quarta-feira, 7 de julho de 2010

VICENTINHO DESMONTA A MENTIRA DE SERRA

Vicentinho: Serra continua assumindo feitos que não são dele

por Conceição Lemes

Há duas semanas foi ao ar o programa nacional do PSDB. José Serra, candidato tucano à Presidência da República, ocupou metade da apresentação, onde foi dito que ele criou o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e o seguro-desemprego.

O site de Serra insiste: Emenda de Serra criou o FAT e tirou o seguro o seguro-desemprego do papel.

Na Convenção Nacional do PTB, em 12 de junho, o próprio Serra alardeou em seu discurso:

Fui também o autor da emenda à Constituição brasileira que instituiu o que veio a ser o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT. O Fundo, hoje, é o maior do Brasil e é patrimônio dos trabalhadores brasileiros, e financia o BNDES, a expansão das empresas, as grandes obras, os cursos de qualificação profissional, o salário dos pescadores na época do defeso. Tudo isso vem do FAT. E tenho orgulho de ter iniciado esse processo.

Graças ao FAT, também, tiramos o seguro-desemprego do papel e demos a ele a amplitude que tem hoje. O seguro-desemprego dormia há mais de 40 anos nas gavetas. Existia na lei, mas pouco na prática. Conseguimos viabilizá-lo e ele já pagou mais de 50 milhões de benefícios na hora mais difícil de qualquer família e de qualquer trabalhador.

“Nem o FAT nem o seguro-desemprego são criações do Serra”, afirma o deputado federal Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Eu respeito o Serra, mas ele não pode usar a mentira como expediente para se promover e alavancar a sua candidatura, pois ele vai perder mais credibilidade.Ainda mais hoje em dia que, graças à internet, tudo é descoberto rapidamente.”

JORGE UEQUED É AUTOR DA LEI DO FAT; SARNEY CRIOU O SEGURO-DESEMPREGO

Vicentinho tem razão. O autor de projeto de lei (PL) que criou o FAT é o ex-deputado federal Jorge Uequed (PMDB-RS), considerado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – o Diap — um constituinte nota 10. O PL é o número 991, de 1988. Ele foi apresentado em 11 de outubro de 1988.

O projeto de Serra sobre o Fundo de Amparo ao Trabalhador foi apresentado sete meses depois: 5 de maio de 1989. Recebeu o número 2250/1989.

Na sessão de 13 de dezembro de 1989, foi considerado prejudicado pelo plenário da Câmara dos Deputados devido à aprovação do projeto de Jorge Uequed.

O trâmite do projeto de Serra na Casa comprova que o candidato tucano à Presidência está faltando com a verdade em relação ao FAT.

Quanto ao seguro-desemprego, Serra reincide. Na campanha de 2002, o presidenciável tucano já havia trombeteado que criara o seguro-desemprego. A Frente Trabalhista, então integrada pelo PTB, PPS (hoje aliados de Serra) e PDT, contestou.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada em 10 de agosto de 2002, o senador José Sarney (PMDB-AP) desmentiu Serra: “Não sei de onde ele tirou que criou o seguro-desemprego. O seguro foi criado no meu governo. Na época, ele [Serra] era secretário de Economia e Planejamento do governador Franco Montoro”.

Verdade. O seguro-desemprego foi criado em 1986, quando Sarney ocupava a Presidência da República. Foi instituído junto com o Plano Cruzado pelo decreto-lei nº 2.284, de 10 de março de 1986. Passou a ser concedido aos trabalhadores após a sua regulamentação, que ocorreu 40 dias depois, pelo decreto nº 92.608, de 30 de abril do mesmo ano.

“Se o Serra mente assim na campanha que dirá, depois, governando”, arremata Vicentinho. “Ainda bem que ele não vai ganhar.”

puxadinho do viomundo.com.br

MARCOS COIMBRA

São Paulo e Minas Gerais

De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Para os profissionais do ramo e os interessados por política, nenhuma eleição é igual à outra, mesmo que aconteçam ao mesmo tempo. Agora, por exemplo, que teremos eleições simultâneas para cinco cargos, escolhendo seis nomes, eles são capazes de enxergar as particularidades de cada uma, percebendo as diferenças, pequenas ou grandes, que existem entre elas.

Para a maioria da população, no entanto, a política e as eleições não são coisas tão nítidas. Estão em um mundo distante, nebuloso, longe do cotidiano. Sua linguagem é monótona, repetitiva. Salvo exceções notáveis (Lula, por exemplo), seus personagens são todos parecidos, falam e fazem igual. Normalmente, as pessoas mal se lembram delas.

Até um dia em que tudo muda e as eleições invadem a vida. É quando elas chegam à televisão, inundando a programação, mudando horários e forçando a todos que se adaptem. Com centenas de candidatos tentando conquistar sua atenção, o cidadão costuma se confundir e misturar alhos com bugalhos.

Nas eleições deste ano, uma parte importante do eleitorado brasileiro será submetida a uma dificuldade adicional. Em São Paulo e em Minas Gerais, dois dos principais campos de batalha entre governo e oposição, os eleitores ouvirão mensagens dissonantes dos maiores partidos. PSDB e PT vão falar as mesmas coisas, mas vão querer que eles as entendam de maneiras diferentes.

Em São Paulo, o PSDB começa a etapa final da campanha em franca vantagem, com Geraldo Alckmin muito à frente de Aloísio Mercadante. Não quer dizer que vai ganhar, mas, se o ex-governador confirmar o favoritismo, será o quinto governo tucano em sequência no mais importante estado da federação.

O enfrentamento PSDB/PT nessas condições é uma espécie de cópia invertida da eleição presidencial. O jogo é o mesmo, mas os papeis de governo e oposição estão trocados. Por serem situação, os tucanos não acham que o estado precise de qualquer mudança. Inversamente, os petistas não querem nem ouvir falar de continuidade, sua bandeira por excelência na eleição federal. E não deixa de ser curioso observar o bailado que fazem, ora defendendo aqui o que criticam ali, ora considerando inaceitável em um nível a mesma coisa que justificam no outro.

Um jogo com componente contraditório semelhante acontece em Minas Gerais, mesmo que a disputa do PSDB não seja diretamente com o PT. No estado, a briga será entre Antonio Anastasia e Hélio Costa, do PMDB, coligado ao PT e com duas importantes lideranças petistas ao seu lado na chapa majoritária. Dessa feita, no entanto, não são os conceitos de oposição e governo que ficam embaralhados, mas os modos de posicionar os candidatos.

