quinta-feira, 29 de abril de 2010

O PIG E A IMPRENSA PARTIDÁRIA


A imprensa como partido político

Sendo o Datafolha propriedade de um dos grandes jornais do Brasil e este um dos afiliados da ANJ, como deveríamos fazer a leitura correta das pesquisas de opinião por ele trabalhadas? O Datafolha estaria também a serviço de uma oposição "que no Brasil se encontra fragilizada"?

Washington Araújo

Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa:Esperei baixar a poeira. Em vão, porque a poeira existiu apenas na internet. E tudo porque me causou estranheza ler no diário carioca O Globo (18/3/2010) a seguinte declaração de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha de S.Paulo:"A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação e, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo."E como a poeira não baixou resolvi colocar no papel as questões que foram se multiplicando, igual praga de gafanhotos, plantação de cogumelos, irrupção de brotoejas. Ei-las:1. É função da Associação Nacional de Jornais, além de representar legalmente os jornais, fazer o papel de oposição política no Brasil?2. É de sua expertise mensurar o grau de força ou de fraqueza dos partidos de oposição ao governo?3. Expirou aquela visão antiquada que tínhamos do jornalismo como sendo o de buscar a verdade, a informação legítima, para depois reportar com a maior fidelidade possível todos os assuntos que interessam à sociedade?4. Como conciliar aquela função antiquada, própria dos que desejam fazer o bom jornalismo no Brasil, como tentei descrever na questão anterior, com a atuação político-partidária, servindo como porta-voz dos partidos de oposição?5. Sendo o Datafolha propriedade de um dos grandes jornais do Brasil e este um dos afiliados da ANJ, como deveríamos fazer a leitura correta das pesquisas de opinião por ele trabalhadas? O Datafolha estaria também a serviço de uma oposição "que no Brasil se encontra fragilizada"?6. Na condição de presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) será que Maria Judith Brito não se excedeu para muito além de suas responsabilidades institucionais?7. Ou será próprio de quem brande o estatuto da liberdade de imprensa que entidade de classe de veículos de comunicação assuma o papel de oposição política no saudável debate entre governo e oposição?8. Historicamente, sempre que um dirigente ou líder de partido político de oposição desanca o governo, seja justa ou injustamente, é natural que o governo responda à altura e na mesma intensidade com que o ataque foi desferido. Mas, no caso atual, em que a ANJ toma si para a missão de atuar como partido político de oposição, não seria de todo natural esperar que o governo reaja à altura do ataque recebido?9. E, neste caso, como deveria ser encarada a reação do governo? Seria vista como ataque à liberdade de expressão? Ou seria considerado como legítima defesa de da liberdade de expressão ou de ideologia?Claro e transparente10. Durante o período de 1989 a 2002, em que a oposição política no Brasil esteve realmente fragilizada, e ao extremo, não teria sido o caso de a ANJ ter tomado para si as dores daquela oposição, muitas vezes, capenga?11. E, no caso acima, como a ANJ acha que teriam reagido os governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso?12. Com o histórico de nossos veículos de comunicação, muitos deles escorados em sua antiguidade, como aferir se há pureza de intenções por parte da ANJ em sua decisão de tomar para si responsabilidade que só lhe poderia ser concedida pelo voto dos brasileiros depositados nas urnas periodicamente? Não seria uma usurpação de responsabilidade?13. Afinal, não é através de eleições democráticas e por sufrágio universal e secreto que a população demonstra sua aprovação ou desaprovação a partidos políticos?14. Será legítimo que, assinantes de jornais e revistas representados pela associação presidida por Maria Judith Brito passem, doravante, a esmiuçar a cobertura política desses veículos, tentando descobrir qual a motivação dessa ou daquela reportagem, dessa ou daquela nota, dessa ou daquela capa?15. E quanto ao direito dos eleitores de serem livremente informados... que garantias estes terão de que serão informados, de forma justa e o mais imparcial possível, das ações e idéias do governo a que declaradamente se opõe a ANJ?16. Para aqueles autoproclamados guardiães da liberdade de expressão e do Estado democrático de direito: será papel dos meios de comunicação substituir a ação dos partidos políticos no Brasil, seja de situação ou de oposição?17. Em isso acontecendo... não estaremos às voltas com clássica usurpação de função típica de partido político? E não seria esta uma gigantesca deformação do rito democrático?18. Repudiam-se as relações deterioradas entre governo e mídia na Venezuela, mas ao que tudo indica nada se faz para impedir sua ocorrência no Brasil. Ironicamente, os maiores veículos de comunicação do país demonizam o país de Hugo Chávez. A origem do conflito político na Venezuela não está umbilicalmente ligado ao fato que na Venezuela os meios de comunicação funcionam como partido político de oposição, abrindo mão da atividade jornalística?19. Esta declaração da presidente da ANJ, publicada no insuspeito O Globo, traduz fielmente o objetivo de a ANJ estabelecer a ruptura com o governo, afetar a credibilidade da imprensa e trazer insegurança a todos os governantes, uma vez que serve também aos governos estaduais e dos municípios onde a oposição estiver fragilizada?20. Considerando esta declaração um divisor de águas quanto ao sempre intuído partidarismo e protagonismo político dos grandes veículos de comunicação do país, será que não seria mais que oportuno e inadiável a ANJ vir a público esclarecer tão formidável mudança de atitude e de missão institucional? Por que não abordar o assunto de forma clara e transparente nas páginas amarelas da revista Veja? Por que não convidar a Maria Judith Brito para ser entrevistada no programa Roda Vidada TV Cultura? Por que não convidá-la para o Programa do Jô? E para ser entrevistada pelo Heródoto Barbeiro na rádio CBN? Por que não solicitar a leitura de "Nota da ANJ"sobre o assunto no Jornal Nacional? Por que não submeter texto para publicação na seção "Tendências/Debates" do jornal Folha de S.Paulo, onde a presidente trabalha? De tão interessante não seria o momento de a revista Épocatraçar o perfil de Maria Judith Brito? E que tal ser sabatinada pela bancada do Canal Livre, da Band?Prudente e sábioJá que comecei falando de estranheza, estranhamento etc., achei esquisito a não-repercussão ostensiva da fala da presidente da ANJ junto aos veículos de seus principais afiliados. Estratégia política? Opção editorial? Ou as duas coisas?Finalmente, resta uma questão de foro íntimo: que critério deverei usar, doravante, para separar o que é análise crítica própria de um partido político, para consumo interno de seus filiados, daquilo que é matéria propriamente jornalística, de interesse da sociedade como um todo?Todos nós, certamente, já ouvimos centenas de vezes o ditado "cada macaco no seu galho". E todos nós o utilizamos nas mais diversas situações. O ditado é um dos mais festejados da sabedoria popular, é expressão de conhecimento, nascido da observação de fatos; um aprendizado empírico. Vem de longa data e se estabelece porque pode ser comprovado através da vivência e mais recentemente foi citado por Michel Foucault e Jurgen Habermas. No caso aqui abordado, o ditado popular cai como luva assim como as palavras de Judith Brito ficarão por muito tempo gravadas no bronze incorruptível da nossa memória.Mesmo assim sinto ser oportuno aclarar que entendo como papel da mídia atividades como registrar, noticiar os fatos, documentar, fiscalizar os poderes, denunciar abusos e permitir à população uma compreensão mais ampla da realidade que nos abarca. Neste rol de funções não contemplo o de ser porta-voz de partido político, seja este qual for. Ora, o governo tem limites de ação: operacionais, constitucionais, políticos. A mídia, quando não investida de poderes supraconstitucionais, também tem seus limites que não são tão flexíveis a ponto de atender as conveniências dos seus proprietários ou concessionários. É prudente e sábio reconhecer que em uma sociedade democrática todos os setores precisam de regulação – e a mídia não é diferente. E é bom que não seja. Afinal, a lei é soberana e a ela todos devem se submeter, já escrevia o pensador Shoghi Effendi (1897-1957) na segunda metade de 1950. Nada mais atual que isto.



sábado, 24 de abril de 2010

Lula: "Serei militante desta campanha que já começa vitoriosa"



Em carta lida durante o encontro, o presidente Lula prometeu empenho para eleger Mercadante e Marta

Por Cezar Xavier
Sábado, 24 de abril de 2010

Por motivos pessoais, o presidente Lula não pode comparecer ao 17o Encontro do PT-SP, mas enviou uma carta aos delegados. Na carta lida durante o encontro, o presidente Lula prometeu empenho para eleger Mercadante e Marta. "Serei militante desta campanha que já começa vitoriosa", escreveu.

"Nós sabemos que os avanços de um Brasil mais justo com igualdade de oportunidades só será possível se São Paulo, o Estado mais rico do País, estiver em sintonia com o projeto que estamos construindo para o Brasil", declarou o presidente na carta.

O presidente afirmou que gostaria de "pessoalmente, mostrar compromisso com a eleição do Mercadante ao governo e com a candidatura da companheira Marta ao Senado" e falou de seu "compromisso" com as candidaturas do PT por São Paulo, inclusive a de Marta Suplicy ao Senado.

Lula situou a eleição de Mercadante e da ex-ministra Dilma Rousseff à continuidade de seu projeto. Destacou a biografia do senador e a atuação no PT. "No PT, o companheiro sempre assumiu tarefas que demonstraram e demonstram o seu compromisso, principalmente com o povo mais pobre. Mercadante está capacitado para governar o Estado de São Paulo, para junto com Dilma aprofundar as mudanças que implementamos no Brasil", afirmou.

Leia a íntegra da carta enviada por Lula:

Ao companheiro Aloizio Mercadante
Esse momento histórico do PT, do Brasil e do estado de São Paulo, me faz recordar dos momentos em que juntos iniciamos o processo de transformação no Brasil. Essa história começa, Mercadante, desde os tempos do movimento sindical, na Anampos, no apoio aos movimentos sociais, na construção da CUT, na fundação do PT, no processo de redemocratização do Brasil. Em todos estes momentos estivemos juntos. Sou testemunha da tua dedicação e do teu compromisso, como quando abdicou do mandato de deputado federal para assumir a candidatura de vice-presidente. Naquele momento tão difícil da disputa eleitoral. No Senado, como líder do governo, nos deu a segurança da defesa do nosso projeto.

No PT, o companheiro Mercadante sempre assumiu tarefas que demonstraram e demonstram o seu compromisso principalmente com o povo mais sofrido da sociedade. Mercadante está capacitado para governar o estado de São Paulo, para junto da companheira Dilma, aprofundar as mudanças que implementamos no Brasil.

Gostaria muito de estar presente ao 17º Encontro Estadual do PT, de estar junto com vocês, meus companheiros e companheiras, gostaria de pessoalmente demonstrar o meu compromisso com a eleição do Mercadante ao governo e com a candidatura da companheira Marta ao Senado, essa mulher que tanto fez pela cidade de São Paulo.

Infelizmente, não poderei estar presentes, mas desde já reafirmo o meu compromisso com Mercadante, Marta e o PT de São Paulo. Serei militante desta campanha que já começa vitoriosa.

Nós sabemos que o avanço de um Brasil mais justo, com igualdade de oportunidades, só será possível se São Paulo, o estado mais rico do Brasil, estiver em sintonia com o projeto que estamos construindo no país.

