma administração diferente – nós ouvimos o povo.

A Sra. recentemente lutou contra o câncer.
Sim, mas acredito que consegui lidar bem com isso. As pessoas têm que saber que o câncer pode ser curado. Quanto mais cedo você descobre, melhores suas possibilidades de cura. É por isso que a prevenção é importante. . . .

Acredito que o Brasil estava preparado para eleger uma mulher. Por quê? Porque as mulheres brasileiras conquistaram isso. Eu não cheguei aqui sozinha, só pelos meus méritos. Somos a maioria neste país.

PS: Original em inglês aqui. Todos os textos d’O Biscoito Fino e a Massa estão licenciados em Creative Commons. Ou seja, você pode reproduzi-los à vontade, desde que com correta atribuição de autoria (ou de tradução, conforme o caso) e link para a fonte.


A INCOMPETÊNCIA TUCANA NA GESTÃO DO FUNDEB - por NAMARIA NEWS

Como a Educação de SP trata (mal) o dinheiro do FUNDEB

Recebemos mensagem muito estranha.
Trata-se de e-mail da "Diretoria da Divisão de Finanças da Coordenadoria de Ensino do Interior", enviado em 17/novembro/2010 para todas as Diretorias de Ensino do interior do Estado de São Paulo.

O texto diz que os recursos do FUNDEB não podem sobrar e, caso existam sobras, devem ser revertidas ao Tesouro de SP. O prazo final para o extreme make over monetário era 17/novembro, até 16 horas.

O FUNDEB, para quem não se lembra ou está acostumado, é o
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio. Substituto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que vigorou de 1997 a 2006, o Fundeb está em vigor desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020.
Atente bem: o e-mail foi enviado no dia 17 e a data limite para adoção da medida era no mesmo dia, percebeu? Como precisamos entender deste riscado, por gentileza, clique na imagem abaixo para ampliá-la e ler seu conteúdo. Depois volte para acompanhar raciocínio. Deve haver uma lógica, não é?




Por quê? Como assim? Quando? Onde? Quanto?

  • Por que o governo de São Paulo, na figura de Paulo Renato Costa Souza (secretário da Educação) não conseguiu usar a verba total do FUNDEB?
  • Como se faz essa manobra de fundos?
  • É normal, correto, legal transformar sobras do FUNDEB em dinheiro do Tesouro de SP?
  • Em caso de sobras de dinheiro do FUNDEB, o que deveria ser feito legalmente com ele?
  • Se o Estado não usou em tempo hábil a verba do FUNDEB para as áreas destinadas, o que acontece com o responsável pelo uso da verba?
  • Caso seja feita essa reversão pedida com urgência pela Secretaria de Educação de São Paulo, qual destino pode ser dado ao dinheiro? É livre? A SEE-SP irá converter a sobra e empregá-la em quaisquer de seus projetos? Quais?
  • Abonos dos professores da Rede podem ser pagos com as "sobras" do FUNDEB? Então por que não usá-las com este fim?
  • Qual o papel do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (CACS) de São Paulo nessa história?
  • Como fica no Tribunal de Contas de SP?
  • É prática comum do Estado essa atitude? Quantas vezes já ocorreu a manobra?
Algumas respostas serão sempre mistério inenarrável, como a da primeira pergunta. Paulo Renato em toda sua competência histórica não conseguiu administrar bem as verbas do FUNDEB para São Paulo - é como diriam no Twitter: #fact. A prova da má administração é a própria mensagem apressada enviada ao financeiro das Diretorias de Ensino.

O que poderia ter sido feito com o dinheiro que sobrou?

Melhores reformas nas escolas, mais amplas e de qualidade; melhora nos laboratórios de informática com mais máquinas e outros equipamentos; melhora na merenda escolar e coisas do gênero. Mas tudo isso já existe na Educação do Estado, tudo isso já é executado em projetos mirabolantes - o problema é que são feitos com os de sempre, nos mesmos moldes e andamento.

Há casos de reformas caríssimas em que as empresas "se esqueceram" de colocar conduítes nas paredes, então não tem como passar fiação nas salas de informática, que ficam sem telefonia ou antenas ou tomadas suficientes; há casos de falta de interruptor de luz, então desde o dia da reforma as lâmpadas permanecem acesas; há casos de reformas para resolver enchentes nas escolas, que depois de feitas pioraram ainda mais a situação; em outras escolas torneiras necessárias não foram colocadas onde deveriam. Tem de tudo por aí.

O secretário da Educação também poderia repassar verbas que sobram aos municípios, através de convênios, para resolver ou amenizar problemas educacionais? Sim, sem dúvida.

Assim como teria chance de incrementar o abono dos professores, já que as sobras do FUNDEB devem ser usadas para esta finalidade.

Mas Paulo Renato também poderia ter usado as verbas em concurso público para o quadro de professores. Daí você vai dizer que houve concurso em 2010. Sim, mas o recente concurso não cobre a demanda de professores, muito menos resolve o problema dos temporários nas escolas.

Ele também poderia investir em aperfeiçoamento dos professores. Por exemplo, se fossem capacitados adequadamente, não haveria necessidade de Paulo Renato ter criado um "projeto" dentro do projeto Centros de Estudos de Línguas (CELs), que agora contrata escolas privadas de idiomas (espanhol, inglês...) para dar as mesmas aulas aos alunos do ensino médio, porém com valores superiores aos que são pagos aos professores da rede pública. As empresas credenciadas podem ser vistas no Diário Oficial, através da consulta Credenciamento nº 15/0002/10.