O PSDB mineiro não tem como escapar da valorizar a associação entre seu candidato e Aécio, pois Anastasia não tem biografia política autônoma, ainda que tenha disputado, como vice, a última eleição. Reconhecendo a popularidade do ex-governador e a boa avaliação de seu governo, a alternativa do PMDB é chamar a atenção para a biografia política e eleitoral do ex-ministro (sem descurar, é claro, de mostrá-lo ligado a Lula).

Ou seja, na hora em que começar para valer a campanha, um lado precisará ter muito cuidado para não propor, no plano estadual, o oposto do que prega no nacional. A campanha Dilma, a que mais tempo de televisão terá, vai insistir em uma argumentação que aproxima o eleitor mineiro de Anastasia. A de Serra, também poderosa, fará o inverso, jogando lenha na candidatura peemedebista.

Paradoxalmente, a campanha do PSDB para permanecer à frente dos governos estaduais em São Paulo e em Minas pode, por razões diferentes, reforçar a imagem da candidata de Lula, enquanto que as de Aloísio Mercadante e de Hélio Costa terão um simbolismo favorável a Serra.

Considerando que os dois estados, juntos, têm mais de 43 milhões de eleitores, representando, quase exatamente, um terço do eleitorado brasileiro, essas ambiguidades podem ter consequências decisivas no resultado final. É difícil antecipar o que prevalecerá, se o local sobre o nacional ou vice-versa. Mas o potencial de influência de um sobre o outro existe e é grande.

O certo é que cada campanha seguirá a lógica que todas obedecem, a de fazer o possível para vencer. Dilma vai pensar na dela, mesmo que prejudique aliados aqui ou acolá. O mesmo fará Serra. Que é o que farão as campanhas dos candidatos a governador em São Paulo e em Minas Gerais. Cada um puxando a brasa para sua sardinha.

Farinha pouca, meu pirão primeiro.

Encontro Suprapartidário de Prefeitas(os) e Vices - 12 de julho




A Secretaria Estadual de Assuntos Institucionais do PT-SP (Seai), juntamente com os prefeitos, as prefeitas e vices dos Partidos Coligados (PT, PDT, PCdoB, PR, PRB, PRP, PRTB, PSDC, PTdoB e PTN), realizam o Encontro Suprapartidário dos(as) Prefeitos(as) e Vices.

Dia: 12 de Julho – Segunda-feira
Hora: 11h.
Local: Hotel Travel Inn Braston Augusta, Rua Augusta, 467 – Cerqueira Cesar – São Paulo/SP

Confirmação de presença e mais informações: Jane, fone: 11 2103-1379

GOVERNO LULA APOIA O MICROEMPRESARIADO

Após um ano de funcionamento, cerca de 400 mil pessoas fizeram cadastro no programa Microempreendedor Individual, lançado em 1º de julho de 2009 com o objetivo de legalizar quem trabalha por conta própria, segundo informou hoje (6) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A meta é chegar ao final deste ano com 1 milhão de cadastrados.

De acordo com o ministério, entre as atividades com maior número de inscrições no programa estão comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (9,55%), cabeleireiros (7,27%) e lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares (3,25%). Também estão na lista comércio de produtos alimentícios, como minimercados, mercearias e armazéns (3,24%), bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas (3,18%), confecção sob medida de peças do vestuário (2,69%), entre outros segmentos.

O programa prevê a formalização dos pequenos empreendedores que faturam, no máximo, R$ 36 mil por ano e empregam até um funcionário que receba salário mínimo ou o piso da categoria. Para se cadastrar, o interessado não pode ter participação em outra empresa.

O ministério lembra que os cadastrados são enquadrados no Simples Nacional. Ficam isentos dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL) e pagam o valor fixo mensal de R$ 57,10 (setores de comércio ou indústria) ou R$ 62,10 (setor de prestação de serviços). Esse dinheiro é destinado à Previdência Social e ao pagamento de ICMS ou ISS. Contribuições que permitem o acesso aos benefícios previdenciários, como auxílio-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria, entre outros.

Outra vantagem apontada pelo ministério é que os pequenos empresários legalizados ainda têm direito a aquisições de bens e serviços oferecidos pelos governos, com dispensas de escrituração fiscal e contábil e de algumas vistorias prévias. Por lei, os escritórios de contabilidade optantes do Super Simples devem orientar gratuitamente os novos empreendedores a fazer a primeira declaração de Imposto de Renda. A formalização do empreendedor individual é feita somente pela internet, no Portal do Empreendedor.

Agência Brasil

DILMA, MAIS UMA VITÓRIA DO POVO

O começo DILMA vitória do povo

Começa a campanha eleitoral, com o registro das candidaturas nos tribunais regionais e no TSE. O PT atingiu quase todas as metas que deliberamos em nosso 4º Congresso. A prioridade da eleição presidencial foi cumprida e a visão de ampla aliança com base na coalizão que sustenta o governo Lula foi materializada na coligação que apoia Dilma e Temer. Como diria um amigo nosso, nunca antes na história deste partido fomos tão amplos e tão bem sucedidos em nossa aliança. O PT soube ceder em vários estados, na composição das chapas majoritárias. Queremos crescer, como todo partido. Mas hoje temos a responsabilidade de crescer com os aliados e trabalhar para manter no comando da República o projeto que transforma o Brasil.

Nossa candidata, que, para muitos da oposição e até para alguns na base e no PT, era uma aposta arriscada, mostrou que tem “café no bule” e chega ao começo da campanha empatada com Serra, na pior das hipóteses e das pesquisas. Dilma está segura, tem um amplo apoio partidário, tem o suporte da maioria dos movimentos sociais e de grande parte do empresariado. Tem um programa de governo realista e ousado, baseado no sucesso dos oito anos de Lula, nos quais ela foi peça fundamental. Nossos adversários não tem programa de governo e ainda tem que explicar o governo FHC e o governo Serra em São Paulo, com seus pedágios, educação decadente e segurança pública em crise permanente.

Estamos bem, mas não ganhamos nada ainda. Temos que construir esta vitória nas ruas, com o povo, para vencer as eleições e consolidar politicamente o projeto que queremos para o Brasil.

O povo sabe, agora, que crescer é possível e que para crescer é necessário distribuir, é preciso ter uma nova visão do papel do Estado e uma nova inserção internacional. A campanha nacional do PT deve mostrar que isso será muito mais efetivo se a grande maioria das 27 unidades da federação estiver com o projeto nacional. Nós, de São Paulo, devemos ter competência para demonstrar que o estado que tem 25% da população e 40% do PIB é peça chave do projeto e é vital termos alguém alinhado no Palácio dos Bandeirantes. A vitória de Aloizio Mercadante pode ser uma alavanca fundamental para um sucesso ainda maior do governo Dilma.