Um grande abraço.

Lula.

Mercadante: São Paulo tem que liderar o crescimento do país



“Nós aprendemos desde jovens que São Paulo é a locomotiva do Brasil. Não só econômica, mas em todos os setores da sociedade.”

Por Cezar Xavier
Sábado, 24 de abril de 2010

Após ser ovacionado como o pré-candidato oficial do PT ao governo de São Paulo, Mercadante inicia seu discurso, citando a “maior aliança política” que o PT já teve no Estado de São Paulo. Em sua opinião, esta é a melhor chance do PT chegar ao governo estadual. "O melhor caminho para nós nunca foi o mais fácil", afirmou o pré-candidato.

“Nós aprendemos desde jovens que São Paulo é a locomotiva do Brasil. Não só econômica, mas em todos os setores da sociedade.”

O senador-candidato diz que São Paulo tem uma “cultura de muitos povos”. “Isso traz pra mim um misto de orgulho com responsabilidade. Orgulho porque ajudei a construir as riquezas desse Estado. E responsabilidade porque sei que São Paulo tem que liderar o processo de crescimento do País.”

O senador e pré-candidato fez o discurso ainda mais direto contra Serra. Afirmou que professores não podem ser tratados com “borrachada e cassetete” e que o governo Lula enfrentou greves sem se utilizar desses expedientes. “Nós fizemos a democracia para que cada um se manifeste como quiser”, disse Mercadante. “Não prometo cumprir todas as reivindicações, mas prometo tratar os professores com a dignidade que eles merecem!”

“O povo de São Paulo não pode lembrar apenas da polícia quando disca 190”, diz mencionando propostas para a segurança pública. Propõe uma reforma no sistema carcerário, com a divisão dos presos por periculosidade.

Sobre a política habitacional, Mercadante lembra que o governo já está construindo unidades do programa Minha Casa, Minha Vida no Estado. Mas questiona: “Imagina se o governo do Estado ajudasse com o financiamento de terrenos?”

Mercadante também exaltou Dilma, a quem chama de “presidenta”, e sua participação na luta contra a ditadura. “Você representa uma parte da juventude que arriscou a vida para garantir a liberdade nesse país.” “Você será a primeira mulher presidente do Brasil, com essa militância na rua.”

“E não vim aqui para criticar o passado. Eu venho pra falar do futuro”, diz Mercadante. Mas lamentou aqueles que apostaram na crise. “Estamos crescendo a 7% e criando empregos no primeiro semestre”, diz. “Podem criticar, mas jamais irão ver o presidente Lula patrocinando um conflito em detrimento da negociação diplomática.”

Ele concluiu em tom emotivo: “Eu vim de muito longe para chegar aqui. Fiquei viúvo quando criamos o PT. A única coisa que eu sinto é ter perdido os momentos com a minha família, não fui em festas dos meu filhos, mas tudo isso eu fiz por esse Brasil que estamos construindo!”, disse com a voz embargada.

Edinho: Vamos polarizar para mostrar que São Paulo está fora de sintonia com o Brasil



Presidente do PT-SP afirma que arco de alianças vai levar Mercadante ao segundo turno para polarização com tucanos

Por Cezar Xavier
Sábado, 24 de abril de 2010

O presidente do PT-SP, Edinho Silva, abriu o 17o Encontro Estadual do PT-SP apontando a construção para que o partido tenha uma vitória paulista tanto no âmbito federal, quanto estadual. Ele ressaltou a responsabilidade dos delegados em torno da construção da tática eleitoral e do programa de governo, que se dará até o fim da tarde deste sábado.

“A mudança que faremos neste estado, estamos construindo desde as Caravanas do ano passado”, disse Edinho, referindo-se à série de visitas da Executiva do partido às macrorregiões para debater um programa de governo para São Paulo. “Não é possível que o estado mais rico do Brasil tenha os piores indicadores de educação”, lamentou o petista, citando vários indicadores negativos e a ausência de um projeto regional nos governos tucanos.

“Vamos construir uma ampla aliança para levar o senador Mercadante ao segundo turno”, afirmou Edinho. Para ele, na polarização do segundo turno, “sabemos que podemos mostrar que o governo Serra significa para São Paulo, e mostrar que o estado está fora de sintonia com o Brasil do governo Lula, que cresce e se desenvolve”.

Edinho acredita que São Paulo, devido a sua importância eleitoral, vai pilotar a eleição da ministra Dilma ao governo federal. “Eles acham que vão conseguir em São Paulo os votos para eleger Serra, por isso, devemos mostrar a construção de um amplo palanque no estado para nossos candidatos”.

Dilma: "São Paulo merece nosso jeito de governar"



“Nós sabemos qual é o rumo certo. Nós sabemos o que fazer. Nós sabemos fazer porque já fizemos”


Por Cezar Xavier
Sábado, 24 de abril de 2010

No evento de lançamento da pré-candidatura ao governo de São Paulo do senador Aloizio Mercadante e ao Senado da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado (24) que os paulistas “merecem mais” do que quase três décadas de domínio do mesmo grupo político no Palácio dos Bandeirantes.

Dilma foi ovacionada como a “escolhida por Mercadante para defender sua candidatura”. “São Paulo merece esse novo jeito de governar”, disse a petista, ao citar as conquistas do governo federal. “Esse é um momento excepcional da campanha”, diz.

Dilma diz ser amiga de Mercadante e Marta, e começa com a defesa da candidatura de Mercadante. “Foi o senador dos 10 milhões de votos em São Paulo. E por que tudo isso? Porque ele defende São Paulo e representa um País que levantou a cabeça.”

A pré-candidata disse também que Mercadante é o nome ideal para “preparar São Paulo para o futuro”. “O que é que esse governo [tucano] fez pelo futuro?”, questionou. A ex-ministra reafirmou em suas principais bandeiras para as eleições de outubro, como a estabilidade da economia e a distribuição de renda.

A ex-ministra também criticou o ex-governador e seu adversário na corrida presidencial, José Serra (PSDB), por não negociar com professores grevistas. Dilma disse ainda, sob aplausos de delegados do encontro estadual petista, que “educação de qualidade só acontece quando os professores são bem remunerados”, semanas depois de uma greve de professores da rede estadual.

“Nós sabemos qual é o rumo certo. Nós sabemos o que fazer. Nós sabemos fazer porque já fizemos”, afirmou Dilma.

Dilma voltou a lembrar a participação do governo federal nas obras de São Paulo. Cita o Rodoanel, a expansão do metrô e os investimentos em saneamento. “O governo federal fez um grande esforço aqui em São Paulo. Nós achamos que é possível fazer muito mais”, diz.

Multiplicar por sete
A pré-candidata do PT à Presidência entra na briga pelo ensino técnico, uma das bandeiras de seu adversário, José Serra. “Nós multiplicamos de 3 para 21 as escolas técnicas de São Paulo”, diz, mostrando a superioridade dos investimentos federais em escolas técnicas no estado.

Dilma defendeu também a candidatura de Marta Suplicy. Ela lembra o trabalho de Marta como deputada e prefeita de São Paulo. “Nos últimos anos, eu sou testemunha do trabalho que ela fez à frente do ministério do Turismo, que gera tantos empregos e ajuda na preservação do meio ambiente”, acrescenta. Dilma cita também o trabalho de Marta à frente da prefeitura, com destaque aos “avanços na educação”, porque é a “sensibilidade” o lado fundamental das mulheres.

“Eu acho que poucas vezes São Paulo vai ver uma chapa tão qualificada quanto com a Marta e o Mercadante.” E solta a carga contra o “mesmo grupo tucano” que governa São Paulo “há três décadas”. “Esse governo não preparou São Paulo para o futuro.” “Melhorar é melhorar a vida de cada uma das pessoas. Não melhorar a vida e a renda de uns poucos.”

MARTA E A IMPORTÂNCIA DA VITÓRIA EM SÃO PAULO

Pré-candidata a senadora ressalta a importância eleitoral e econômica de São Paulo para o país

Por Cezar Xavier
Sábado, 24 de abril de 2010

“Nós sabemos, Aloizio e Dilma, que a luta é aqui em São Paulo. A decisão vai ser aqui.” Foi nesses termos que a pré-candidata do PT ao Senado, Marta Suplicy, anunciou o caráter da eleição deste ano. Além de ser a principal economia do país, o estado tem mais de 21% dos eleitores, e tem sido governado a mais de duas décadas por tucanos.

“Mercadante vai transformar a São Paulo não na locomotiva, mas no trem-bala do País!”, afirmou Marta, citando o lema da cidade que vigorou durante décadas. Nos últimos anos, São Paulo tem perdido para o crescimento econômico de outros estados.

Marta destaca o preconceito sofrido pelas mulheres na política e critica o discurso de que Dilma não tem experiência política. “Diziam que Lula só tinha experiência política, mas nenhuma administrativa. Agora vão dizer que a Dilma é administradora, mas não tem experiência política. Eu conheço esse discurso.” Marta defendeu a candidatura de Dilma e a passagem da ex-ministra pela Casa Civil. “Não é fácil ser ministra da Casa Civil.”

Fonte: pt-sp.org.br

quinta-feira, 22 de abril de 2010

SERRA, O DESPREPARADO, NÃO CONHECE O BRASIL DE TODOS OS BRASILEIROS


Serra mostra despreparo para governar o Brasil: até hoje não sabe como funciona o Bolsa-família

Depois de passar 7 anos e meio cercado por gente que chamava o Bolsa-família de "bolsa-esmola", e dizia que o programa era "compra de voto", José Serra (PSDB/SP) agora tenta mudar o discurso.

Disse que "vai reforçar o bolsa-família e procurar ligá-lo a questões de preparação para o emprego..." e blá, blá, blá ...

Serra precisa urgentemente fazer um contato imediato de terceiro grau com algum formando do PLANSEQ (Plano Setorial de Qualificação para beneficiários do Programa Bolsa Família).

O que ele está sugerindo fazer para "o futuro", o governo Lula já faz há algum tempo.

Se Serra, em vez de dormir a manhã inteira, acordasse cedo e conversasse com o povo mais pobre de seu próprio estado, veria bem debaixo de seu nariz, em Guarulhos, o que se passa, como mostra o vídeo.








Se quando Serra viajasse ao Rio de Janeiro, em vez de só encontrar com banqueiros como Ronaldo Cezar Coelho (DEMos/RJ) que lhe empresta o jatinho, prestigiasse a formatura de trabalhadores egressos do Bolsa-família, veria a alegria de Margarete, que fez o curso na área de hotelaria, e conquistou um emprego de carteira assinada de R$ 1.200,00, dispensando o benefício do Bolsa-família:







O demo-tucano mostra toda sua falta de preparo para governar um pais complexo como Brasil, ao demonstrar ignorância a respeito de programas da maior importância para resolver um dos mais importantes problemas sociais.

E ainda fica parecendo aquelas pessoas que chegam por último no ônibus e já querem sentar na janelinha.

