quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

EDINHO SILVA CONHECE O TRABALHO SOCIAL DA CASA SANTA BAKHITA

Edinho visita centro social e abrigo para crianças, na zona leste da capital



O deputado estadual eleito e presidente do PT-SP conheceu de perto o trabalho realizado pela Casa Santa Bakhita, que acolhe até 25 crianças – na maioria bebês – em situação de risco. Instituição integra rede de oito casas-lares administradas pela irmã Judith Lupo

Na manhã desta terça-feira (7), o deputado estadual eleito e presidente do PT-SP, Edinho Silva, visitou o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (BOMPAR), localizado no Belém, bairro da zona leste da capital. Recepcionado pela presidente da Instituição, irmã Judith Lupo, Edinho conheceu um dos oito abrigos administrados pelo Centro: a Casa Santa Bakhita, que acolhe emergencialmente crianças entre zero e seis anos de idade em situação de risco.

Atualmente, o sobrado alugado abriga 23 bebês. A mais velha tem dois anos de idade e o mais novo – recém chegado e ainda sem nome – completa um mês no próximo dia 10. A irmã Judith explica que, na maioria das vezes, as crianças são deixadas pela mãe ainda no hospital, logo após o parto. O objetivo do acolhimento é a reinserção da criança no ambiente familiar de origem ou a adoção, mas nem sempre essa é uma tarefa fácil.

A coordenadora da casa, Antônia Todeschini, a Toninha, apresentou a menina de dois anos para Edinho. A história da garota chega a impressionar e nos mostrar as dificuldades e preconceitos que essas crianças costumam enfrentar, “Um casal chegou a nos visitar com a intenção de adotá-la, mas depois desistiram. Eles disseram: ‘Ah, ela é parda’. Infelizmente, se a criança não for branca e de olhos azuis, as chances são sempre menores”, revela Toninha, indignada com a discriminação.

Na colorida sala do imóvel, oito dos bebês – os maiores – estavam tranqüilos sob a supervisão de uma assistente. Já no berçário, 15 pequeninos – a maioria recém-nascidos – inquietavam-se com a visita de Edinho e da irmã Judith. “Antes tinha receio de pegá-los no colo, agente acaba se apegando, e logo eles vão embora, mas hoje tenho a consciência de que todos devemos experimentar essa sensação pelo menos em um dia de nossas vidas, e eles merecem receber esse afeto nem se for por um dia”, disse a religiosa, emocionada com o mais novo nos braços, chamado burocraticamente por “RN (recém-nascido) de Camila”, devido a normas judiciais para tratamento a bebês abandonados.

Enquanto o café era servido para as visitas, Toninha saiu para atender ao telefone. Quando retorna, traz a notícia: “Está chegando mais um”. A coordenadora explica que esta é uma época agitada, com o nascimento dos “filhos do carnaval”. “Em meados de novembro e dezembro é quando chegam mais recém-nascidos. Fazendo as contas, sabemos que foram gerados por volta de fevereiro. Daí os médicos deram essa denominação: ‘filhos do carnaval’”, completa Toninha.

“Fiquei impressionado com o trabalho realizado pelo Centro Social supervisionado pela irmã Judith, uma líder religiosa da cidade de Araraquara que há décadas atua na zona leste da capital, desenvolvendo um trabalho belíssimo de construção da cidadania, por uma sociedade mais justa”, confessa Edinho, ao final do encontro.

Sobre a Casa Santa Bakhita e o BOMPAR

A Casa Santa Bakhita integra o trabalho do BOMPAR, uma entidade que inclui 57 unidades, entre abrigos, creches, centros educacionais comunitários e espaços de convivência. Anualmente, o Centro atende 7.600 crianças, adolescentes e jovens, além de 450 adultos em situação de rua, 200 idosos e 1.672 famílias, nas regiões de Belém, Tatuapé e São Mateus, entre outras.

Submetida à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo, a Santa Bakhita recebe mensalmente apenas cerca de R$ 2.300 do município para abrigar a capacidade de 25 crianças. Como o valor não é suficiente, a instituição necessita de doações.

Conheça o trabalho do BOMPAR e da Casa Santa Bakhita e colabore para a continuação desse trabalho. Acesse www.acolhe.org.br ou faça uma visita pessoalmente à Rua Herval, nº 942, Belenzinho (11 2696-3200 ou acolhe@acolhe.org.br).

Por Leandro Rodrigues

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