Agora é hora de trancar todos os saltos altos no armário e colocarmos os pés no chão, amassar o barro e conquistar a vitória de um sonho que mostrou ser viável. Às ruas, PT.

Ricardo Berzoini é deputado federal e foi presidente nacional do PT

terça-feira, 6 de julho de 2010

SERRA, "LADRÃO" CONTUMAZ DO TRABALHO DOS OUTROS

Serra mente de novo, e "rouba" lei do FATde Jorge Uequed

José Serra (PSDB/SP) foi pego na mentira de novo.

Ele tem falado por aí, nas propagandas demo-tucanas na TV que é autor da emenda (lei) que criou o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e garantiu o seguro-desemprego.

É pura mentira.

O seguro-desemprego foi criado em 1986, no governo Sarney, instituído junto com o Plano Cruzado pelo decreto-lei nº 2.284, de 10 de março de 1986. Passou a ser concedido aos trabalhadores após a sua regulamentação, que ocorreu 40 dias depois, pelo decreto nº 92.608, de 30 de abril do mesmo ano.

O FAT foi criado pelo projeto de lei PL-991/1988, de autoria do ex-deputado federal Jorge Uequed (PMDB-RS), apresentado em 11 de outubro de 1988.

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Serra tentou "piratear" o projeto de Jorge Uequed sete meses depois, apresentando o PL-2250/1989, em 5 de maio de 1989.

Na sessão de 13 de dezembro de 1989, o projeto "pirata" de Serra foi desconsiderado pela Câmara dos Deputados, devido à aprovação do projeto original de Jorge Uequed.

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O trâmite do projeto de Serra na Casa comprova que o candidato demo-tucano à Presidência mentiu tanto em relação ao seguro-desemprego quanto em relação ao FAT.

Aliás, Serra também mente e "pirateou" os genéricos. Quem fez o decreto que implantou os genéricos foi Jamil Haddad, quando era ministro da Saúde de Itamar Franco.

Do Blog Amigos do Presidente Lula, a partir de informações do Viomundo.

AS DIFERENÇAS DE MERCADANTE E ALCKMIN - Vamos Fazer em São Paulo o que Lula Fez no Brasil


Do Valor

Alckmin e Mercadante têm programas antagônicos

Ana Paula Grabois e Vandson Lima, de São Paulo
06/07/2010

Os dois candidatos a governador de São Paulo à frente na pesquisas, Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT), têm programas de governo antagônicos. Alckmin busca a continuidade das políticas no Estado administrado há 16 anos pelo PSDB. Mercadante faz críticas à gestão tucana, propõe políticas estaduais em sintonia fina com os programas do governo federal e tenta colar a sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O que Lula fez para o Brasil, Mercadante poderá fazer por São Paulo", diz o texto. Segundo o o programa de Mercadante, registrado ontem no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), elege como "prioridades absolutas" as áreas de educação, segurança, saúde, transporte e habitação.

Nas propostas tucanas, o sinal é de manutenção das políticas já adotadas, exceto na questão fiscal. Alckmin promete a desoneração tributária, iniciada quando foi governador (entre 2002 e 2006), mas estancada pelo sucessor e candidato a presidente José Serra (PSDB). Alckmin defende a redução dos tributos para aumentar a competitividade da indústria local. Na educação, o tucano propõe ampliar cursos de nível superior à distância, o horário integral na escola e a "valorização contínua" dos professores. Já Mercadante quer o fim do sistema de aprovação automática, a construção de escolas, cursos noturnos para adultos e a contratação de professores.

Na saúde, a ênfase petista é o aumento da parceria com os programas federais, como o Programa de Saúde da Família (PSF) e as Unidades de Pronto-Atendimento (Upas). O candidato do PSDB dá ênfase a parcerias entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e entidades filantrópicas. Alckmin quer aperfeiçoar o PSF, integrando o programa aos de transferência de renda.

Na segurança, o tucano promete a ampliação do número de delegados de polícia, a construção de mais presídios e o fim da carceragens em delegacias. Mercadante defende o aumento do salário dos policiais e a integração com o governo federal. O petista pretende ampliar a parceria com a Polícia Federal e a presença do Programa Nacional de Segurança e Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, no Estado. O programa do PT sugere a reconstrução do sistema prisional para a "retomada do controle dos presídios". Nos transportes, os dois candidatos prometem a ampliação do metrô e a construção do trem de Guarulhos. Alckmin defende ainda a construção de um terceiro terminal no Aeroporto Internacional.

candidato do PV, Fabio Feldmann, tem um programa dedicado à agenda ambiental, com a criação de uma economia de baixo carbono, criativa e da biodiversidade. Celso Russomanno, do PP, defende uma reforma administrativa que reduza o peso do Estado. Entre os concorrentes ao Palácio dos Bandeirantes, Paulo Skaf, candidato do PSB se declarou o mais rico, com patrimônio de R$ 10,8 milhões, valor que supera em dez vezes os de Alckmin, Feldmann e Russomanno e em 20 vezes o de Mercadante. O candidato ao Senado Orestes Quércia (PMDB) declarou patrimônio de R$ 117,4 milhões. Sua concorrente Marta Suplicy (PT) informou ter patrimônio de R$ 11,9 milhões.

SERRA E RORIZ JUNTAM SUAS FICHAS...LIMPAS?


Aliança com Roriz no DF suja o discurso "ficha limpa" de Serra

A campanha presidencial de José Serra se iniciou com uma macha indisfarçável. Apesar de ostentar como vice um dos relatores do projeto Ficha Limpa na Câmara Federal, palanques como o Distrito Federal, encabeçado pelo ex-governador e ficha-suja Joaquim Roriz (PSC), inviabilizam o discurso hipócrita dos tucanos em defesa da ética.

Batizada de “Esperança Renovada”, a chapa Roriz-Serra, composta por nove partidos, não é uma coisa nem outra. É a síntese do atraso que ronda o Distrito Federal — onde, aliás, o presidente regional do PSDB, Márcio Machado, é acusado de ser um dos operadores do “mensalão do DEM”.

Segundo ele, o apoio não é defendido apenas pelos dirigentes tucanos locais. Após ameaçar abandonar o barco rorizista durante o fim de semana, o PSDB cedeu. "Houve um pedido da Executiva Nacional, que quer um palanque forte para o Serra aqui no DF", disse Márcio Machado.