Puxadinho do AMIGOS DO PRESIDENTE LULA.

terça-feira, 20 de abril de 2010

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dilmanaweb.com.br

PLENÁRIA DE EDINHO NO VALE DO PARAÍBA É ARRANCADA PARA A VITÓRIA


Edinho debate desafios 2010 em Plenária no Vale do Paraíba
Com um público de 200 pessoas de mais de 19 cidades, presidente do PT e outras lideranças políticas fazem contrapontos entre Governo Lula e governo tucano


Os desafios de 2010 foram pauta da plenária política realizada na noite desta quarta-feira (14), no Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, reunindo mais de 200 pessoas de pelo menos 19 cidades da região do Vale do Paraíba. O presidente do PT do estado de São Paulo, Edinho Silva esteve presente na atividade para colaborar na análise de conjuntura estadual e nacional. Participaram ainda o Deputado Estadual, Carlinhos Almeida, o prefeito de Santo Antônio do Pinhal, Augusto Pereira, o presidente do Sindicato, Isaac do Carmo, a Coordenadora da Macro, Rose Gaspar entre outras lideranças da região.

Em sua intervenção, Edinho falou sobre a disputa plebiscitária que ocorrerá no Brasil neste ano, com dois projetos distintos em disputa. “Essa é a caracterização do cenário brasileiro. De um lado estará o projeto que vivemos. O projeto do governo Lula e partidos aliados de desenvolvimento nacional, de geração e distribuição de riqueza. Do outro estará o projeto do PSDB, DEM e outras forças conservadora. Um exemplo típico da inspiração neoliberal. Daqueles que acreditam ainda que o mercado resolve e pode dar as diretrizes da sociedade”, disse Edinho.

Para o dirigente, essa cartilha neoliberal seguida pelos tucanos, fez com que Serra diminuísse o Estado, vendendo patrimônios para iniciativa privada, se retirando das políticas sociais e precarizando as relações de trabalho. “Em pleno período de crise econômica internacional, o ex-governador vendeu a Nossa Caixa, único banco de fomento dos paulistas”, argumentou.

A diferença na crise: A crise econômica internacional, a qual o Brasil foi o último a entrar e o primeiro sair, foi também foco da intervenção de Edinho. De acordo com ele, Serra passou inerte à crise e o impacto no estado de São Paulo só não foi maior devido às medidas tomadas pelo Governo Lula como a redução de IPI de cadeias produtivas importantes como automóveis, linha branca e construção civil. “O Governo Serra, além de não desonerar, aumentou a carga tributária, afetando os pequenos produtores”, disse.

“No auge da crise, o Governo Lula ampliou o Bolsa Família, sendo que 1,1 milhão são de São Paulo. Acelerou os investimentos do PAC, lançou o Minha, Casa, Minha Vida, antecipou investimentos da Petrobras e irrigou o crédito. Enquanto isso, Serra contingenciou recursos de programas sociais como Viva Leite, Primeiro Emprego, etc. Ele simplesmente fez o inverso, no momento de maior fragilização da sociedade”.

Projeto: Edinho reforçou a importância de continuar e aprofundar o projeto implantado por Lula no Brasil. “Nosso projeto tem nome. Chama-se Dilma”, enfatizou. Segundo ele, os tucanos insistem em fazer o debate do “pós-lula”. “Mas esse não é o debate que nós queremos. Não queremos discutir o melhor gerente. O nosso debate é o debate de projetos”.

O presidente ainda fez uma análise sobre o cenário no estado de São Paulo e se mostrou bastante otimista. “É impossível construir um novo país com São Paulo puxando o freio de mão. Podemos colocar São Paulo na mesma sintonia que o Brasil”, reforçou. Segundo ele, o PT-SP tem trabalhado para construção de um palanque forte para Mercadante, pré-candidato ao Governo Paulista, com um grande arco de alianças e um programa de governo que responda aos principais problemas do povo paulista como educação, saúde, infraestrutura e segurança pública.

Todas as lideranças presentes ressaltaram também as diferenças de projetos. “Estamos realizando o sonho de mudar o Brasil. Não vai ter marcha ré. Vamos continuar transformando este país numa sociedade mais justa, democrática e solidária com Dilma”, ressaltou o deputado Carlinhos Almeida.

Já o prefeito Augusto afirmou “O PT do Vale do Paraíba está unido em prol das candidaturas de Dilma e Mercadante”. A coordenadora da Macro, Rose Gaspar fez um resgate dos anos de PSDB para a região, com direito a promessas até hoje não cumpridas como a duplicação da Rodovia Tamoios. Também citou os investimentos do Governo Lula para o Vale do Paraíba.

Após a análise de conjuntura, Edinho respondeu algumas perguntas do público presente. Questões como esporte, desenvolvimento regional, agricultura e juventude foram os principais temas levantados.

Governo Lula no Vale: No Vale, mais de 90 mil famílias são beneficiadas pelo Bolsa Família e cerca de 11 mil jovens pelo Prouni. Na região houve um aumento significativo na geração de emprego saltando de 3.422 criados em 2003 para 11.939 em 2009, implicando num crescimento de 248%. Dentre as principais obras do Governo Federal na região destaca-se a Estação de Tratamento de Gás de Caraguatatuba, inserida no PAC, num investimento superior a R$ 1,47 bilhão. A região também será beneficiada pelo projeto do Trem de Alta Velocidade que prevê a interligação do Rio de Janeiro/São Paulo/Campinas, além de ser estratégica para investimentos na exploração do pré-sal e toda sua cadeia produtiva, gerando empregos, qualificação e renda para milhares de pessoas.

EDINHO SILVA ALERTA PARA A IMPORTÂNCIA DA MILITÂNCIA NAS ELEIÇÕES


Durante o 1º Congresso das Direções Zonais do PT da Capital, realizado na última sexta-feira (16), o presidente do PT-SP, Edinho Silva falou sobre a importante tarefa que a militância vai cumprir nas eleições de 2010, defendendo nas ruas a continuidade e aprofundamento das políticas implementadas pelo Governo Lula e partidos aliados no Brasil. “A televisão vai ter papel importante na campanha, a mídia também. Mas o que vai garantir a nossa vitória vai ser a nossa capacidade de mobilização, de irmos às ruas fazer a disputa na sociedade. É mostrarmos aquilo que temos de melhor que é a história do PT, da nossa militância. É a nossa capacidade de lutar por nossos sonhos”, disse Edinho animando a platéia de mais de mil militantes petistas dos 36 Diretórios Zonais da capital.

O evento, que teve como objetivo a discussão sobre eleições 2010, organização partidária e tática eleitoral, reuniu as principais lideranças petistas do estado como o senador Aloizio Mercadante, pré-candidato do PT ao governo paulista, a ex-ministra, Marta Suplicy, pré-candidata do PT ao Senado, o presidente do PT da Capital, Antônio Donato, o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, além de deputados federais, estaduais, vereadores e outros dirigentes políticos.

Em sua intervenção, Edinho também ressaltou o momento de grande unidade partidária que o PT paulista vive e importância disso para o processo eleitoral no estado e no país, já que aqui se concentram 23% dos eleitores brasileiros. “Nunca disputamos o governo paulista em condições tão favoráveis. A unidade é importante para trabalharmos um palanque forte, junto com nossos aliados, para a candidatura da Ministra Dilma e para viabilizarmos em São Paulo um projeto alternativo que responda, de fato, os principais problemas da população paulista. Esses desafios unificam o PT", comenta.

Segundo ele, as condições para a vitória no estado estão criadas. “O povo está cansado. Os que governam São Paulo há anos foram incapazes de responder às demandas sociais e econômicas, aos serviços públicos essenciais, e as pessoas sabem disso. E é possível, sim, governar o estado de forma diferente. Vamos batalhar, com a força de nossa militância, para isso”.
Na mesma linha, o senador Mercadante traçou um diagnóstico dos principais problemas do Estado e ressaltou que o partido tem hoje “um imenso desafio mas também uma grande oportunidade”.
“Quero dizer que nós temos neste ano a oportunidade de mudar a História de São Paulo”, discursou Mercadante. “Estaremos disputando com o partido que assumiu o poder em 1995, mas, se analisarmos bem, esse é o mesmo grupo que passou a governar o estado em 1983, com Franco Montoro. Ou seja: quem tem menos de 30 anos aqui em São Paulo não viveu outra experiência de governo que não seja essa. Por isso, temos um desafio, mas também uma oportunidade. Eu, nós, do PT, podemos representar essa mudança e falar mais alto ao coração do povo paulista”, ressaltou.

Em seguida, o senador traçou um diagnóstico da deterioração em vários setores do governo paulista, como transporte, educação, segurança, saúde e economia. “Não é possível que esse governo não assuma que não houve planejamento, que faltou visão de futuro, que faltou e que falta gestão”, afirmou Mercadante. Em sua análise, existe chance real para vencer as eleições para o governo de São Paulo porque, além de o governo federal ser o melhor avaliado em todos os tempos e do presidente Lula ser o de maior popularidade na História, o PT está completamente unido em torno desta chapa e deste desafio.

Pré-candidata ao Senado, a ex-prefeita Marta Suplicy acrescentou bastante animada: “O que eu mais admiro em Aloizio Mercadante é a sua capacidade de estudo, o seu conhecimento e sua determinação de saber onde quer chegar, de ter metas, objetivos e projetos excelentes. Quando conquistarmos a cadeira de governador, vamos transformar São Paulo, que passará de locomotiva a trem bala”

segunda-feira, 19 de abril de 2010

WÁLTER MAIEROVITCH E O VOTO DOS PRESOS


Eleições e presídios

Wálter Maierovitch

No fim de março, quando estava a trabalho em Roma, recebi e-mail de uma ilustre repórter da Folha de S.Paulo. Ela colhia dados sobre a admissibilidade do voto de presos em regime fechado. Na ocasião, a Itália estava às vésperas da sua midterm, ou seja, das eleições administrativas regionais (estaduais), nas quais o sufrágio era facultativo. Com decisivo apoio da Liga Norte (Carroccio), antigos separatistas da Padânia, o premier Silvio Berlusconi “levou”, incluídos os votos de presos provisórios processados criminalmente como ele, os governos do Piemonte (Turim), Lombardia (Milão), Vêneto (Veneza), Lazio (Roma), Campânia (Nápoles) e Calábria (Reggio Calabria).

No Brasil, como em Estados membros da União Europeia, a definitiva pena criminal de privação de liberdade tem a finalidade ética de emenda. Busca-se reeducar para a cidadania. Por outro lado, por inspiração da França e da Itália, consolidaram-se os princípios da presunção de inocência (França) e o da presunção de não culpabilidade (Itália).

Mais ainda: todos os presos sabem, e garante a Corte de Direitos Humanos da União Europeia, que conservam, fundamentalmente, os direitos à vida, à honra, à liberdade de consciência, à alimentação, ao tratamento médico-sanitário, ao trabalho remunerado, à instrução, à individualização da execução penal, ao lazer e visitas, à interlocução reservada com seus advogados. Na Itália, conforme decidiu recentemente a Corte Constitucional, os presos por associação mafiosa ou terrorismo, sujeitos a regime penitenciário especial e previsto no artigo 41 “bis” do Código Penitenciário, têm direito a colóquio reservado com os advogados e a troca de correspondência entre eles não pode ter o sigilo violado em nenhuma hipótese.

