Fabiana Soler é vereadora do PT em Potim (SP). Formada em Comunicação Social pela UNESP de Bauru, é Administradora com extensa experiência na área de Pesquisas de Opinião Pública.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
SERRA CHAMA MANIFESTANTE DE ENERGÚMENO
Agencia Estado
GUARARAPES, SP - Depois de ser vaiado por diversas vezes, o governador José Serra (PSDB) bateu boca e chamou um manifestante de "energúmeno" durante discurso para uma plateia de cerca de 150 pessoas nesta tarde, na praça Nossa Senhora da Conceição, no centro de Guararapes, a 560 km de São Paulo.
O governador participava das solenidades de entrega de 57 ônibus para prefeitos da região quando teve o discurso interrompido por um dos 50 manifestantes do Sindicato dos Professores (Apeoesp) que, com narizes de palhaço, faixas e cartazes, promoviam um apitaço para criticar a política educacional do governo do Estado.
No momento em que pedia ajuda dos prefeitos para instalação de uma rede de hospitais para atendimento de portadores de deficiências físicas, Serra, cortado por gritos de um manifestante que caminhava em direção ao palanque, disparou: "Este energúmeno que está gritando é contra o atendimento dos cegos, é contra os deficientes físicos, é contra os ônibus escolares, é contra o Acessa São Paulo, é contra tudo e todos e é contra a maioria que está aqui", discursou o governador, sendo aplaudido.
O tucano emendou: "Este energúmeno é um sujeito que certamente nunca teve um parente com deficiência física para ficar tripudiando essas pessoas desta maneira", completou o governador. O manifestante, um homem de cabelos brancos, ainda tentou responder ao governador, mas foi retirado da plateia por policiais que faziam segurança do local.
O bate-boca se deu após o governador ter sido vaiado por diversas vezes pelos manifestantes. Assim que chegou, o governador ouviu os gritos de "Serra nunca mais", "Pedágio, Pedágio" e "Mentiroso, Mentiroso". Irritado, respondeu que se tratava de "meia dúzia de gatos pingados da Apeoesp, que na campanha passada queimaram livros, que foram distribuídos para alunos e professores, em praça pública". "Eles estão em campanha eleitoral, uma campanha que eu não comecei", afirmou durante o discurso.
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