Pelo acordo, firmado horas antes do prazo limite da Justiça eleitoral, a chapa terá Roriz como candidato ao governo e Maria de Lourdes Abadia como candidata ao Senado pelo PSDB. A outra vaga ao Senado será disputada pelo deputado federal Alberto Fraga, do DEM. Sobre o apoio a Roriz, Maria de Lourdes Abadia esbanjou sinceridade: “Não restava opção”.

O presidente do DEM-DF, senador Adelmir Santana, deu a mesma justificativa para a aliança com Roriz. "Não tínhamos opção. E o DEM é um partido muito forte para ficar fora das eleições", disse. Até o ano passado, o DEM dava como certa a reeleição do ex-governador José Roberto Arruda. Ele, no entanto, foi acusado de chefiar um esquema de corrupção conhecido como "Mensalão do DEM". O ex-governador chegou a ser preso por obstrução da Justiça, teve o mandato cassado e foi expulso da legenda.

Um currículo para constranger a campanha Serra

Mesmo sem Arruda, os problemas já começam a assombrar a “chapa suja” de Roriz e Serra. A lista completa de todos os candidatos será publicada pelo TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral) na quinta-feira (8). O Ministério Público terá então cinco dias úteis para entrar com a impugnação das chapas atingidas pelo Ficha Limpa, e o procurador regional eleitoral do DF, Renato Brill de Góes, já anunciou que um dos alvos será justamente Roriz.

Joaquim Roriz tem um amplo currículo de irregularidades. Em 2007, foi protocolada uma representação contra o então senador por conta da revelação de conversas na qual ele discutia a partilha de um cheque de R$ 2,2 milhões com o então presidente do BRB, Tarcísio Franklim de Moura. O aliado de Serra renunciou para escapar de um processo de cassação. A Lei do Ficha Limpa torna inelegível por oito anos o político que se valer dessa manobra — mas os advogados de Roriz, como Paulo Fona, tramam uma saída.

Ex-governador do DF, Roriz foi o padrinho político do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), acusado de ser o chefe do mensalão do DEM. Segundo o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, o esquema de desvio de dinheiro público começou no governo Roriz.

O candidato do PSC-PSDB responde ainda a duas ações de improbidade administrativa. Numa das ações, o Ministério Público do DF quer que Roriz devolva R$ 13 milhões aos cofres públicos e fique inelegível até 2018 por suspeita de superfaturamento na compra de um hospital.

Em maio, Roriz foi condenado a pagar multa por ter usado um helicóptero do governo para ir à sua residência e à sua fazenda mesmo depois de deixar o cargo, no primeiro semestre de 2006. A condenação, contudo, não se enquadra no Ficha Limpa porque não foi uma decisão colegiada (grupo de juízes).

Da Redação, com agências vermelho.org.br

SERRA E SUA PROPAGANDA MENTIROSA - dá pra confiar?


Propaganda enganosa: Serra mente sobre FAT e Seguro Desemprego

José Serra (PSDB) afirmou, na TV, ser o criador do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT - e do Seguro Desemprego. O locutor do programa do PSDB repetiu várias vezes: "Foi o Serra que criou o maior patrimônio dos trabalhadores brasileiros, o FAT, Fundo de Amparo ao Trabalhador. Ele criou também o Seguro desemprego". Um levantamento feito com dados da Câmara dos Deputados revela que Serra mentiu.
A campanha de José Serra (PSDB) tem batido na tecla de que foi ele o responsável pela emenda à Constituinte que propiciou a criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e que ele também teria sido o grande responsável pela criação do Seguro Desemprego. “Foi o Serra que criou o maior patrimônio dos trabalhadores brasileiros, o FAT, Fundo de Amparo ao Trabalhador. Ele criou também o Seguro desemprego”, repetiu várias vezes o locutor do programa do PSDB, levado ao ar esta semana na TV.

Ele mesmo também não se cansa de alardear aos quatro cantos. “Fui o autor da emenda à Constituição brasileira que instituiu o que veio a ser o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT”. “O Fundo, hoje, é o maior do Brasil e é patrimônio dos trabalhadores brasileiros, e financia o BNDES, a expansão das empresas, as grandes obras, os cursos de qualificação profissional, o salário dos pescadores na época do defeso”, diz. “Graças ao FAT, também, tiramos o Seguro Desemprego do papel e demos a ele a amplitude que tem hoje”, repetiu o tucano na Convenção Nacional do PTB.

Mas, a realidade dos fatos não confirma as afirmações de José Serra e nem as de sua campanha. O Seguro Desemprego não teve nada a ver com sua atuação parlamentar. Ele foi criado pelo decreto presidencial nº 2.283 de 27 de fevereiro de 1986, assinado pelo então presidente José Sarney. O seguro começou a ser pago imediatamente após a assinatura do decreto presidencial. O ex-presidente José Sarney já havia desmentido as declarações do tucano em relação ao Seguro Desemprego. “Não sei de onde ele [Serra] tirou que criou o seguro-desemprego. O seguro foi criado no meu governo. Na época, ele [Serra] era secretário de Economia e Planejamento do governador Franco Montoro”, explicou o senador.

Depois, a Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, determinou em seu art. 239, que os recursos provenientes da arrecadação das contribuições para o PIS e para o PASEP fossem destinados ao custeio do Programa do Seguro Desemprego, do Abono Salarial e, pelo menos quarenta por cento, ao financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico, esses últimos a cargo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES.

Fomos então pesquisar a data exata da criação do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) já que Serra diz que foi uma emenda sua que propiciou a criação do fundo. Está lá nos anais da Câmara. O FAT foi criado pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS). O projeto diz textualmente: "DISCIPLINA A CONCESSÃO DO SEGURO DESEMPREGO, NA FORMA QUE ESPECIFICA, E DETERMINA OUTRAS PROVIDÊNCIAS. NOVA EMENTA: REGULA O PROGRAMA DO SEGURO DESEMPREGO, O ABONO SALARIAL, INSTITUI O FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR - FAT, E DA OUTRAS PROVIDENCIAS".

Como José Serra seguia insistindo em afirmar que foi ele o autor da lei que criou o FAT, fizemos então uma extensa pesquisa nos arquivos da Câmara dos Deputados da década de 80 e 90. Lá confirmamos que José Serra não está falando a verdade. Ele apresentou o projeto de lei nº 2.250, de 1989, com o objetivo de criar o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Foi apresentado em 1989. Portanto, não foi na Constituinte, como ele diz. O seu projeto tramitou na casa e foi considerado PREJUDICADO pelo plenário da Câmara dos Deputados na sessão do dia 13 de dezembro de 1989. O resultado da tramitação pode ser visto no link abaixo, da Câmara Federal: (www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=201454) . Os deputados consideraram o projeto prejudicado pelo fato de já ter sido apresentado o PL 991/1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB). Ou seja, um ano antes de Serra já havia a proposta de criação do FAT.