Os detidos provisórios dos presídios europeus não perdem o direito político de votar, facultada a abstenção onde o sufrágio não é obrigatório. A nossa Constituição republicana condiciona expressamente a suspensão dos direitos políticos à existência de condenação criminal definitiva e enquanto durarem seus efeitos (art. 15, III) – até a extinção da pena pelo cumprimento ou em face de reconhecidas causas de extinção da punibilidade.

No Brasil, portanto, os privados de liberdade de locomoção em caráter provisório, maiores ou adolescentes, podem votar e os estados, pelos Tribunais Regionais Eleitorais, devem se empenhar para concretizar essa garantia constitucional. Segundo estimativa, no sistema prisional brasileiro teremos, quando das eleições de 2010, cerca de 170 mil presos provisórios e perto de 30 mil adolescentes internados.

Nosso Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que recebeu da sociedade organizada o Manifesto da Cidadania a solicitar urgentes providências para garantir o exercício do voto aos detidos provisórios, editou, depois de audiência pública e a fim de valer para a eleição de 2010, a Resolução nº 23.219. Esta resolução regulamentou o voto dos custodiados provisórios.

Até 2008, apenas 11 dos nossos estados federados garantiram votos aos presos provisórios. Como destacou a juíza Kenarik Boujikian Felippe, “a violação, por omissão do Poder Judiciário, referente ao voto do preso e do adolescente é marca vergonhosa há 22 anos”.

Uma questão ainda resta pendente, embora objeto de discussões nos países europeus que, como o Brasil, suspendem o voto no período em que a condenação produz efeitos. Com base no princípio constitucional da finalidade ética ressocializadora da pena, não se pode considerar aplicável a perda temporária do direito ao voto àqueles que, embora definitivamente condenados, receberam, por mérito, progressões prisionais para regime diverso do fechado e liberdade condicional. Trata-se de medida reintegratória, não vedada pela Constituição, feita uma interpretação lógica e sistemática.

Como acontece no Brasil, não se ignora a existência, nos Estados membros da União Europeia, de superlotação carcerária e, muitas vezes, falta de separação entre presos provisórios e os com condenação definitiva. Mas, nos países europeus, há sempre uma mesa receptora de votos a garantir a regra constitucional da cidadania ativa.

Por aqui, levantam-se vozes a apregoar ser “inviável” a aplicação da feliz resolução do Tribunal Superior Eleitoral, em especial por riscos aos integrantes da seção eleitoral e por conta da coação dos líderes de facções criminosas, que mandam em muitos presídios.

Na verdade, querem sacrificar uma garantia constitucional em face da irresponsabilidade de governos que mantêm a entropia nos presídios, não investem na emenda e não separam os presos provisórios dos demais. Essas desídias governamentais não representam, por evidente, motivo de força maior ou caso fortuito, a impedir o exercício do voto secreto por presos ou por adolescentes internados.

AGORA É O LIDER DO PT NA CÂMARA QUEM TIRA SARRO DO PSDB


Líder do PT ironiza oposição por questionar pesquisas que apontam crescimento de Dilma

O líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PT-PE), ironizou ontem (15) o comportamento do PSDB em relação a pesquisa que são desfavoráveis ao partido. “É muito estranho o PSDB estar questionando pesquisas do Vox Populi e do Instituto Sensus que mostram trajetória crescente da pré-cadndidata do PT à Presidência da repúblcia, Dilma Roussef, e a estagnação de José Serra”, disse Ferro.

A última pesquisa do Sensus mostra que Dilma e Serra estão técnicamente empatados (32,4% para ele e 32,7% para ele), mas o resultado irritou a cúpula tucana, que resolveu fazer uma representação contra o instituto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, defendeu hoje a validade da pesquisa de intenção de voto e disse que o “ questionamento tem origem política, não técnica".. "Não sei por que cismaram com a gente." O diretor ainda não foi comunicado formalmente pelo sobre a representação.

Ferro estranhou o fato de o PSDB não questionar a desproporcionalidade entre a última sondagem do Instituto DataFolha sobre as intenções de voto dos candidatos à presidência da República e a dos demais institutos. Ferro lembrou que desde essa pesquisa, divulgada dez dias antes do lançamento da pré-candidatura Serra, pesam desconfianças que arranham a credibilidade do Datafolha.

Pela pesquisa do Datafolha, haveria a estagnação da candidatura da petista Dilma Rousseff e o crescimento da candidatura tucana. A pesquisa foi na contramão de todas as sondagens de intenção de voto divulgadas neste ano, inclusive do próprio Datafolha, que identificara, um mês antes, o crescimento de Dilma e queda ou estagnação de Serra. “Há indícios de que houve uma certa tentativa de inflar os resultados do candidato tucano, em decorrência do lançamento da sua pré-candidatura”, explicou Ferro.

Crescimento de Dilma

Os questionamentos em torno da pesquisa DataFolha foram acentuados após publicação de pesquisa do Instituto Sensus, na terça-feira (13), favorável a Dilma. Na sondagem do DataFolha, realizada entre os dias 25 e 26 de março, Serra aparecia com 36% das intenções de voto, contra 27% de Dilma. Quatro dias depois, o Instituto Vox Populi divulgou uma sondagem onde Serra aparecia com 34% e Dilma com 31%.
Já a pesquisa da CNT/ Sensus, divulgada esta semana, mostrou mais coerência com as pesquisas anteriores, onde a candidata petista aparecia sempre em ascensão. Na sondagem, Dilma aparece empatada com o candidato tucano (32,7% de Serra x 32,4% da Dilma). “Esta pesquisa (DataFolha) foge da curva média das demais pesquisas, inclusive das próprias sondagens anteriores do DataFolha, que vem registrando um crescimento contínua da petista Dilma”, disse Ferro.

Tendência

De acordo com o petista, por pertencer à empresa que edita o jornal Folha de S.Paulo, o DataFolha dificilmente conseguira se desvincular da linha editorial do jornal, claramente favorável a Serra. “A Folha de S.Paulo é um jornal que tem se posicionado politicamente favorável à candidatura tucana. Me parece que, neste caso, teria havido uma tentativa de manipulação ou pelo menos alguns ‘ajustes’ do resultado da pesquisa”, declarou.
Apesar da polêmica, o líder petista destacou que uma eleição não se ganha com pesquisas, mas sim com muito trabalho.

Crise

Textos publicados nas últimas semanas pelo jornal Folha de São Paulo, com o aparente objetivo de desacreditar os resultados das pesquisas eleitorais dos concorrentes do Datafolha e valorizar os apurados pelo instituto do Grupo Folha, produziram uma crise entre as quatro maiores empresas de pesquisa do país. Nos últimos dois dias houve uma reação vigorosa dos presidentes do Vox Populi e do Sensus, apoiada por integrantes do conselho de ética da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP). Na terça-feira, o Vox Populi e o Sensus protestaram durante reunião da ABEP.

A origem da polêmica está no comportamento que a Folha de São Paulo passou a adotar logo depois que publicou pesquisa do Datafolha em que, diferentemente das demais pesquisas de intenção de voto, apontou o crescimento do pré-candidato José Serra, e estagnação da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff.

Embora o Vox Populi e o Sensus não tenham levantado suspeita sobre os resultados do Datafolha, o jornal começou a questionar o trabalho dos concorrentes, cujos resultados, em resumo, não favoreceram a candidatura tucana.

Fonte: Site PT Nacional pt.org.br

sábado, 17 de abril de 2010

VACCAREZZA TIRA SARRO DA PESQUISA DATAFOLHA - O PIG NEM PERCEBE


Mesmo com toda a exposição, Serra não cresce, diz líder do governo

17/04 - 11:38 - Severino Motta, iG Brasília

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP), disse neste sábado que seu partido tem motivos para comemorar a pesquisa Datafolha que mostra o candidato tucano José Serra 10 pontos à frente da ex-ministra Dilma Rousseff (PT).

Segundo ele, na última rodada do levantamento, Serra estava nove pontos à frente da petista. Como a margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, o crescimento de Serra está dentro da margem.

“Essa pesquisa foi muito boa para nós. Mesmo com toda a exposição que Serra teve nos últimos dias com o lançamento de sua candidatura, fica claro que ele não cresce. Isso é ruim para uma pessoa conhecida como ele e que tem, ao contrário de Dilma, proteção da mídia”, disse.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza, ainda destacou o cenário da pesquisa espontânea, onde Dilma aparece à frente de José Serra. Ele disse que o PT, Lula e a ex-ministra, juntos, formam o melhor quadro eleitoral registrado até agora.

“Na espontânea Dilma tem 13% pontos e Serra 12%. Lula 7%. Votos no PT, 1%. E votos no candidato de Lula, 3%. Assim, de espontâneo, temos 24%, o que é muito positivo. E é isso que vale. A pesquisa foi muito boa para nós, tanto é que os tucanos não estão festejando esses números”, concluiu.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

MINISTRO DO STF CRITICA SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO

Ministro Cezar Peluso na ONU


O ministro Cezar Peluso, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Comitê Permanente da América Latina para revisão das Regras Mínimas da Organização das Nações Unidas para o Tratamento de Presos, criticou, nesta quinta-feira, em Salvador, o sistema carcerário brasileiro e chegou a dizer que há, no Brasil, casos em que o tratamento dispensado aos detentos “é um crime do Estado contra o cidadão”.

A afirmacão foi feita em entrevista coletiva no Centro de Convencões da capital baiana, onde o ministro participa do 12º Congresso da ONU sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, iniciado no último dia 12 e com encerramento previsto para o próximo dia 19. Durante os trabalhos de hoje, Cezar Peluso atua como moderador no workshop que tem como tema Práticas no Tratamento de Presos no Sistema de Justiça Criminal.

Em questão sobre o regime de progressão de pena existente na legislação penal brasileira, levantada durante a entrevista, o ministro foi indagado sobre a situação de deficiência do sistema carcerário brasileiro.

“É uma deficiência que beira, em certas situações, a falência total”, afirmou. “Há casos específicos que têm sido ultimamente ventilados, até pela própria imprensa, que envergonham o país. Eu não quero citar particularmente, mas há casos de tratamento vergonhoso, em que na verdade o que se faz ao preso é um crime do Estado contra o cidadão”.

Situação dos presos é grave

Na entrevista, o ministro disse que a questão da progressão de pena é apenas uma questão secundária, quando comparada com a situação do preso. Lembrando que o ministro da Corte Suprema da Argentina, professor e criminologista Eugenio Zafaroni, relatou sobre graves problemas com os presos na América Latina, o ministro Cezar Peluso disse que “os Estados nacionais não têm condicoes, sobretudo na América Latina, de responder às demandas de dignidade humana da condição dos presos”.

“Nós temos, portanto, que começar a pensar em soluções alternativas à prisão”, observou. “Este é o grande problema, hoje. Progressão de regime, vamos dizer, neste quadro, não deixa de ser um problema, mas é um problema menor. O grande problema é os Estados, cada qual dentro de suas características, dos seus recursos, suas necessidades, enfim, das suas realidades, encontrar soluções alternativas à prisão que, como tal, realmente é um fracasso universal”.

Segundo o ministro, a prisão “não tem servido para reinserir ninguém na sociedade e, particularmente, em alguns casos, nós sabemos muito bem, exemplificadamente, há até uma escola de crimes. Quem entra no sistema prisional brasileiro, no sistema penitenciário, tende a sair muito pior do que entrou”.

