quinta-feira, 27 de maio de 2010

JOÃO PAULO DENUNCIA TERRORISMO ELEITORAL



Parlamentar petista repudia ameaça de terrorismo eleitoral da oposição

O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) acusou hoje a oposição (PSDB/DEM) de querer criar um clima de terrorismo eleitoral, em vez de debater ideias e propostas para o país. João Paulo referiu-se especificamente ao presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que previu uma "batalha campal "para as eleições deste ano, e ao ex-senador do DEM (ex-PFL), Jorge Bornahusen, que foi além e prognosticou uma "guerra sangrenta". Ele também rechaçou tentativas de golpe branco com o uso da Justiça Eleitoral para prejudicar a pré-candidata do PT, a ex-ministra Dilma Rousseff.

" É preciso que todos os cidadãos brasileiros de bem, que gostem da democracia, que a apreciam como sistema, estejam atentos para o que pode vir daqui para a frente. Porque não se trata nem de batalha campal, muito menos de guerra sangrenta, trata-se de uma disputa democrática, trata-se da consolidação de uma democracia das maiores do mundo, com mais de 130 milhões de brasileiros aptos a votar", disse João Paulo, em discurso no plenário. "Queremos, com todo o fervor do nosso sangue político, com toda a garra da nossa militância, fazer a disputa, mas dentro do marco civilizatório que vivemos no ano de 2010", reiterou.

Ele incorporou em discurso aparte do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) em que cita entrevista da procuradora da República e vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, na qual admite a possibilidade de cancelar o registro da pré-candidata do PT à Presidência da República e até mesmo impedir sua posse, sob alegação de "crime eleitoral". João Paulo observou que certos setores da oposição não se conformam com a discussão política, com o debate e nem querem ouvir a voz do povo. "Trata-se de uma disputa de ideias, de programas, de ações, trata-se de discutir o futuro do Brasil, o futuro do país, o futuro dos nossos brasileiros".

Sobre Bornhausen, João Paulo observou que político já tem um contencioso com a democracia, quando proclamou que seu desejo era "acabar com a raça do PT nos próximos 30 anos".

O parlamentar do PT mostrou que Dilma Rousseff vem crescendo nas pesquisas de intenção de voto de forma contínua, enquanto o tucano José Serra mostra estagnação ou queda. Mas frisou que é preciso tomar cuidado para não se tirar conclusões definitivas. "Em matéria de resultado eleitoral, só a ata final do pleito é definitiva", disse, ao recomendar prudência na análise das enquetes eleitorais, já que as eleições só ocorrerão dentro de quatro meses.

João Paulo disse que o desempenho de Dilma nas pesquisas está relacionado diretamente com as conquistas do governo Lula, que desde 2003 vem dando uma outra feição ao Brasil, com desenvolvimento, distribuição de renda e inclusão social. " O crescimento econômico é evidente. Os mais otimistas já chegam à casa dos 8% de crescimento, quase um crescimento chinês. A distribuição de renda é pequena, mas é efetiva. O bolo não foi crescendo para depois ser distribuído; ele cresceu e está sendo distribuído. O programa social do governo é amplo, atinge de norte a sul, de leste a oeste. As comunidades do país todo têm recebido algum aporte do programa social do nosso Governo", disse o parlamentar.

Reforma política

Na avaliação de João Paulo, para o ano que vem, com o inÍcio de um novo governo, um dos principais desafios é realizar uma ampla reforma política. "É um item fundamental no programa da candidata Dilma Rousseff e parte vital do programa do Partido dos Trabalhadores", observou. " Precisamos fazer uma reforma política, não para mudar perfumaria ou fazer uma mudança cosmética, não. Queremos fazer uma reforma política que mexa efetivamente na nossa estrutura política, eleitoral e partidária".

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