Nem o FAT foi criado por Serra e nem o Seguro Desemprego “saiu do papel” por suas mãos, como afirma a sua propaganda. A campanha tucana sobre Serra ter criado o FAT e “vestir a camisa do trabalhador” está, portanto, toda ela baseada numa farsa e numa mentira.

Fonte: Hora do Povo

segunda-feira, 5 de julho de 2010

SERRA, O CEIFADOR DA JUVENTUDE


O que os jovens devem esperar de José Serra?

O editor do Blog Juventude em Pauta!, Leopoldo Vieira, revela o conteúdo demogógico que o candidato tucano vem dirigindo em seu discurso para a juventude.

Por Leopoldo VieiraQuinta-feira, 1 de julho de 2010

José Serra está fazendo demagogia com a juventude brasileira. Neste tema, que tem conquistado a cada dia mais espaço na sociedade e na grande imprensa, configurando-se como um assunto central das eleições de outubro, o comportamento do candidato do PSDB é padrão: carência de ideias e propostas fazendo corta-luz para uma concepção conservadora.

Isso é facilmente mensurado comparando seu discurso e sua prática como governador de São Paulo e ministro do Planejamento e da Saúde da Era FHC.Em declaração recente à imprensa, o tucano prometeu: “no caso das famílias ligadas ao Bolsa Família, devemos dar para os seus filhos bolsas de manutenção para que possam cursar as escolas técnicas”.

Em seu discurso no ato de desincompatibilização eleitoral do governo paulista, foi demagogicamente taxativo: “vamos turbinar o ensino técnico e profissional, aquele que vira emprego. Emprego para a juventude, que é castigada pela falta de oportunidades de subir na vida. E vamos fazer de forma descentralizada, em parcerias com estados e municípios (...)”. Já na Convenção do PSDB, DEM e PPS que homologou sua candidatura em 13 de junho, jurou “criar mais de um milhão de novas vagas em novas escolas técnicas, com cursos de um ano e meio de duração, de nível médio, por todo o Brasil”.

Contudo, quando era o ministro-planejador do ex-presidente Fernando Henrique, foi coautor da lei que proibiu a expansão das escolas técnicas, senão apoiada na iniciativa privada. Como governador de São Paulo, recusou em 2009 verbas do MEC para ampliar a rede profissionalizante. Sempre classificou de “assistencialista” o Bolsa-Família e em vez de valorizar a cobrança da frequência dos jovens de baixa renda no ensino médio que o programa exige, evitando o trabalho precoce, Serra quer coloca-los antes dos 18 anos no mercado de trabalho, nos piores empregos, como atestam inúmeras pesquisas.

Ele cortou 64% das verbas pra educação em SP e não aplicou o piso salarial dos professores aprovado no Congresso, entretanto teve a coragem de dizer na Convenção das oposições: “meus sonhos continuam vivos no desejo de uma boa educação para os filhos dos pobres para que, como eu, cada brasileirinho, cada brasileirinha possa seguir seu caminho e suas esperanças”.

Sem dúvida, Serra representa uma ameaça aos avanços da política nacional de juventude, pois ainda o parco programa executado pelo estado de São Paulo, o Ação Jovem, que é uma bolsa de estudos para alunos de baixa renda entre 15 e 24 anos, encolheu de R$ 279,5 milhões, em 2006, para R$ 198,9 milhões no ano passado, uma queda de 38%. Não há hipótese de que não seria esse o destino do ProJovem, sem falar que foi o voto da oposição que reduziu o número de bolsas do ProUni como contrapartida da isenção fiscal quando da sua aprovação pela Câmara dos Deputado, quando o ex-exilado era presidente do PSDB.

Então, outro “compromisso” do ex-governador, anunciado no mesmo ato de desincompatibilização, pelo que propõe “pensemos no custo para o Brasil de não ter essa nova Educação em que o filho do pobre frequente uma escola tão boa quanto a do filho do rico” é mais uma palavra ao vento, na linha do “diga qualquer coisa para ganhar”, método recomendado por um graduado assessor dele.

Um ministério do extermínio e do encarceramentoNúmeros da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, divulgados em 05/2010, revelam que 40% dos jovens infratores paulistas estão internados na Fundação Casa, antiga FEBEM, sem necessidade. Dos 4.769 jovens presos (porque essa é a condição real) em São Paulo, em 2009, 1.787 não deveriam estar, pois não cometeram infrações graves. No dia 16 de maio, o jornal Agora São Paulo noticiou que o ex-governador tucano, na prática, criou a "Juventude" do PCC. Segundo o veículo de comunicação, "internos que integram uma versão juvenil do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que age nos presídios estaduais, domina setores de unidades da Fundação Casa (antiga Febem) na Grande São Paulo" e que "no início do mês, um adolescente foi detido na zona norte com um bilhete assinado `PCC Mirim`. O texto sugeria um ataque contra policiais militares nas ruas".

Um estudo chamado Mapas do Extermínio, elaborado por entidades ligadas ao combate à violência no país, com destaque para a ACAT-Brasil (Ação dos Cristãos para a Abolição da Tortura), publicado em 11/2009, revelou que a polícia do estado de São Paulo pratica a pena de morte. As vítimas da “pena de morte extrajudicial” são, em sua maioria, jovens entre 15 a 24 anos de idade, moradores das periferias de grandes cidades, negros e de baixa renda (classes D e E), em chacinas, execuções sumárias aplicadas em serviço e fora de serviço, e em mortes "misteriosas" de pessoas que se encontram sob custódia do Estado. 63% das pessoas que estão no sistema prisional paulista têm de 18 a 28 anos.

Em encontro com especialistas e parentes de dependentes químicos, o candidato tucano criticou o Plano Nacional de Combate ao Crack lançado pelo presidente Lula, dizendo não ver por que discutir a origem da droga seja desagradável, se referindo ao factoide criado em torno da suposta permissividade de Evo Morales para com traficantes. O Plano criticado por Serra estabelece que o Ministério da Saúde, com a aplicação de R$ 410 milhões, aumentará o número de leitos do SUS para o atendimento a dependentes químicos e o de CAPs e a construção de 60 abrigos, onde os usuários poderão permanecer por até 40 dias. Em seu governo paulista, a “Cracolância”, conjunto de bairros onde se prolifera o crack entre jovens pobres, não apenas seguiu existindo apesar das promessas contrárias do então candidato a governador, como cresceu a proporções calamitosas. E, acreditem, no cínico discurso em que homologou sua candidatura, José Serra, ex-presidente da maior entidade juvenil do Brasil e também do estado de São Paulo, nem tremeu em definir que “a maioria dos brasileiros quer se ver livre do tráfico de drogas, que fomenta o crime, destrói o futuro de jovens e de suas famílias. Quer a recuperação dos dependentes químicos. Eu também quero”.