Caso de Goiás

O ministro não quis se pronunciar sobre o caso concreto de um maníaco sexual que, após libertado em função do regime de progressão da pena, matou cinco jovens em Luziânia (GO). Ponderou que o caso pode, eventualmente, ser levado à consideração do Supremo e, sobretudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ponderação deve-se ao fato de que Cezar Peluso assumirá a Presidência do STF e do CNJ no próximo dia 23, e o CNJ, conforme observou, pode vir a se interessar em conhecer particularidades do caso.

Expectativa

A propósito do documento que o comitê latino-americano elaborou sob sua presidência, propondo mudanças nas regras internacionais sobre o tratamento a ser dispensado aos presos, ele disse que o papel do grupo “é apenas o de propor uma atualização das regras mínimas da ONU sobre o tratamento de presos, que datam de 1955 (Convenção de Genebra)”.

Na Convenção de Genebra, os países membros da ONU sugeriram regras para o tratamento dos presos que, no entanto, não têm caráter vinculante, obrigatório. A ideia agora é chegar a uma convenção que tenha caráter vinculante. Para isso, comissões de todos os continentes elaboraram propostas, a exemplo do que fez o grupo latino-americano. Esses documentos estão começando a ser analisados em caráter global pelos membros da ONU. A consolidação dessas regras em uma convenção, entretanto, ainda deverá durar anos, tendo em vista as diversidades, sobretudo culturais e jurídicas, dos países que são membros da ONU.

Segundo o ministro Cezar Peluso, o projeto elaborado pelo comitê por ele presidido “tem, evidentemente, um caráter setorial que representa, de certo modo, a visão da América Latina, mas também propõe, como é evidente, princípios de caráter universal em relação ao tratamento do preso, com base no direito fundamental ao respeito da dignidade humana”.

“Nós o estamos submetendo à assembleia, que vai deliberar o destino que vai ser dado a este projeto”, observou. “Não obstante, a nossa esperança, e a nossa proposta é de que a assembleia dos Estados membros encaminhe uma proposta de criação de uma comissão que possa estudar, a longo prazo, a criação de uma convenção a respeito de regras mínimas de tratamento de presos que possam passar da natureza que elas têm hoje, de soft laws, que não são obrigatórias, a um conjunto mínimo de normas que os Estados se proponham a implementar nos respectivos países”.

“Nós estamos muito esperançosos – e temos visto pelas manifestações dos Estados membros – que há uma grande sensibilidade em relação à questão penitenciária, que é extremamente grave, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo”, disse o ministro. E este fato, segundo lembrou, ficou patente na sessão de hoje de manhã em Salvador, pelas manifestações de representantes de vários países.

FK/EH

EMIR SADER E AS MENTIRAS DA FOLHA

Por que a Folha mente (mente, mente, mente, desesperadamente)

As elites de um país, por definição, consideram que representam os interesses gerais do mesmo. A imprensa, com muito mais razão, porque está selecionando o que considera essencial para fazer passar aos leitores, porque opina diariamente em editoriais – e em matérias editorializadas, que não separam informação de opinião, cada vez mais constantes – sobre temas do país e do mundo.

A FSP, como exemplo típico da elite paulistana, é um jornal que passou a MENTIR abertamente, em particular desde o começo do governo Lula. Tendo se casado com o governo FHC – expressão mais acabada da elite paulistana -, a empresa viveu mal o seu fracasso e a vitória de Lula. Jogou-se inteiramente na operação “mensalão”, desatada por uma entrevista de uma jornalista tucana do jornal, que eles consideravam a causa mortis do governo Lula, da mesma forma que Carlos Lacerda,na Tribuna da Imprensa, se considerava o responsável pela queda do Getúlio.

Só que a história se repetiria como farsa. Conta-se que, numa reunião do comitê de redação da empresa, Otavio Frias Filho – herdeiro da empresa dirigida pelo pai -, assim que Lula ganhou de novo em 2006, dava voltas, histérico, em torno da mesa, gritando “Onde é que nós erramos, onde é que nós erramos”, quando o candidato apoiado pela empresa, Alckmin, foi derrotado.

O jornal entrou, ao longo da década atual, numa profunda crise de identidade, forjada na década anterior, quando FHC apareceu como o representante mor da direita brasileira, foi se isolando e terminou penosamente como o político mais rejeitado do país, substituído pelo sucesso de Lula. Um presidente nordestino, proveniente dos imigrantes, discriminados em São Paulo, apesar de construir grande parte da riqueza do estado de que se apropria a burguesia. Derrotou àquele que, junto com FHC, é o político mais ligado à empresa – Serra -, que sempre que está sem mandato reassume sua coluna no jornal, fala regularmente com a direção da empresa, aponta jornalistas para cargos de direção – como a bem cheirosa jornalista brasiliense, entre outros – e exige que mandem embora outros, que ele considera que não atuam com todo o empenho a seu favor.

O desespero se apoderou da direção do jornal quando constatou não apenas que Lula sobrevivia à crise manipulada pelo jornal, como saía mais forte e se consolidava como o mais importante estadista brasileiro das últimas décadas, relegando a FHC a um lugar de mandatário fracassado. O jornal perdeu o rumo e passou a atuar de forma cada vez mais partidária, perdendo credibilidade e tiragem ano a ano, até chegar à assunção, por parte de uma executiva da empresa, de que são um partido, confissão que não requer comprovações posteriores. Os empregados do jornal, incluídos todos os jornalistas, ficam assim catalogados como militantes de um partido (tucano, óbvio) político, perdendo a eventual inocência que podiam ainda ter. Cada edição do jornal, cada coluna, cada notícia, cada pesquisa cada editorial, ganharam um sentido novo: orientação política para a (debilitada, conforme confissão da executiva) oposição.

Assim, o jornal menos ainda poderia dizer a verdade. Já nunca confessou a verdade sobre a conclamação aberta à ditadura e o apoio ao golpe militar em 1964 – o regime mais antidemocrático que o país já teve -, do que nunca fez uma autocrítica. Menos ainda da empresa ter emprestado seus carros para operações dos órgãos repressivos do regime de terror que a ditadura tinha imposto, para atuar contra opositores. Foi assim acumulando um passado nebuloso, a que acrescentou um presente vergonhoso.

Episódios como o da “ditabranda”, da ficha falsa da Dilma, da acusação de que o governo teria “matado” (sic) os passageiros do avião da TAM, o vergonhoso artigo de mais um ex-esquerdista que o jornal se utiliza contra a esquerda, com baixezas típicas de um renegado, contra o Lula, a manipulação de pesquisas, o silêncio sobre pesquisas que contrariam as suas (os leitores não conhecem até hoje, a pesquisa da Vox Populi, que contraria a da FSP que, como disse um colunista da própria empresa, era o oxigênio que o candidato do jornal precisava, caso contrário o lançamento da sua candidatura seria “um funeral” (sic). Tudo mostra o rabo preso do jornal com as elites decadentes do país, com o epicentro em São Paulo, que lutam desesperadamente para tentar reaver a apropriação do governo e do Estado brasileiros.

Esse desespero e as mentiras do jornal são tanto maiores, quanto mais se aprofunda a diminuição de tiragem e a crise econômica do jornal, que precisa de um presidente que tenha laços carnais com a empresa e teria dificuldades para obter apoios de um governo cuja candidata é a atacada frontalmente todos os dias pelo jornal.

Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE. Mentirá no fim de semana com nova pesquisa, em que tratará de rebater, com cifras manipuladas – por exemplo, como sempre faz, dando um peso desproporcional a São Paulo em relação aos outros estados -, a irresistível ascensão de Dilma, que tratará de esconder até onde possa e demonstrar que o pífio lançamento de Serra o teria catapultado às alturas. Ou bastaria manter a seu candidato na frente, para fortalecer as posições do partido que dirigem.

Mas quem acredita na isenção de uma pesquisa da Databranda, depois de tudo o que jornal fez, faz e fará, disse, diz e dirá, como partido assumido de oposição? Ninguem mais crê na empresa da família Frias, só mesmo os jornalistas-militantes que vivem dos seus salários e os membros da oposição, com a água pelo pescoço, tentando passar a idéia de que ainda poderiam ganhar a eleição.

Alertemos a todos, sobre essa próxima e as próximas mentiras da Folha, partido da oposição, partido das elites paulistas, partido da reação conservadora que quer voltar ao poder no Brasil, para mantê-lo como um país injusto, desigual, que exclui à maioria da sua população e foi governado para um terço e não para os 190 milhoes de habitante.

Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE.

terça-feira, 13 de abril de 2010

DILMA SUBINDO, EMPATA COM SERRA ESTAGNADO


Pesquisa Sensus aponta empate entre José Serra e Dilma Rousseff

13/04 - 15:45 - iG São Paulo


Os pré-candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) aparecem empatados na pesquisa de intenção de votos realizada pelo Sensus. Encomendada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo (Sintrapav), a pesquisa foi divulgada nesta terça-feira.


Segundo a sondagem, Serra tem 32,7% das intenções de voto, enquanto Dilma aparece com 32,4%; Ciro Gomes (PSB) com 10,1% e Marina Silva (PV), 8,1%. Votos brancos ou nulos somam 7,7%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Sem Ciro na disputa, o tucano aparece com 36,8%, Dilma tem 34% e Marina Silva, 10,6%. Brancos e nulos somam 9,1%.

No 2º turno, segundo a pesquisa Sensus, Serra venceria uma disputa com Dilma. O tucano aparece com 41,7% das intenções de voto e a ex-ministra, 39,7%. Brancos ou nulos somam 10,1%. Não souberam ou não responderam, 8,5%.

A pesquisa foi realizada em 136 municípios entre os dias 5 e 9 de abril.

Resultado apertado

Este foi o resultado mais apertado entre os dois principais candidatos à disputa presidencial. Na última pesquisa, divulgada em abril pelo Vox Populi, eles apareciam com empate técnico. Serra tinha 34% das intenções de voto contra 31% da ex-ministra. Como a margem de erro da pesquisa era de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, em 3 de abril foi identificado, pela primeira vez, empate técnico.

ESCÂNDALO DOS AMIGOS DO SERRA - Kassab, Afif e a história dos R$ 10 MILHÕES


Empresa ligada a Afif ganha R$ 10 mi na gestão Kassab

AE - Agência Estado

Empresa que tem como sócio-diretor o ex-secretário estadual do Emprego e das Relações de Trabalho, Guilherme Afif Domingos (DEM), a Indiana Seguros S/A já recebeu mais de R$ 10 milhões da gestão do prefeito Gilberto Kassab, seu colega de partido. O valor equivale a dois anos e meio de contrato da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) para cobertura dos riscos de morte e invalidez de mutuários e de danos físicos das unidades habitacionais.

Ex-presidente da Indiana, Afif deixou a secretaria na gestão José Serra/Alberto Goldman (PSDB) há 15 dias para disputar a eleição; deve ser vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin. Em nota, o ex-secretário afirmou que se afastou da presidência da seguradora em 2006 para concorrer ao Senado, "respondendo só como membro do conselho" da firma.