Os "terceirizados poderão receber cerca de R$ 720,00" por duas aulas semanais ao mês, enquanto o "professor da rede pública recebe por uma jornada de trabalho de 30 horas semanais, cerca de R$ 1.200,00 por mês, incluídas as gratificações", é o que mostra (entre outras informações interessantíssimas) o excelente documento de Representação do Deputado Estadual do PT, Antônio Mentor, ao Procurador Geral da Justiça do Estado de SP, Dr. Fernando Grella Vieira, em 18/maio/2010. Deputado Mentor questiona ainda:
i. como se explica que esteja sendo habilitada pela FDE a Escola de
Profissões S.A. , empresa que compõe o Grupo Anhanguera de
Ensino, que conta em sua diretoria com Maria Elisa Ehrhardt
Carbonari, também membro do Conselho Estadual de Educação, o
colegiado que definiu as regras do credenciamento;

ii. como se explica que em todas as cidades abrangidas pelos editais da
FDE tenham se credenciado, nas mesmas e exatas condições, filiais
da empresa Multi Treinamento e Editora Ltda.?

A Multi Treinamento é uma empresa de Campinas, nome atual da Alps Brasil Editora e Treinamento LTDA, que por sua vez faz parte de um dos maiores grupos educacionais do país, o Grupo Multi. Credenciada também está a Wizard Idiomas (igualmente de Campinas), assim como a Skill Idiomas. Em comum, elas têm o fato de pertencerem ao Grupo Multi, do Sr. Carlos Wizard Martins. A Kinea, do Itaú, tem participação minoritária no Grupo, cujo dinheiro (R$200 milhões) é usado para novas aquisições. Carlos também é dono da Microlins (antes pertencente à Rede Anhanguera), da Bit Company, da SOS Educação Profissional, da Quatrum English Schools etc..

Coincidentemente, a Wizard é cliente da Prismapar, empresa de consultoria do filho do Sr. Paulo Renato Costa Souza, o Sr. Renato Souza Neto, cujo endereço e espírito são os mesmos da PRS Consultores, firma do nosso Secretário da Educação. Um caso de sucesso.

A Escola de Profissões merecerá capítulo especial.


Quer saber um pouco mais sobre o FUNDEB?

- O que é:
É um importante compromisso da União com a educação básica, na medida em que aumenta em dez vezes o volume anual dos recursos federais. Além disso, materializa a visão sistêmica da educação, pois financia todas as etapas da educação básica e reserva recursos para os programas direcionados a jovens e adultos.

A estratégia é distribuir os recursos pelo país, levando em consideração o desenvolvimento social e econômico das regiões — a complementação do dinheiro aplicado pela União é direcionada às regiões nas quais o investimento por aluno seja inferior ao valor mínimo fixado para cada ano. Ou seja, o Fundeb tem como principal objetivo promover a redistribuição dos recursos vinculados à educação.

A destinação dos investimentos é feita de acordo com o número de alunos da educação básica, com base em dados do censo escolar do ano anterior. (...)
(Fonte)

(...) É um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual (um fundo por estado e Distrito Federal, num total de vinte e sete fundos), formado por parcela financeira de recursos federais e por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios, vinculados à educação por força do disposto no art. 212 da Constituição Federal. Independentemente da origem, todo o recurso gerado é redistribuído para aplicação exclusiva na educação básica.

O aporte de recursos do governo federal ao Fundeb, de R$ 2 bilhões em 2007, aumentou para R$ 3,2 bilhões em 2008, aproximadamente R$ 5,1 bilhões para 2009 e, a partir de 2010, será de 10% da contribuição total de estados e municípios.
(...) (Fonte)
- Recursos do FUNDEB destinados ao estado de São Paulo em 2009 e 2010:

Fonte: site Fazenda - Estados e Municípios Transferências Constitucionais.

- O FUNDEB é Federal, Estadual ou Municipal?
O Fundeb não é considerado Federal, Estadual, nem Municipal, por se tratar de um Fundo de natureza contábil, formado com recursos provenientes das três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal); pelo fato da arrecadação e distribuição dos recursos que o formam serem realizadas pela União e pelos Estados, com a participação dos agentes financeiros do Fundo (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) e, em decorrência dos créditos dos seus recursos serem realizados automaticamente em favor dos Estados e Municípios de forma igualitária, com base no nº de alunos. Esses aspectos do Fundeb o revestem de peculiaridades que transcendem sua simples caracterização como Federal, Estadual ou Municipal. Assim, dependendo da ótica que se observa, o Fundo tem seu vínculo com a esfera Federal (a União participa da composição e distribuição dos recursos), a Estadual (os Estados participam da composição, da distribuição, do recebimento e da aplicação final dos recursos) e a Municipal (os Municípios participam da composição, do recebimento e da aplicação final dos recursos). (Fonte - arq. PDF)
- Animação básica para iniciantes sobre o FUNDEB, da qual retiramos três imagens sobre o uso das verbas:





- Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB - o que é e consulta no site do FNDE (link logo abaixo do título; depois escolha Estado e UF: SP). Verá que o atual Conselho paulista está ativo desde 2007 e o mandato é de 24 meses. Conheça a Portaria nº. 344, de 10.10.2008, que estabelece procedimentos e orientações sobre a criação, composição, funcionamento e cadastramento dos Conselhos.

- Outras respostas sobre o FUNDEB podem ser encontradas na página de Perguntas Frequentes. Importante ler sobre a Fiscalização (ver as penalidades) e a Remuneração do Magistério (a parte do abono é interessante).


Ler mais: http://namarianews.blogspot.com/#ixzz17Wvv0FiK