Essas notícias fecham a política de juventude de um eventual governo Serra a partir do exemplo de São Paulo: corta-se o orçamento das políticas sociais para os jovens e se cria um ministério para intensificar a repressão, promover pirotecnias constituir o terreno para não apenas manter ou entregar a juventude para o crime, como promover sua "filiação" às organizações criminosas de altíssima periculosidade social.

Depois de amplos setores do PSDB e dos aliados DEM serem os baluartes das posições contra as cotas sócio raciais no ensino superior e da proposição da redução da idade penal, de suas administrações serem experiências-piloto do Toque de Recolher e mais todo esse contexto paulista, José Serra vem defender a criação de um ministério específico para a segurança públicas. Será o ministério do "encarceramento e extermínio da juventude", especialmente a negra e de baixa renda.

Participação juvenil: arquivar Conferência, Conjuve e marco legal“O governo deve ouvir a voz dos trabalhadores e dos desamparados, das mulheres e das famílias, dos servidores públicos e dos profissionais de todas as áreas, dos jovens e dos idosos”.Essa é mais uma jogada de cena do presidenciável do PSDB.No dia 26 de março, na ALESP, 500 jovens lotaram o auditório onde aconteceu a audiência pública, organizada pela UEE-SP, UBES, UPES e UNE, com o objetivo de pressionar os parlamentares a aprovarem a PEC 09/2009, que prevê a criação de um Fundo Social com os royalties do pré-sal de SP cujos recursos devem ser aplicados no financiamento da educação paulista.

Na manifestação pacífica, o governador José Serra forçou o confronto com a PM e fez uso desproporcional da força policial contra estudantes e professores, dezenas de pessoas ficaram feridas, entre elas o estudante Augusto Chagas, presidente da UNE.Afirma que é uma “anomalia” entidades de classe receberem e darem apoio a governos, dizendo-se “do tempo que (sic) a UNE era independente (...) não era oficialista como é agora", sem explicar, claro, o que foi fazer no Comício da Central, em 1964, ao lado do presidente João Goulart, Brizola e Arraes, em apoio às Reformas de Base. Logo, é Serra quem julga a legitimidade, representatividade e justeza de um movimento juvenil.

Por outro lado, foi muito esclarecedora a entrevista de Mariana Montoro, neta do ex-governador paulista Franco Montoro e Coordenadora Estadual de Juventude do Governo de São Paulo, ao Diário do Grande ABC em 09/2009: “nosso conselho estadual não engrena de jeito nenhum. É difícil o conselho do jeito que ele é hoje. Tem uma burocracia que atrapalha" e arrematou: "a criação do órgão específico não é garantia de que existam políticas para a juventude".Ambos os casos, da UNE e Mariana, nos levam a temer pelo futuro, por exemplo, da Conferência e do Conselho Nacional de Juventude e, junto com eles, pelo futuro de questões a estes vinculadas, como a PEC, o Estatuto e o Plano Nacional da Juventude, que formam o marco legal.Jovens brasileiros não são uma banda numa propaganda.

Mas, assim como seu discurso “paz e amor”, rapidamente mutado para a linha “oposição radical”, e seus factoides não tem surtido efeito no eleitorado em geral, entre a juventude e a faixa populacional que acaba de sair da fase/grupo social (25 a 34 anos), o crescimento da pré-candidata do PT foi bombástico, segundo o último levantamento do insuspeito Instituto Datafolha.

Entre os jovens de 16 a 24 anos, Serra lidera com apenas 3 pontos de vantagem: 39 a 36%. Em março, ele tinha 48% e Dilma 28. Em abril, o tucano cravava 45% contra 27% de Dilma.Entre o público de 25 a 34 anos (os que se lembram do segundo governo de FHC), Dilma já ultrapassou Serra, conquistando em maio 42% das intenções de voto, contra 36% do ex-governador de São Paulo. Em março, Serra abria 41 a 31%, seguido de 41 a 33% em abril.Claro que ainda há trabalho a fazer, pois as chances de ampliar essa margem ainda são grandes, até porque, entre 16 e 24 anos, 67% sabem que Dilma é candidata do presidente Lula, e entre 25 a 34 anos, 72%. Ou seja: ainda temos muito para crescer.

Mas, uma coisa é certa: com Serra será reaberta a caixa fechada de maldades contra os jovens desse país, que fazia “João” dizer no vídeo da campanha Lula Presidente 2002 que “ninguém nasce mau, ninguém nasce bandido, tudo é só uma questão de oportunidade”.

Leopoldo Vieira é consultor para o desenvolvimento de políticas públicas e legislação de juventude, editor do blog Juventude em Pauta! E autor do livro A Juventude e a Revolução Democrática. Foi Secretário Nacional Adjunto de Juventude do PT.

INAUGURAÇÃO DO COMITÊ SINDICAL PARA AS ELEIÇÕES - 13 DE JUNHO


ZÉ DIRCEU NO "DE FRENTE COM GABI"


Uma entrevista que partilho com vocês
Publicado em 05-Jul-2010


Dirijo um convite a todos e quero que vocês realmente assistam, sem falta, ao "De Frente com Gabi", a entrevista que concedi à jornalista Marília Gabriela, ao seu programa apresentado na noite desse domingo no SBT. A entrevistadora, vocês sabem, tem extraordinária competência nesse seu ofício e eu, durante quase uma hora, falei sobre o processo a que respondo no STF, sobre minha infância, militância estudantil, banimento com o qual me "brindou" a ditadura militar, exílio em Cuba, vida na clandestinidade no Paraná, e a minha atuação política em geral.


Fiz, enfim, mais uma vez uma retrospectiva da minha história. Faço, também, um relato da minha passagem pelo pode, qual o sentido de exercê-lo e como o entendo. Vendo o programa vocês vão entender porque afirmo que o idealismo, os sonhos e tudo o mais que a minha geração acalentou foram contemplados, sim, no governo Lula. Desmistifico, também, a história tão propalada - porque interessa aos nossos adversários - de que o PT mudou ao chegar ao poder. O PT mudou, sim, foi a forma de exercê-lo, de fazer política e de governar este país.