O contrato da Cohab com a Indiana, cujo valor inicial era de R$ 329 mil por mês, foi assinado em outubro de 2007, quando o irmão de Afif, Cláudio Afif Domingos, respondia pela presidência da empresa. À época, o presidente da Cohab era Marcelo Rehder, atual secretário-adjunto de Comunicação de Kassab. Em janeiro deste ano, a Cohab prorrogou o contrato até outubro pelo valor mensal de R$ 422 mil, ou seja, 28% a mais.

O primeiro pregão eletrônico para contratar o seguro das unidades da Cohab foi considerado fracassado por Rehder em julho de 2007 sob a alegação de que a proposta vencedora, da AGF Brasil Seguros, estava acima do valor referência da companhia. Na ocasião, a Indiana havia sido desclassificada. Na sequência, a Cohab iniciou outro pregão eletrônico vencido em outubro pela Indiana.

Negócio de família

Em nota, a Cohab informou que "não há irregularidade no contrato" com a Indiana e destacou que três concorrentes participaram do pregão vencido pela empresa de Afif. A companhia afirmou ainda que "não houve alteração no valor do prêmio/alíquota de cobertura nas renovações", mas aumento do número de mutuários assegurados pela Indiana.

Afif afirma que a Indiana foi criada em 1943 e ficou com os Afif Domingos até 1997, quando seu controle foi adquirido pela Bradesco Seguros, mas membros da família permaneceram na administração. Balanço da empresa, porém, indica que, até o início de 2008, os Afif tinham 60% das ações e o Bradesco, 40%. À época, ela foi vendida ao grupo Liberty Seguros e passou a ser presidida pelo argentino Luís Maurette, mas Afif e o irmão ainda são sócios-diretores e membros do conselho de administração, com participação nos lucros.

Defesa

Em nota, o ex-secretário de Trabalho do governo Serra, Guilherme Afif Domingos, afirmou que não ocupa a presidência da Indiana desde 2006, quando se afastou para concorrer ao Senado e, em seguida, assumir a secretaria.

Afif diz que "já estava afastado da administração e do dia a dia da empresa" em outubro de 2007, quando o contrato com a Cohab foi assinado. Segundo ele, a Indiana foi vendida à Liberty Seguros naquele mês e ele e o irmão permaneceram como membros do conselho, "não tendo nenhum tipo de gestão, nem de participação na mesma". Ele ainda afirma "desconhecer totalmente" o contrato. As informações são do Jornal da Tarde.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,empresa-ligada-a-afif-ganha-r-10-mi-na-gestao-kassab,537745,0.htm

NOBLAT E A HIPOCRISIA ESCANCARADA


O jornalista Ricardo Noblat chegou aos píncaros. Aos píncaros da HIPOCRISIA em seus posts no blog mantido em página de O Globo. Que Noblat não preza pela coerência, todos sabemos. Que posta tendenciosamente, sabemos, pela percepção de sua escrita. Agora, Noblat demonstra sua parcialidade, ao contrário da imparcialidade por ele defendida em verso e prosa. Muita prosa. Noblat é o mesmo que deu declaração a José Roberto Arruda para conferir ao Primeiro Governador Preso no Brasil um álibi quando do ESCÂNDALO do Painel do Senado. Noblat é o mesmo que teve contrato com a Rádio Senado, mas na minuta publicada no Órgão Oficial de divulgação do Senado não foi colocado seu nome de batismo, foi retirado o Noblat do texto, o que não permitiu a descoberta do nome real do contratado, e com isto não se tornou público o contrato da Rádio Senado com o Senhor Ricardo José Delgado Noblat. Agora, Noblat mostrou a cara, a cara que a imprensa conservadora tentar esconder. Os mesmos lobos em pele de cordeiro que a que Dilma se referiu.

ESTE É NOBLAT:



ESCANCARANDO

No dia 12 de abril, uma segunda feira, Noblat critica Dilma sobre uma INVENTADA crítica aos exilados do Golpe de 1964. Leia o post:

"Deu na Folha de S. Paulo

Crítica de Dilma a exilados causa polêmica

Opositores e aliados rebatem declaração de ex-ministra de que não "fugiu" à luta contra a ditadura, que visava atingir Serra

Oposicionistas e até aliados ao governo condenaram ontem a declaração da pré-candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, que, na tentativa de atingir seu opositor José Serra (PSDB), criticou militantes de esquerda que optaram pelo exílio durante a ditadura militar.

"Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta", disse ela, em referência à ditadura, quando foi para a clandestinidade. Serra, também opositor ao regime militar, se exilou no Chile.

"Dilma cometeu uma insensatez igual à de Lula, quando ele comparou preso político a bandido ao falar sobre Cuba", disse Roberto Freire, presidente do PPS. "Miguel Arraes, Luis Carlos Prestes, Apolonio de Carvalho, João Goulart, José Dirceu... Então todos eles foram fugitivos?", questionou Freire, que apoia a candidatura de Serra e disse estar organizando um "ato de desagravo aos exilados".

O pré-candidato do PSOL à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, um dos fundadores do PT, reagiu com indignação à fala: "É uma frase aloprada de quem nunca disputou eleição".

Sampaio, que também foi exilado no Chile, acrescentou: "Eu me sinto contente a respeito do meu passado. Não tenho nenhum tipo de ressentimento e tenho orgulho de ter sido exilado, de ter sido cassado".

A deputada Jô Morais (PC do B-MG), que apoia Dilma, afirmou que "foi um equívoco" pois a saída de alguns brasileiros do país foi importante para a própria sobrevivência da ministra, presa durante o regime.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que o comentário de Dilma foi feito há poucos dias pelo general Leônidas Pires Gonçalves, que foi chefe do DOI-Codi e ministro do Exército do governo Sarney (1985-1990).

"É incrível o desrespeito dela. Parafraseando o Romário, ela calada é uma poeta." Em recente entrevista, o general classificou de "fugitivos" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e demais exilados, pois "ninguém estava sendo preso impunemente".

Assinante do jornal leia mais em Crítica de Dilma a exilados causa polêmica

(Comentário meu: Atenção aí pessoal que assessora a Dilma. Não deixe que ela continue cometendo disparates a cada semana. Nesse ritmo ela acabará perdendo a eleição para ela mesma.)"

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/04/12/critica-de-dilma-exilados-causa-polemica-282953.asp


CRIANDO VERDADES

Está clara a menção de Noblat à INEXISTENTE crítica de Dilma aos exilados, mesmo que ela EM MOMENTO ALGUM tenha se referido aos brasileiros exilados durante a Ditadura. Ele aceita que Dilma teria criticado os exilados, sem que ela tenha feito qualquer menção a isto.
AGORA LEIA A REFERÊNCIA DE NOBLAT em seu blog à fala de Cândido Vaccarezza sobre a crítica de Serra a Lula, no discurso em que Serra lança sua précandidatura, em Brasília...terra de Arruda, um tucano arrependido:

"Vaccarezza põe a carapuça em Lula. Ou então...

Os políticos são exímios manipuladores. Distorcem palavras e fatos sem a menor cerimônia.

Deve ser permanente o cuidado com o que eles dizem. Mais ainda em ano eleitoral.

Vejam o que disse, hoje, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP):

- Quero falar sobre o ataque do Serra ao presidente Lula ao dizer que ele está dividindo o país. Acho uma desonestidade política acusar o Lula de dividir o país. Isso é desonestidade e arrogância. Primeiro, porque o Brasil se unificou nacional e internacionalmente com o Lula. É muita arrogância um candidato que é apoiado por apenas três partidos - PSDB, DEM e PPS - dizer que é o candidato da unidade do Brasil.

O que disse Serra no discurso de lançamento de sua pré-candidatura a presidente:

- Ninguém deve esperar que joguemos estados do Norte contra estados do Sul, cidades grandes contra cidades pequenas, o urbano contra o rural, a indústria contra os serviços, o comércio contra a agricultura, azuis contra vermelhos, amarelos contra verdes. Pode ser engraçado no futebol. Mas não é quando se fala de um País. E é deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil. Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma Nação. Somos todos irmãos na pátria. Lutamos pela união dos brasileiros e não pela sua divisão. Pode haver uma desavença aqui outra acolá, como em qualquer família. Mas vamos trabalhar somando, agregando. Nunca dividindo. Nunca excluindo.

- Ninguém deve esperar que joguemos o governo contra a oposição, porque não o faremos. Jamais rotularemos os adversários como inimigos da pátria ou do povo.Em meio século de militância política nunca fiz isso. E não vou fazer. Eu quero todos juntos, cada um com sua identidade, em nome do bem comum.

Alguma menção a Lula?

Nenhuma.

Então por que Vaccarezza afirmou que Serra atacou Lula?

De duas, uma. Ou por que Lula tem pregado a divisão dos brasileiros ou por que jogar Serra contra Lula é bom para Dilma Rousseff e o PT. Ou as duas coisas.

Elementar, meus caros.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/04/12/vaccarezza-poe-carapuca-em-lula-ou-entao-283180.asp

AQUI, O TUCANO ARRUDA:




HIPOCRISIA É COM NOBLAT


Feito isto, Noblat, ao perceber que Dilma não cita ninguém, e que Serra também não cita ninguém (os discursos são diferentes...Dilma leva a crer que chama Serra de fujão, o que ele realmente é, e Serra tenciona chamar o PT de propagador de divisão social, o que é apenas uma forma de criar o medo na Classe Média, atávico desde que diziam que o PT iria comer criancinhas quando chegasse aos governos) FLAGRADO em sua HIPOCRISIA, faz MEA CULPA em seu blog:

"Esqueçam o que escrevi (nesse caso)

Escrevi, hoje, mais cedo: "Atenção aí pessoal que assessora a Dilma. Não deixe que ela continue cometendo disparates a cada semana. Nesse ritmo ela acabará perdendo a eleição para ela mesma".

Meu comentário teve a ver com as reações à declaração de Dilma sobre o fato de nunca ter fugido "da luta".

O que ela disse em discurso no último sábado:

- Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta. Posso apanhar, sofrer, ser maltratada, mas estou sempre firme com minhas convicções. Em cada época da minha vida, fiz o que fiz por acreditar no que fazia. Só segui o que a minha alma e o meu coração mandavam. Nunca me submeti. Nunca abandonei o barco.

A oposição em peso interpretou a fala de Dilma como uma crítica aos que se exilaram durante a ditadura militar de 1964. E o mundo desabou na cabeça dela. Inclusive com a minha ajuda.

Peço que esqueçam o que escrevi. E peço desculpas à candidata.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/04/12/esquecam-que-escrevi-nesse-caso-283200.asp


O IGNÓBIL:

E CONTINUA SEU MEA CULPA, ciente de que não conseguiu CAMUFLAR sua HIPOCRISIA, mas desta vez, culpando, como fazem os IGNÓBEIS, os leitores por seu texto hipócrita:


"Esqueçam o quer escrevi (nesse caso) - 2

Que confusão vocês fazem.

Se critiquei o deputado Vaccareza por ter dito que Serra atacou Lula quando Serra não mencionou Lula em seu discurso, como posso criticar Dilma se ela não mencionou ninguém quando disse que não fugia de lutas?

Vaccareza e a torcida do Flamengo interpretaram a fala de Serra como uma crítica indireta a Lula.

Serra e a torcida do Corinthians interpretaram a fala de Dilma como uma crítica aos que se exilaram depois de 1964.

Vaccarezza e Serra podem estar certos em sua interpretação. Acho que estão.

Mas para ser coerente ou eu criticava os dois ou não criticava nenhum.

Sobrou para Dilma no meu comentário. Daí o pedido de desculpas.

Se não fui claro dessa vez, desisto. A culpa é minha.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/04/12/esquecam-quer-escrevi-nesse-caso-2-283243.asp


A DEFESA DA VERDADE


Cabe à blogosfera a divulgação das INCOERÊNCIAS MENTAIS, os DESVAIRIOS e a HIPOCRISIA perpretada por jornalistas que ESQUECERAM as REGRAS e o CARÁTER da profissão, sendo tendenciosos e parciais, mesmo usando a pele de ovelhas para esconder os lobos que moram em suas práticas não profissionais. A blogosfera PODE. E PODE MUITO!

EDINHO SILVA COM LULA E DILMA EM SÃO BERNARDO NO ENCONTRO DAS CENTRAIS

PAC: EMPRESAS TÊM DEMANDA QUE JÁ CHEGA EM 2020


Valor Econômico -
Chico Santos


Reeleito no fim de março para um segundo mandato à frente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), o executivo Carlos Maurício de Paula Barros, presidente da EBSE (grupo MPE), disse ao Valor que a combinação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com o aumento do conteúdo nacional nas obras e equipamentos da Petrobras -que compõem a maioria do PAC-, as empresas de construção industrial brasileiras nunca tiveram tamanho volume de obras.

Barros afirmou que chega a "ficar tonto" quando tenta fazer um levantamento detalhado do que há para fazer nos próximos cinco anos e disse que há trabalho para fazer "pelo menos até 2020". Segundo ele, "todas as empresas (do setor) hoje têm uma perspectiva que nunca tiveram, nem na década de 1970".

Somente em obras para a Petrobras, o faturamento foi multiplicado por oito em cinco anos, passando do equivalente a US$ 3 bilhões em 2003 para US$ 24 bilhões em 2008. De acordo com o executivo, em 2003 a indústria naval estava praticamente parada e muitas outras fábricas operavam com, no máximo, 30% de uso da capacidade instalada.

Hoje, em contrapartida, são mais de 40 estaleiros operando, de vários portes, e as demais empresas estão chegando ao limite de uso da capacidade. A freada provocada pela crise de 2008/2009 já está ficando para trás e Barros vê para os próximos meses o reaquecimento para além do setor petróleo, com a retomada de projetos congelados em setores como o de mineração e siderurgia.

Para dar uma dimensão da arrancada dada pelo setor de engenharia industrial, o presidente da Abemi conta que no período de quatro anos, encerrado em março de 2010, o Programa Nacional de Qualificação Profissional (PNQP), destinado ao setor petróleo, que foi gerenciado pela entidade, formou 80 mil pessoas, espalhadas por 12 Estados, em 156 categorias profissionais, das quais 86% foram empregados. Mesmo assim, a segunda fase do PNQP, que deve começar nos próximos meses, parte de uma carência de 210 mil novos profissionais, o mesmo número do início da primeira fase.

"A nossa bandeira maior chama-se conteúdo nacional", define Barros. Segundo ele, foi a elevação do conteúdo nacional mínimo de 46% para 65% nas obras da Petrobras, a partir de 2003, que desencadeou o atual ciclo de bonança. "Agora fala-se em 72%.", torce, afirmando que, se confirmado o novo piso, haverá uma nova elevação expressiva nos volumes de obras e de empregos.

Barros ressalta que em 1997, quando a empresa que dirige participou das construções das plataformas P-19, P-31 e P-34, quase todos os componentes foram comprados no exterior. "Até estruturas metálicas vieram de barcaças dos Emirados Árabes, porque não havia competitividade no Brasil", ressaltou.

Apesar de dizer que houve muito avanço, o presidente da Abemi admite que ainda há problema de competitividade. Mas reclama que o câmbio sobrevalorizado é o responsável por grande parte dessa persistência. Segundo ele, com o câmbio na casa de R$ 1,70 não dá para competir com países como China e Índia, países onde, afirma, os custos de mão de obra são muito mais baixos do que os brasileiros.

Como resolver o problema do câmbio? Barros diz que não daria certo fazer um câmbio especial para o setor petróleo, por exemplo. O caminho, segundo ele, é sobretaxar com imposto de importação os produtos considerados artificialmente competitivos como, ressalta, "os Estados Unidos fazem com o Brasil".

domingo, 11 de abril de 2010

DILMA É O BRASIL PARA TODOS



LEIA A ÍNTEGRA DO DISCURSO:

Companheiros e Companheiras do ABC.

Estou aqui hoje e quero aproveitar este momento para me identificar com maior clareza. Os da oposição precisam dizer quem são. Vocês sabem quem eu sou, e vão saber ainda mais. O que eu fiz, o que planejo fazer e, uma coisa muito importante, o que eu não faço de jeito nenhum. Por isso gostaria de dizer que:

1 Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta. Posso apanhar, sofrer, ser maltratada, mas estou sempre firme com minhas convicções. Em cada época da minha vida, fiz o que fiz por acreditar no que fazia. Só segui o que a minha alma e o meu coração mandavam. Nunca me submeti. Nunca abandonei o barco.

2 Eu não sou de esmorecer. Vocês não me verão entregando os pontos, desistindo, jogando a toalha. Vou lutar até o fim por aquilo em que acredito. Estarei velhinha, ao lado dos meus netos, mas lutando sempre pelos meus princípios. Por um País desenvolvido com oportunidades para todos, com renda e mobilidade social, soberano e democrático;

3 Eu não apelo. Vocês não verão Dilma Rousseff usando métodos desonestos e eticamente condenáveis para ganhar ou vencer. Não me verão usando mercenários para caluniar e difamar adversários. Não me verão fazendo ou permitindo que meus seguidores cometam ataques pessoais a ninguém. Minhas críticas serão duras, mas serão políticas e civilizadas. Mesmo que eu seja alvo de ataques difamantes.

4 Eu não traio o povo brasileiro. Tudo o que eu fiz em política sempre foi em defesa do povo brasileiro. Eu nunca traí os interesses e os direitos do povo. E nunca trairei. Vocês não me verão por aí pedindo que esqueçam o que afirmei ou escrevi. O povo brasleiro é a minha bússola. A eles dedico meu maior esforço. É por eles que qualquer sacrifício vale a pena.

5 Eu não entrego o meu país. Tenham certeza de que nunca, jamais me verão tomando decisões ou assumindo posições que signifiquem a entrega das riquezas nacionais a quem quer que seja. Não vou destruir o estado, diminuindo seu papel a ponto de tornar-se omisso e inexistente. Não permitirei, se tiver forças para isto, que o patrimônio nacional, representado por suas riquezas naturais e suas empresas públicas, seja dilapidado e partido em pedaços. O estado deve estar a serviço do interesse nacional e da emancipação do povo brasileiro.

6 Eu respeito os movimenos sociais. Esteja onde estiver, respeitarei sempre os movimentos sociais, o movimento sindical, as organizações independentes do povo. Farei isso porque entendo que os movimentos sociais são a base de uma sociedade verdadeiramente democrática. Defendo com unhas e dentes a democracia representativa e vejo nela uma das mais importantes conquistas da humanidade. Tendo passado tudo o que passei justamente pela falta de liberdade e por estar lutando pela liberdade, valorizo e defenderei a democracia. Defendo também que democracia é voto, é opinião. Mas democracia é também conquista de direitos e oportunidades. É participação, é distribuição de renda, é divisão de poder. A democracia que desrespeita os movimentos sociais fica comprometida e precisa mudar para não definhar. O que estamos fazendo no governo Lula e continuaremos fazendo é garantir que todos sejam ouvidos. Democrata que se preza não agride os movimentos sociais. Não trata grevistas como caso de polícia. Não bate em manifestantes que estejam lutando pacificamente pelos seus interesses legítimos.

Companheiras e companheiros,

Aquele país triste, da estagnação e do desemprego, ficou pra trás. O povo brasileiro não quer esse passado de volta.

Acabou o tempo dos exterminadores de emprego, dos exterminadores de futuro. O tempo agora é dos criadores de emprego, dos criadores de futuro.

Porque, hoje, o Brasil é um país que sabe o quer, sabe aonde quer chegar e conhece o caminho. É o caminho que Lula nos mostrou e por ele vamos prosseguir. Avançando. Com a força do povo e a graça de Deus


sexta-feira, 9 de abril de 2010

A BANDA LARGA PARA TODOS ESTÁ CHEGANDO


Banda larga: Plano defende regulação e será discutido pela população

O assessor de Inclusão Digital da Presidência da República, Nelson Fujimoto, afirmou nesta quinta-feira (8), na Câmara, que o Plano Nacional de Banda Larga, o PNBL, em discussão pelo governo, decide quatro questões principais: a regulação do setor, o incentivo fiscal, a política industrial - com enfoque para a indústria com tecnologia nacional - e a rede de governo. "Queremos definir até onde vai essa rede", afirmou, em reunião na Comissão de Ciência e Tecnologia.

A audiência publica foi realizada para discutir o impacto econômico e a viabilidade da implementação do Plano Nacional de Banda Larga. O plano está sendo formatado pelo Governo e o texto será enviado em breve ao Congresso Nacional.

A ideia do PNBL é incentivar pequenos e médios empreendedores de Internet para a implantação do serviço em localidades onde as operadoras não têm interesse comercial. Entre os pontos polêmicos do PNBL estão a possibilidade de reativação da estatal Telebrás e as disputas jurídicas sobre a revitalização da Eletronet, uma rede de banda larga de 16 000 quilômetros que cobre as principais capitais do país entre as regiões Sul e Nordeste.

Na audiência pública, Nelson Fujimoto, que representou o coordenador do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, afirmou que as quatro questões principais, no entanto, não estão fechadas e o governo vai abrir o debate sobre as definições tomadas na reunião. "Haverá o debate público e mesas de negociação com operadoras, pequenos prestadores estados, municípios e Legislativo. Só então o plano vai virar programa", afirmou.

Para os representantes da Associação Brasileira de Prestadoras de Serviços de Telecomunicações (TelComp) e da Associação Brasileira de Internet (Abranet), a universalização do acesso ao serviço de banda larga só será possível com o avanço da competitividade. "Grande parte desse plano pode ser uma parceria com o setor privado para que as empresas tenham como treinar e capacitar os usuários. É preciso que os pequenos provedores tenham acesso a infraestrutura das empresas para termos um oferta de serviço descentralizada", defendeu Luiz Henrique da Silva, gerente da TelComp.

"A capacitação do usuário é essencial. Temos 1.700 provedores no Brasil e o desafio é garantir que o serviço de telecomunicações seja, efetivamente, um suporte para a inovação", afirmou Eduardo Parajo, presidente da Abranet.