Falo, também, sobre a candidatura Dilma Rousseff, e como não poderia deixar de ser numa entrevista com a Marília, sobre minha vida pessoal, famíliar, aspirações futuras, a realidade e o otimismo que entendo ser uma das minhas marcas permanentes sempre e em quaisquer momentos e circunstâncias, por mais advdersos que sejam. Realmente esse é um convite que eu gostaria muito que vocês atendessem: não deixem de assistir essa entrevista no "De Frente com Gabi".

OS TUCANOS DO BRASIL SUBMISSO - por Emir Sader

O Brasil submisso dos tucanos

“O Brasil tem um papel adequado ao seu tamanho. O Brasil não pode querer ser mais do que é, mesmo porque tem uma série de limitações, a principal das quais é o seu déficit social.” A afirmação é do Ministro de Relações Exteriores do governo FHC, Luiz Felipe Lampreia, e dá bem idéia da imagem e do tamanho que eles queriam que o Brasil tivesse para sempre.

Sobre a Área de Livre Comércio das América (ALCA), Lampreia disse: “Nós estamos tendo uma posição muito aberta, estamos dispostos a conversar. Os nossos interesses são claríssimos, mas não adianta brigarmos por isto antes da hora. É um assunto em que é preciso que o maior jogador, que são os Estados Unidos, se defina primeiro.” Maior subserviência não poderia haver.Sobre o apoio ao golpe de Fujimori, ele esclarece: “Nossa posição não tinha a ver com o Fujimori e sim com o processo eleitoral, única e exclusivamente. Tinha a ver com a questão de não aceitarmos que houvesse uma superposição estrangeira à autoridade eleitoral do Peru.”

A entrevista foi dada quando Lampreia deixava o governo, entregando-o a mãos não menos subservientes aos EUA – as de Celso Lafer. (JB, 17/12/2000) Este declarou que a explosão das Torres Gêmeas era o começo da Terceira Guerra Mundial – palavras também de FHC – e que era mais importante do que o fim do campo socialista e da URSS. Tudo isso enquanto tirava o sapato e as meias em aeroporto dos EUA, revelando até onde a subserviência tucana poderia chegar.

Para eles, “O Brasil não deveria ser mais do que é”. Considera que temos um destino a que devemos corresponder – assim como o “destino manifesto” que os EUA se reivindicam é o de dominar o mundo, o nosso seria o de ser subservientes à dominação deles. Deveríamos estar onde nos colocaram, onde sempre estivemos, estavam contentes e conformados com o papel que os EUA nos reservavam – aliados privilegiado, incondicional, subserviente.

Desse “destino” a política internacional do governo Lula nos livrou, projetando-nos como potência soberana e orgulhosa do novo destino que constrói, junto com os países latinoamericanos e do Sul do mundo. O Brasil – e os países do Sul do mundo – podem , querem e estão sendo mais do sempre foram, soberanos, emergentes, solidários e rebeldes ao domínio das grandes potencias coloniais e imperialistas.

GOVERNO LULA É RECORDISTA EM INVESTIMENTO

Governo Lula bate recorde de investimentos no primeiro semestre de 2010

Os investimentos do governo Luiz Inácio Lula da Silva fecharam o primeiro semestre do ano no maior patamar desde o restabelecimento das eleições presidenciais no país.

Investimentos, diria um economista, são gastos destinados a ampliar a nfraestrutura e a capacidade de gerar bens e serviços para empresários e consumidores. Pela ótica política, são obras e inaugurações em habitação, saneamento, rodovias, ferrovias, hospitais e escolas.

As cinco eleições presidenciais anteriores foram disputadas com taxas de investimento inferiores a 1% do PIB, com exceção do pleito de 1994, em pleno lançamento do Plano Real -quando a troca da moeda e o fim repentino da hiperinflação distorceram as estatísticas.

Os investimentos estão em alta gradual desde o lançamento do PAC ( Programa de Aceleração do Crescimento ), concebido como prioridade do segundo mandato de Lula e bandeira da candidata, Dilma Rousseff.

O que explica o recorde é um salto de quase 60% nos primeiros seis meses deste ano, na comparação com o primeiro semestre de 2009. Abertura, ampliação e conservação de rodovias, obras de saneamento básico e de urbanização de favelas compõem uma das maiores fatias dis investimetnos, além de um contrato firmado em acordo militar com a França para a construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear. Um terço dos recursos é repassado a governadores e prefeitos.

A equipe de Lula diz que o avanço no ritmo de investimentos não se deve ao período eleitoral. Segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), o governo em seu segundo mandato foi reaprendendo a investir e, agora, está colhendo os frutos desse trabalho. O Estado ficou quase 20 anos praticamente sem investir. Tudo era voltado para o controle. Mudamos essa lógica", diz Paulo Bernardo.

Com informações da Folha

quinta-feira, 1 de julho de 2010

SERRA, O CACIQUE, TEM O ÍNDIO QUE MERECE


Comédia de erros

De Merval Pereira

A sucessão de trapalhadas que levou à escolha equivocada do deputado federal do DEM Indio da Costa como companheiro de chapa do tucano José Serra só demonstra como o PSDB não está preparado para uma disputa que poderia ser difícil para o governo — mesmo com toda a máquina voltada para a tarefa de eleger Dilma Rousseff, geralmente de maneira ilegal —, mas está sendo facilitada pelos erros do adversário.

A escolha do vice de Dilma recaiu sobre o presidente do PMDB, Michel Temer, o que garantiu a unidade do partido e preciosos minutos de televisão.

Os defeitos e as eventuais virtudes do deputado não fazem a menor diferença neste jogo em que o pragmatismo político prevalece para somar alguma coisa à candidatura principal.

Indio da Costa, em seu primeiro mandato federal, supostamente foi escolhido por ser jovem e ter sido o relator do projeto Ficha Limpa, o que lhe daria uma boa imagem junto ao eleitorado.

Uma jogada marqueteira simplória, pois sua história política não tem a menor consistência para alçá-lo ao segundo posto mais importante na hierarquia política do país.

Nem ele parece preparado para assumir a Presidência da República em caso de necessidade, que é, afinal, para o que servem os vice-presidentes no Brasil.

Fora disso, precisam "não trazer aporrinhação", na definição do próprio Serra.

Não tem a menor importância o fato de ele ter sido genro do banqueiro Cacciola, como berram os militantes petistas na internet.

E nem mesmo as acusações contra ele levantadas pela CPI da Merenda Escolar, na Câmara de Vereadores do Rio, são conclusivas a ponto de alguém poder afirmar que ele não tem a ficha tão limpa assim como querem alardear os tucanos e democratas.