Segundo os expositores, outros pontos sensíveis a serem tratados no plano serão a neutralidade da rede, a busca pela competição e a necessidade de financiamento de longo prazo para provedores com o objetivo de reduzir o preço do acesso para o usuário. Além disso, afirmaram, é necessário analisar a carga tributária sobre os serviços de telecomunicações e a tributação sobre a importação de equipamentos.

www.ptnacamara.org.br

MÍDIA E OBSCURANTISMO


Paixão conservadora pelo obscurantismo

A grande mídia sente uma atração fatal pelas forças do atraso, pelo endeusamento do mercado, pela negligência dos direitos dos oprimidos. O conservadorismo chega a ser um estilo de vida, uma forma de lutar contra qualquer forma de inclusão, seja social, cultural, digital.

Washington Araújo

Jornais e revistas de grande circulação, redes de TV e rádio com os maiores índices de audiência continuam se alinhando com as forças do atraso, mesmo em seu momento de maior refluxo. Em um tempo em que o mercado demonstra ser incapaz de prover solução aos graves problemas que afligem a maior parte da população, esses veículos parecem inteiramente desnorteados ao ver seu prestígio, poder de influência e capacidade de influenciar opiniões em franco declínio.

Se há dez ou quinze anos um escândalo tinha sempre sobrevida para freqüentar as capas das revistas semanais, primeiras páginas dos jornalões e lugar de destaque na escalada dos maiores telejornais da noite, hoje os escândalos têm vida curta, começam como pequenas ondas e, como elas, terminam sem nunca alcançarem o apogeu. Acontece que escândalos fabricados nascem com prazo de validade vencido. E se conseguem repercutir por três dias, uma ou duas semanas, já é um feito e tanto. O expediente, de tão usado, perdeu o impacto; as pessoas comuns torcem a boca, esboçam sorriso maroto e nem se dão mais ao trabalho de acompanhar a história.

Tema vital

O conservadorismo mostra sua cara quando insiste em menosprezar a legitimidade de, por exemplo, o Bolsa Família. E o rotula como Bolsa Esmola, Bolsa Mendicância e Bolsa Vagabundagem. E apresenta-se de corpo inteiro quando rechaça políticas de ação afirmativa como a de garantir aos afrodescendentes, aos índios, aos ciganos, facilidades para o acesso à educação universitária.

Como muitos medicamentos, o conservadorismo tem como princípio ativo o olhar de soberba, de cima para baixo, a não aceitação que o pessoal do andar de baixo tem os mesmos direitos que os do andar de cima, que a lei é soberana para todos e que a esta todos devem se submeter. O conservadorismo chega a ser um estilo de vida, uma forma de lutar contra qualquer forma de inclusão, seja social, cultural, digital.

A mídia potencializa o conservadorismo quando criminaliza movimentos sociais e interdita o debate sobre liberdade de expressão criando cortinas de fumaça em torno do que deseja, realmente, preservar. E o que ela anseia com todas as suas forças e meios nada mais é que perpetuar a concentração da propriedade dos meios de comunicação, mantendo como cláusula pétrea de sua atividade a compreensão de que, ao contrário do que reza a Constituição federal, não compete ao Estado lançar seus olhos sobre os meios de comunicação que atuam no segmento do rádio e da televisão.

Em outras palavras, pode-se afirmar que qualquer mudança no modus operandi do Estado em relação a este tema vital para a sociedade seria visto como crime de lesa-pátria. Há que se manter aquele conceito de propriedade vigente por tanto tempo à época do Brasil Colônia – o das sesmarias.

Interesses ocultos

Não podemos esquecer que a grande mídia sente uma atração fatal pelas forças do atraso, pelo endeusamento do mercado, pela negligência dos direitos dos oprimidos. No caso do Brasil, estou bem convencido que a grande mídia brasileira é...

** ... a mesma mídia que foi contra o governo de Getúlio Vargas e seu projeto nacionalista e popular, levando-o ao suicídio;

**... a mesma mídia que se posicionou fortemente contra o governo de Juscelino Kubitschek;

**... a mesma mídia que apoiou o golpe militar de 1964;

**... a mesma mídia que apoiou a ditadura (e hoje tenta reescrever a história dizendo que foi contra a ditadura ou ocultando que lhe foi favorável);

**... a mesma mídia que abafou a inspiradora campanha das "Diretas já!", engolfando o Brasil de norte a sul;

**... a mesma mídia que na eleição de 1989 tentou convencer a população que o Lula e o PT eram responsáveis pelo seqüestro do empresário Abílio Diniz;

**... a mesma mídia que apoiou Fernando Collor e editou o debate final naquela eleição em favor dele;

**... a mesma mídia que abafou a crise econômica e o fato de que o Brasil estava quebrado durante a eleição de 1998, favorecendo decisivamente a reeleição do presidente;

**... a mesma mídia que publicou ficha apócrifa de Dilma Rousseff como se fosse original dos arquivos da ditadura;

**... a mesma mídia que assacou de forma impiedosa contra a honra e os valores morais do presidente da República no sórdido episódio protagonizado por Cesar Benjamin;

**... a mesma mídia que boicotou solenemente (e desmereceu) a 1ª Conferência Nacional da Comunicação, e que apoiou de maneira irrestrita e apaixonada o 1º Fórum Democracia & Liberdade de Expressão, patrocinado por seu Instituto Millenium;

**... a mesma mídia que se aproveita da liberdade democrática para servir a interesses ocultos, geralmente manipulando as informações e o conhecimento, visando produzir apenas indivíduos dotados de opiniões, não de conhecimento, nem de sabedoria.

Estrago irremediável

O debate que interessa às massas da humanidade mudou de eixo há mais de 20 anos. Enquanto corpos editoriais foram conservados no formol do falso intelectualismo, o mundo girou e a Lusitana – aquela famosa empresa carioca de mudanças – rodou muito. Só a mídia não viu. Ou não quis ver. Ou se fez de rogada.

O leitor escolhe a situação. A grande imprensa divulgou o momento mesmo em que foi derrubado o muro de Berlim, mas não captou o evento em sua inteireza, em sua magnitude. Com a queda do reboco do infausto muro o mundo se libertou da opressão ideológica e mesmo que o capitalismo tenha se autodeclarado vencedor, a verdade é que não houve vencedores, apenas vencidos. Há muito que o capitalismo deixou de prover soluções duradouras para a manutenção da paz no mundo, há muito que o sistema renunciou à missão de saciar a fome que aprisiona 2/3 da espécie humana, há muito que se esvaziou o papel da Organização das Nações Unidas como símbolo de equilíbrio da ordem mundial.

Nada disso foi manchete porque nada disso foi notícia para um jornalismo ávido por sensação e alheio a percepções; para uma mídia ciosa por manter seu próprio muro de Berlim, tão bem simbolizado por seu extremo partidarismo, por sua cruel parcialidade na hora de decidir o que pode e o que não pode ser tratado como notícia.

Essa mídia, que tantas vezes avocou para si a missão de tribunal plenipotenciário e que deveria ter por obrigação informar a população, assume a missão de julgar e condenar desafetos políticos, lançando na fogueira da cobertura jornalística precária e tendenciosa pessoas que deram o melhor de si para construir um país mais justo. Do mesmo jeito como atuaram no escabroso caso da Escola de Base, em São Paulo. Ali tudo teve início, é bom recordar, para não esquecermos do quão abusiva pode ser a mídia, quando "duas mães de alunos dessa escola deram queixa na delegacia de que seus filhos de quatro e cinco anos estariam sendo molestados sexualmente na escola, e talvez, levados numa Kombi para orgias num motel, onde seriam fotografados e filmados". O delegado de plantão, não apenas acolheu a denúncia como teve a iniciativa de alardear junto à imprensa o teor da denúncia demolidora, antecipando uma condenação dos donos da Escola Base, Maria Aparecida Shimada e seu marido, Icushiro Shimada.

Resumo da história: só no final do inquérito, dez anos depois, os proprietários foram declarados inocentes.

Neste caso específico com exceção do jornal Diário Popular, fizeram parte da onda acusatória contra os proprietários e funcionários da Escola Base a Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, SBT, TV Globo, Veja, TV Record, Rádio e TV Bandeirantes e IstoÉ. Escrevendo sobre o caso, o psicanalista Raimundo de Lima destacou que "as indenizações obtidas por danos psicológicos, morais e materiais não conseguirão reverter o que eles perderam de saúde, de dignidade, de imagem pessoal e profissional limpa perante a sociedade. Não conseguirão reaproximar casais, pais e filhos e amigos, todos afastados pela contaminação do veneno da delação e da acusação vazia".

Lições de Reich

A execração pública dos proprietários da Escola Base foi um dos episódios mais perversos protagonizados pela grande imprensa brasileira. O caso mostrou à larga quão insidiosa pode ser a imprensa quando descuida de seu dever básico – a busca da verdade. Guardando-se as proporções, o sofrimento causado aos donos da Escola Base guarda paralelos com aquele sofrido pelo capitão Alfred Dreyffus, na França, no limiar do século 19. Neste episódio as honras da justiça foram feitas por um cidadão extraordinário, o escritor Émile Zola. A ele, tão somente, coube a missão de reconstruir os pilares da justiça e seu libelo "J´Accuse!" (Eu acuso!) é uma das mais instigantes peças jamais escritas em defesa da justiça e da liberdade humana. Conta-se que, ao insurgir-se contra a imprensa francesa e contra as forças armadas da França, Zola dedicou o melhor dos seus talentos, seu tempo, suas finanças, sua saúde. E é fato que enquanto na fria madrugada parisiense uma luz bruxuleava (sempre quis usar esta palavra!) no andar térreo da casa do notável escritor, isso era sinal de que a consciência da França estava acesa.

Deixemos São Paulo e Paris de lado e voltemos ao tema. Pois bem, não se trata de ser de direita ou de esquerda porque essa discussão há muito passou a se assemelhar àquelas infindáveis discussões para saber qual era o sexo dos anjos. O debate atual – e aquele que realmente importa – é o existente entre os que têm (educação superior, cargos, títulos, riqueza) e os que não têm (saneamento básico, educação formal, emprego). Neste debate o papel da imprensa é crucial. Porque precisamos tratar mais do mundo que queremos do que do mundo que temos. Pensar hoje nas gerações futuras. Mas como fazer isso se, lamentavelmente, sabemos quão conservadora é a nossa grande imprensa, quão imediatista, quão dissociada da defesa dos valores humanos ela vem se mostrando?

O austríaco Wilhelm Reich (1897-1957), considerado gênio por alguns e louco por outros, foi o maior revolucionário da Psicologia do século 20. Pioneiro da revolução sexual, precursor dos movimentos ecológicos e da psiquiatria biossocial, Reich desenvolveu também artefatos usados na cura do câncer e na diminuição dos efeitos negativos da energia nuclear. É dele uma frase que tem me incendiado a imaginação sempre que me ponho a pensar sobre a mídia que temos e aquela que gostaríamos de ter. Eis a frase:

"Cada ato mesquinho nosso faz retroceder mil passos qualquer esperança que possa restar quanto ao nosso futuro".


Washington Araújo é jornalista e escritor. Mestre em Comunicação pela
UNB, tem livros sobre mídia, direitos humanos e ética publicados no Brasil,
Argentina, Espanha, México. Tem o blog http://www.cidadaodomundo.org
Email - wlaraujo9@gmail.com