Só mesmo militantes energúmenos utilizam tais argumentos.

Mesmo que as coincidências entre os preços oferecidos pela fornecedora vencedora nas licitações, quando Indio da Costa era secretário de Administração da prefeitura do Rio, sejam bastante estranhas.

Sem ter, teoricamente, informações sobre os outros preços, a fornecedora sempre apresentou descontos quando tinha concorrentes, mantendo o preço cheio naquelas licitações em que ninguém disputava o fornecimento.

Foi como acertar na Mega-Sena, comenta a vereadora do PSDB do Rio Andrea Gouvêa Vieira, relatora da CPI.

Os resultados da CPI estão no Ministério Público.

O mais grave na escolha deste deputado federal de primeiro mandato é que ele não agrega um voto sequer à candidatura de Serra no Rio de Janeiro.

Como parte do grupo político do ex-prefeito Cesar Maia, ele foi "prefeitinho" de Jacarepaguá, assessor do gabinete do prefeito antes de ser secretário de Administração.

Eleito vereador três vezes, em 2006 chegou à Câmara.

Qualquer influência eleitoral que tenha está contabilizada no apoio que o DEM dá no Rio à candidatura Serra, em troca de o ex-prefeito Cesar Maia ser o candidato ao Senado da coligação.

A presença de Maia na chapa, aliás, já provocou uma crise com o Partido Verde, e, agora, o reforço de seu grupo na coligação está provocando reações na bancada do PSDB, onde se acusa o presidente do DEM, Rodrigo Maia, de ter trabalhado por essa solução para se livrar de um concorrente na disputa por vagas para deputado federal do Rio.

Concorrente, aliás, com quem não se dá bem politicamente, justamente pela disputa de espaço político.

Da mesma maneira que aconteceu com o hoje prefeito do Rio, Eduardo Paes, que fazia parte do mesmo grupo político de Cesar Maia nos primórdios do primeiro governo na prefeitura do Rio.

Paes começou como "prefeitinho" de Jacarepaguá e terminou secretário no mesmo grupo de Índio da Costa.

Ontem, ao saber da escolha, Paes, que ainda mantém relações cordiais com José Serra desde que foi secretário-geral do PSDB, mostrou-se espantado.

Foi visto às gargalhadas no Palácio da Cidade.

ENTREVISTA DA VEREADORA TUCANA QUE FEZ PARTE DA CPI DO ÍNDIO...


’Foi um golpe de mestre do Rodrigo Maia’

José Serra perderá uma aliada no Rio. A vereadora tucana Andrea Gouvêa Vieira disse que pedirá licença e viajará, inconformada com a indicação de Indio da Costa para vice. Andrea foi relatora da CPI que investigou fraudes na merenda escolar quando Indio era secretário municipal do Rio, em 2005.

Chico Otavio

A senhora poderia resumir a conclusão da CPI da Merenda?

ANDREA: Houve um direcionamento claro. Na licitação para a compra de gêneros alimentícios para a merenda, a cidade foi dividida em nove áreas (2005). Ganhava cada área aquele que oferecesse mais desconto nos 49 produtos básicos. A Comercial Milano ficou com quase tudo. Acertou todas as suas apostas. Como ela poderia saber que descontos os outros concorrentes ofereceram?

A CPI desconfiou de algum tipo de informação privilegiada?

ANDREA: A empresa sabia até as áreas onde ninguém apresentou propostas. Isso só foi possível porque ela teve acesso prévio às ofertas dos concorrentes.

Existiu envolvimento de Indio da Costa, então secretário municipal de Administração?

ANDREA: Foi uma ação entre amigos.

Como vereadora, como a senhora avalia a gestão de Indio da Costa na secretaria?

ANDREA: Quando ele foi secretário de Administração, não havia pregão presencial e muito menos o eletrônico. Só depois da CPI, passaram a tomar esse cuidado.

E agora, irá apoiá-lo?

ANDREA: Se eu já tinha dificuldade com a candidatura do Cesar Maia, a situação agora ficou esdrúxula. Como o ex-prefeito é candidato ao Senado, não preciso pedir voto ou mesmo votar nele. Mas com o Indio como vice de Serra, é diferente. Não dá para separar o voto. Prefiro, então, pedir licença e viajar.

A indicação de Indio para vice foi uma surpresa entre os aliados do Rio?

ANDREA: O problema é o Serra não consultar. Márcio Fortes e Luiz Paulo Correa da Rocha estão pasmos. Foi um golpe de mestre do Rodrigo Maia. Como ele concorrerá a deputado disputando mais ou menos o mesmo voto do Indio, conseguiu tirá-lo do seu caminho ao empurrá-lo para Serra, que cedeu por estar exausto.

Serra escolheu mal?

ANDREA: Péssimo. A gente desconfia de quem põe uma faixa e sai por ai dizendo que é ficha limpa. Já pensou se, depois de eleito, o Serra sofre algum problema e o Índio vira presidente?

A OPINIÃO DOS CACIQUES TUCANOS SOBRE SEU ÍNDIO...

Tucanos seguem orientação e elogiam escolha de Indio

Adriana Vasconcelos, de O Globo:

Os tucanos elogiaram publicamente a escolha do vice Indio da Costa (DEM-RJ) na chapa do candidato à Presidência José Serra, seguindo rigorosamente a orientação da cúpula de encerrar de uma vez por toda a novela do vice. Reservadamente muitos tucanos afirmaram nem conhecer o deputado fluminense, que está em seu primeiro mandato na Câmara.

O ex-governador tucano Aécio Neves, o vice que Serra tanto queria, atuou nas últimas horas da negociação com o DEM e elogiou a escolha:

- É o nome escolhido. É uma cara nova do Rio de Janeiro. Agora, o principal é trabalharmos para virar a página de vice e seguir em frente.

No Twitter, o ex-prefeito Cesar Maia, guru político de Indio da Costa, foi de poucas palavras, mas deu o tom do clima a partir de agora: "Todos nós nos sentimos prestigiados com a decisão da escolha do dep. Índio da Costa. DEM e PSDB decidiram que candidato vice-presidente deveria ser do RJ. Escolha consensual recaiu no nome dep. Indio Da Costa".

Apesar dos esforços para mostrar que está tudo resolvido, o próprio presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra (PE), elogiou a escolha de Índio da Costa, mas, perguntado, admitiu que ainda preferia Álvaro Dias.

- É um nome de bastante de respeito, é um jovem líder, com grande capacidade de comunicação. Mas continuo achando que o Álvaro Dias seria o melhor candidato de todos - disse Sergio Guerra.